quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

O salmão em perfume de páprica com pimenta cambuci!

 O final do ano chegou! E com ele a última receita de 2020

Reza a lenda que para que o Ano Novo venha com bons fluídos deve-se levar à mesa na ceia da virada além de muitos frutos e sementes também carnes de animais que andem para frente – suínos e peixes entre outros. Se funciona ou não – tenho lá minhas dúvidas pois se funcionasse mesmo porque a onda Covid tomou conta do mundo neste ano, cegando até mesmo os “videntes” que nada viram? – o fato é que podemos saborear receitas tradicionais com um toque diferente, tornando a noite especial na companhia de pessoas queridas. E no prato desta semana juntamos o salmão com a páprica e a pimenta cambuci, formando um mix delicioso de sabores! Confira!



Ingredientes:

(para 4 pessoas)
 
1kg de filé de salmão cortado em fatias
3 colheres de sopa de azeite de oliva
10 pimentas cambuci
Pitadas de páprica
Pimenta preta moída na hora
1 colher de chá de alho em pasta
Suco de 1 limão
Sal à gosto
Ramo de alecrim fresco

 

Preparo:

 

Tempere o salmão com sal, pimenta, alho e páprica. Reserve. Aqueça o azeite de oliva numa frigideira disponha as fatias de salmão com a parte da carne para baixo por cerca de 3 minutos. Junte as pimentas cambuci sem as sementes – estas são bem ardidas - salpique–as com sal e deixe fritar por mais 2 minutos. Vire as fatias de salmão para o lado da pele para baixo agora. Vire também as pimentas. Deixe por mais 2 a 3 minutos, regue as fatias com o suco de limão e sirva em seguida acompanhado de batatas ao forno e salada verde.

A todos um saudável e próspero 2021!

 

Você sabia?

 

A pimenta cambuci possui um gosto refrescante e adocicado, é conhecida também como chapéu-de-bispo ou chapéu-de-frade. Dizem que tem origem em terras peruanas mas já era conhecida pelos índios tupis-guaranis, que a denominaram cambuci. A palavra na língua indígena significa “jarro”, ou qualquer coisa cônica que serve para depositar líquidos. Colhidas verdes para ter um maior tempo de vida, as cambucis pendem vigorosas e silvestres em pequenos arbustos que se concentram nas regiões Sul e Sudeste do país e podem ficar vermelhas quando maduras. As espécies de pimentas deste gênero Capsicum pertencem à família Solanaceae, como o tomate, a batata, a berinjela e o jiló. O “Chapéu de Frade”, bem como as demais pimentas, é classificado como alimento funcional. Uma vez que apresenta em sua composição flavonoides, pigmentos vegetais com ação antioxidante, que previnem o câncer. É rico em vitaminas A, E e C, ácido fólico, zinco e potássio. Além das fibras alimentares que auxiliam na diminuição das taxas de gordura sanguínea.

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Le Bateleur Rosé de Tannat 2020 - um delicioso expoente da Campanha Gaúcha!

 

E é de uma vinícola de Flores da Cunha que vem o vinho comentado desta semana – e o último comentado de 2020! – elaborado pela Casa Venturini, vinícola capitaneada pelo enólogo Zeca Venturini, que produz rótulos com uvas cultivadas em diversas regiões vitivinícolas, como na Campanha Gaúcha, caso deste Rosé, o Le Bateleur Rosé de Tannat 2020.  Segundo falam na escolha do rótulo, o lendário Tarot de Marselha, "Le Bateleur" (O Mago) é a carta que dá início à caminhada espiritual. Representa o poder da mente em direcionar um projeto com maestria. Além de reunir criatividade, naturalidade e espontaneidade, retrata a pura concentração de esforços e conhecimento, capaz de lhe proporcionar um repleto leque de sensações. O fato é que este Rosé é um ótimo vinho, carrega a carga alcoólica do Tannat que lhe dá vida mas com personalidade própria. Possui coloração rosa salmão, muito límpida e brilhante. Ao servir a taça os aromas irradiam frutas vermelhas frescas - morango, romã, pitanga e mamão – também notas de tutti-frutti e toque floral. Em boca acidez correta, fresco e vibrante, com ótima estrutura para pratos além do trivial.
Faz bonito na companhia de carne de cordeiro magra, rosbife, carpaccio, alguns risotos e massas com molho branco, frango na chapa com legumes, saladas e canapés.

Possui 13,8% de graduação alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura de 8 a 10oC .

Você encontra os vinhos da Casa Venturini na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665, tele entrega pelo (51) 98416.6407 e site www.weinhaus.com.br

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!   

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

O gratin de bacalhau com leite de coco!

 O bacalhau é uma bela dica para a receita de Natal!

São centenas de preparos que o bacalhau recebe! Seja com seu tradicional fiel escudeiro – o azeite de oliva – ou com seu par – a batata – o certo é que é muito versátil e agrada a praticamente todos que gostam da boa mesa. E a receita de hoje leva além deste peixe de águas profundas e salgadas um toque especial do leite de coco e do açafrão. Confira o gratin de bacalhau com leite de coco!



Ingredientes:
(para 6 pessoas)
 
1kg de bacalhau já dessalgado
3 colheres de sopa de azeite de oliva
2 cebolas picadas
10 tomates sem pele e sem sementes
2 dentes de alho amassados
600g de batatas descascadas e cortadas em pedaços
400ml de leite de coco
1 colher de chá de açafrão
100g de queijo parmesão ralado
Cebolinha verde fatiada
Sal e pimenta do reino moída à gosto
 

Preparo:

Cozinhe as batatas mas que não fiquem muito macias. Depois tire a casca e corte em cubos de cerca de 2 cm. Tire a pele e espinha do bacalhau e faça lascas ou pedaços.  Numa frigideira aqueça o azeite de oliva e refogue a cebola e o alho e junte o bacalhau. Assim que enxugar alguma água resultante, tempere com sal e pimenta. Desligue. Num refratário junte as batatas e por cima adicione o bacalhau com as cebolas e alho. Regue com o leite de coco e salpique o açafrão e espalhe o queijo ralado. Leve ao forno pré-aquecido a 200°C por 20 minutos. Retire, disponha a cebolinha verde e sirva.

A todos um feliz e abençoado Natal!

 

Você sabia?

 

O leite de coco é extraído da polpa do fruto do coqueiro, um dos principais recursos vegetais da humanidade. Rico em nutrientes essenciais, o leite é muito usado para fins medicinais, alimentícios e agroindustriais. Ele é rico em gordura saturada boa, que é rapidamente digerida e transformada em energia. Metade das gorduras boas do leite de coco é composta por ácido láurico, que melhora o colesterol e possui efeito contra vírus e bactérias. Além disso, o leite de coco apresenta uma pequena quantidade de vitamina C, cálcio, magnésio, fósforo, zinco, proteína e uma boa quantidade de potássio, ferro e ácido láurico. Benefícios do leite de coco: perda de peso; pele e cabelos saudáveis; ajuda a reduzir os riscos de anemia; controle de colesterol e fortalece o sistema imunológico.

 

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Alma Negra Mistério 2016 - um belíssimo blend secreto!

 

Conheci o Ernesto Catena no Punta Del Este Food & Wine, em 2012, num jantar fechado para apenas 20 convidados no restaurante Mercado Belcampo na paraia de José Ignácio. Na ocasião estava lançando e promovendo o seu espumante Alma Negra. Sentamos à mesma mesa na companhia do amigo uruguaio o sommelier Daniel Arraspide, numa agradável noite de Outubro onde o vinhateiro pode mostrar todo o seu entusiasmo e conhecimento sobre a arte da viticultura. Ernesto é filho de Nicolás Catena, fundador do Grupo Catena Zapata, gigante argentino do mundo do vinho e tem sua bodega própria, a Tikal, de Mendoza, que produz entre outros tantos o belo Alma Negra Mistério 2016, vinho comentado desta semana. Trata-se de um blend secreto onde as uvas e o percentual de cada uma não são revelados. Trata-se de um vinho de profunda coloração rubi, quase negra. Exuberante ao nariz, traz aromas de frutas negras maduras com toques de couro, terroso, chocolate e leve mineralidade e discreto herbáceo. Em boca é untuoso, macio, sedoso e envolvente. De corpo médio e com taninos maduros e redondos, amplo final de boca e excelente retrogosto.

Repousa em barricas de carvalho francês mas por tempo igualmente não revelado.

Faz belo par com pratos a base de carne vermelha, ragu de cordeiro, filé mignon com molhos condimentados, pato na caçarola, cortes suínos ao forno e queijos de média cura.

Possui 13,5% de graduação alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura de 16 a 18oC.

Ernesto Catena e Emerson Haas

 Você encontra o vinho Alma Negra na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665, tele entrega pelo (51) 98416.6407 e site www.weinhaus.com.br

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!   

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

O queijo Brie empanado!


Este fácil preparo deixa este cremoso queijo por dentro e crocante por fora!

O queijo Brie atende as expectativas dos cozinheiros mais exigentes, tanto em sabor quanto em textura e versatilidade. De origem francesa, o queijo brie é fabricado no Brasil, com a mesma tecnologia do queijo Camembert, ficando as diferenças mais por conta do formato do que das propriedades organolépticas. É um queijo de massa macia e quebradiça, maturado externamente por Penicillium Candidun, que lhe confere sua característica casca branca aveludada – ao olharmos a primeira vista a impressão que dá é que se assemelha a um mofo, por isso também é conhecido como “queijo de mofo branco”. Em geral apresentam-se normalmente em forma de triângulos ou em formas cilíndricas de no máximo um quilo. Já pode ser consumido cerca de 30 dias após sua fabricação. Possui interior cremoso e típico sabor, com aroma lembrando leve amoníaco. Pode ser degustado puro, servido em fatias, mas também em saladas, sobremesas e pratos quentes, sob diversas formas. Uma delas é frito, cuja receita do Queijo Brie Empanado segue adiante!




Ingredientes:
(para 4 pessoas)
 
4 cunhas de 150g de queijo brie
Uma xícara de nozes e amêndoas
Duas colheres de sopa de sementes de gergelim
Uma colher de chá de tomilho desidratado ou fresco
Dois ovos
Sal e pimenta do reino moída à gosto
Óleo de canola o quanto baste para fritar
 

Preparo:

 

Para ter-se o ponto certo do brie, deve-se congelá-lo com antecedência de cerca de 2 horas tirando-o do freezer minutos antes do preparo. Colocar num processador as nozes, as amêndoas, as sementes de gergelim, o tomilho, a pimenta e o sal e processar rapidamente despejando o preparo num prato raso. Em outro recipiente misturar o ovo com um garfo. Mergulhar cada lado das cunhas de brie no ovo e depois no preparo feito no processador, pressionando levemente para a mistura cobrir toda a superfície do queijo e ficar bem aderida formando uma crosta. Envolver com um filmito plástico e levar à geladeira por cerca de uma hora. Aquecer o óleo de canola em uma frigideira pequena onde caiba cada cunha de queijo por vez. Fritar até ficar com coloração marrom – cerca de dois minutos cada lado. Escorrer em papel toalha o excesso de óleo e servir quente acompanhado de torradas e mix de saladas verdes.

 


Wine Garden Miolo expande e vai a Marina da Glória no Rio de Janeiro!

 

O Wine Garden Miolo, o charmoso wine bar a céu aberto do Vale dos Vinhedos, que habita o jardim da Vinícola Miolo desde 2015, inaugurou em dezembro, um pocket Garden na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. A novidade é fruto da parceria com o tradicional restaurante Bota, primeiro restaurante italiano da Marina da Glória, seguindo a estratégia de expansão da experiência Wine Garden além do jardim. A casa, que já tinha capacidade para 160 pessoas, ganha mais 100 lugares totalmente ao ar livre, traduzindo o verdadeiro estilo de vida à beira mar.



A previsão inicial é que o pocket permaneça por uma temporada curta, porém intensa, em terras cariocas. O funcionamento do Garden será quinta a sábado, das 12h às 23h, e aos domingos, das 12h às 20h. “Será um projeto em conjunto - Wine Garden, Miolo e Bota -, que nos enche de orgulho e alegria. O astral do local é incrível e a experiência será autêntica e genuína. Espumantes e vinhos da Miolo servidos nos jardins do restaurante, com as delícias assinadas pelo Bota, a indescritível vista da Marina, no Aterro do Flamengo, e todo charme do Wine Garden”, destaca Gabriela Jornada, que junto com a sócia Morgana Miolo, criaram o Wine Garden.

Desde que surgiu, o Wine Garden Miolo mudou o cenário e a rotina de quem visita o Vale dos Vinhedos. De roteiros guiados seguidos de degustação, o enoturismo ganhou experiências ao ar livre. Uma proposta disruptiva e arrojada, de servir vinhos, espumantes e drinks em um jardim, com taças personalizadas a céu aberto num clima de descontração em meio a natureza. Conforme a estação do ano, o ambiente se molda às cores, aos aromas de uma paisagem única, encantadora. É um convite para viver a vida.



Inovação e criatividade são características que acompanham as sócias Gabriela e Morgana. Com o Wine Garden elas conquistaram o público, entregando aos clientes mais do que alto astral: comidinhas regionais, drinks autorais e uma trilha sonora incrível. No Wine Garden as pessoas podem se conectar com a natureza e com elas mesmas, num momento de sinergia e contemplação.

Há aproximadamente um ano, Gabriela e Morgana decidiram expandir sua marca e levar um pouco do espírito do Wine Garden para fora dos jardins da vinícola. “Foi um momento importante pra nós, como empresa, e crucial pra consolidação da marca, e alinhamento das decisões que pautam o futuro do Garden” afirma Morgana. Uma linha de produtos foi desenvolvida e assinada pela Zorzo Design Estratégico, para que cada cliente pudesse levar um pouco da experiência Wine Garden para casa. Vinho rosé, Dolcettos e geleias gourmet fazem parte da linha, que só cresce.

Imagens: Divulgação Restaurante Bota

 

 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

El Enemigo Chardonnay 2018 - um grande branco argentino!

 

Abrigado pelo guarda-chuvas da gigante Catena, grupo vinícola argentino, está a bodega Aleanna sob o comando de Adrianna Catena, filha mais nova de Nicolás Catena, e carimbada pelas mãos de Alejandro Vigil, enólogo da Catena Zapata, um dos mais talentosos enólogos argentinos da atualidade, top tem no mundo vitivinícola. Com vinhedos de altitude em Mendoza, no Valle do Uco em Tupungato, a 1500 metros acima do nível do mar, fincados em solo rico em calcário e pedras, uma das castas brancas mais celebradas é a Chardonnay que oportuniza vinhos robustos, cítricos e minerais.

O El Enemigo Chardonnay 2018 é uma destas preciosidades, com 35% do vinho fermentado com leveduras indígenas em barricas de carvalho francês novas por 12 meses e 65% em barricas de segundo e terceiro uso, resultando num branco intenso. Esta safra 2018 cravou 93 pontos por Tim Atkin; 93 pontos no Descorchados 2020; 93 pontos por Robert Parker e 97 por James Suckling. Possui cor amarela muito brilhante. Traz ao nariz frutas cítricas (abacaxi, pomelo, pêssego), avelãs, nozes, frutas cristalizadas, baunilha, flor de laranjeira e toque mineral. Em boca é volumoso, untuoso, trazendo frutas brancas maduras e frescor com igual mineralidade, ampla persistência e acidez.

Harmoniza muito bem com saladas elaboradas, vegetais puxados no oliva, frutos do mar, algumas receitas de bacalhau e carne de frango.

Possui 13,5% de graduação alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura de 9 a 11oC .

Você encontra os vinhos El Enemigo na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665, tele entrega pelo (51) 98416.6407 e site www.weinhaus.com.br

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!   

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

O caldinho de feijão!

          Dizem que esta delícia é revigorante e faz sorrir até os comensais mais sisudos!

O feijão é um dos alimentos mais antigos da humanidade e tem origem selvagem no México e cerca de mil anos depois cultivado pelo homem cerca de 7.000 a.C. aí espalhado pela América Central e disseminado, posteriormente, na América do Sul. Mas um outro grupo de pesquisadores atesta que cerca de 10.000 a.C. feijões domesticados já eram cultivados no Peru e de lá rumaram para a América Central e Norte. Também eram cultivados no antigo Egito e na Grécia, sendo, também, cultuados como símbolo da vida. Os antigos romanos usavam extensivamente feijões nas suas festas gastronômicas, utilizando-os até mesmo como pagamento de apostas. As ruínas da antiga Troia revelam evidências de que os feijões eram o prato favorito dos robustos guerreiros troianos. O fato é que este grão rico em ferro e outras propriedades fica ainda mais saboroso preparado como caldinho e acompanhado de torresmo, cebola e salsinha. Confira a receita aqui!



Ingredientes:

 
2 xícaras de chá de feijão cozido com caldo
2 xícaras de chá de água
1 cebola picadinha
2 dentes de alho picadinho
1 rodela de pimentão vermelho picadinho
1 colher de sopa de azeite de oliva
Cebolinha verde fresca picada
Torresmo
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
 

Preparo:

 

Aqueça o azeite de oliva, acrescente a metade da cebola e refogue até começar a dourar. Junte o pimentão e refogue, depois junte o alho e refogue. Adicione o feijão, regue com a água e misture. Tempere a gosto com sal e pimenta-do-reino moída na hora e deixe cozinhar até ferver. Desligue o fogo e bata com um mixer ou no liquidificador até formar uma sopa lisa. Disponha em tijelinhas e junte a cebola picadinha, o torresmo e a cebolinha verde. Sirva quente.

Hormiga Negra Malbec 2020


Outro dia o Elário da Wein Haus me estendeu este Malbec argentino comentando que era uma proposta mais leve e sem passagem por barrica. Fiquei curioso e logo fiz o desarrolho deste mendocino harmonizando num assado de contra-filé. O tinto Hormiga Negra Malbec 2020 apresenta uma coloração rubi violáceo trazendo aromas com fruta negra madura (groselha, framboesa), alcaçuz e floral com hibiscos e violetas. Possui corpo médio, seco em boca com frutada destacada envolta num leve amargor, mas com retrogosto ótimo e amplo final. Seus taninos são cômodos, um vinho equilibrado, fresco e vibrante e sem aquela doçura típica do Malbec barricado.

Faz ótimo par com carnes vermelhas assadas e legumes braseados além de queijos de média cura.

Possui 13% de graduação alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura de 4 a 6oC .

Você encontra vinhos argentinos na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665, tele entrega pelo (51) 98416.6407 e site www.weinhaus.com.br

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!   

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

André de Gasperin é o novo presidente da ABE

 

A Associação Brasileira de Enologia (ABE) tem nova Diretoria para o biênio 2021/2022. Conduzida pelo jovem enólogo André de Gasperin, da Vinícola Don Affonso, de Caxias do Sul, a diretoria foi eleita por aclamação em Assembleia Geral realizada na sexta-feira, 4 de dezembro. Gasperin assume o posto do enólogo Daniel Salvador, que esteve à frente da entidade em 2019 e 2020. A nova equipe, já empossada, terá sua primeira reunião ainda este ano.



Com a celebração da ‘Safra das Safras’, a ABE viveu um ano histórico, isso sem contar a pandemia do Coronavírus, que levou a entidade a se reinventar, mantendo-se mais ativa do que nunca. “Foi um ano difícil, especialmente em relação a saúde, a economia e as mudanças necessárias em decorrência do vírus. Mas para o vinho, vivemos um momento espetacular. Enfim, o brasileiro descobriu o seu vinho, o vinho brasileiro. E nós, enólogos do Brasil, não apenas brindamos, mas trabalhamos arduamente para cumprir nosso calendário de ações de promoção do vinho, valorização e qualificação do enólogo. Foi trabalhoso, mas surpreendente, porque fomos além. Mesmo sem estar perto, sem a emoção do presencial, conseguimos unir multidões em torno do vinho. Só tenho a agradecer”, celebra Salvador.

O novo presidente assume com o desafio de seguir o trabalho da ABE, superando resultados. “A ABE vem numa ascendente e isso é fruto do trabalho de todas diretorias que empenhadas sempre seguiram a mesma missão. O enólogo é o centro de todo planejamento, a razão da existência da entidade. Vamos dar sequência, intensificando projetos como o Banco de Dados do Espumante, a Avaliação Nacional de Vinhos, além de cursos, palestras e missões técnicas úteis para a qualificação dos associados”, destaca Gasperin.

Quem é André de Gasperin?

Enólogo, Mestre em Biotecnologia pela Universidade de Caxias do Sul e com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, André de Gasperin é o Diretor Técnico e Enólogo Chefe da Vinícola Don Affonso e do Grupo DG do Brasil, de Caxias do Sul. É diretor da ABE desde 2015. É diretor de Agronegócios da CIC de Caxias do Sul. Foi professor de Viticultura e Enologia na Fisul, no curso de Tecnologia em Enoturismo. No IFRS – Campus Bento Gonçalves, foi docente de Enologia, Microbiologia e Química Enológica. Atuou como analista em técnicas cromatográficas no Laren – Laboratório de Referência Enológica e no Ibravin. Também estagiou na Embrapa Uva e Vinho.

Gasperin já participou como degustador internacional em concursos realizados no Chile, Hungria, Itália e Espanha, sendo que nestes dois últimos foi presidente de júri. Foi degustador do Corpo Técnico da Avaliação Nacional de Vinhos nas edições de 2005 a 2020, e da Seleção dos Melhores de Caxias do Sul nas edições de 2005 s 2020. Também foi presidente de mesa do Brazil Wine Challenge 2020.

DIRETORIA GESTÃO 2021/2022

Presidente: André Miguel de Gasperin

Vice-Presidente: Ricardo Morari

1° Tesoureiro: Dario Crespi

2° Tesoureiro: Christian Bernardi

1º Secretário: Daniel Salvador 

2ª Secretário: André Larentis

Diretor Social: Felipe Bebber

Diretor de Eventos: André Peres Jr.

Diretor de Eventos: Jurandir Nosini

Diretor de Degustação: Michel Zignani

Diretor de Degustação: Mario Lucas Ieggli

Diretora Cultural: Bruna Cristofoli

Diretor Técnico em Viticultura: João Carlos Taffarel

Diretor Técnico em Viticultura: Bruno Motter

Diretor Técnico em Enologia: Leocir Bottega

Diretor Técnico em Enologia: Vagner de Vargas Marchi

 

*Foto: Tatiana Cavagnoli

sábado, 5 de dezembro de 2020

Vinícola Cristófoli - uma Confraria de família

Conheci a Cristófoli numa press trip há alguns anos apresentada pela enóloga  e proprietária Bruna Cristófoli. De lá para cá a vinícola agregou serviços e desenvolveu novos rótulos e formatos



O vinho aproxima as pessoas, faz amigos, preserva culturas, mesmo em tempos de pandemia. Para ter uma linha direta, ainda mais próxima dos apreciadores de vinhos, mesmo à distância, a Cristofoli Vinhos de Família criou a Confraria Família Cristofoli. Sem pagar nada, confrades e confreiras são convidados a mergulhar nesse mundo de histórias e sensações. De gole em gole, são compartilhados conteúdos via lista de transmissão pelo whatsApp, além de condições especiais para vinhos exclusivos e lançamentos em pré estreia.

Sonho antigo da família, a confraria se tornou um canal que aproxima os clientes, amigos e apreciadores da Cristofoli. Para participar basta salvar na agenda do telefone o número do WhatsApp da Confraria – 54 9 9693.5189 -, e enviar uma mensagem solicitando a entrada na Confraria, informando o nome e a cidade de localização, respeitando, assim, a política de privacidade. Todo conteúdo é enviado através de uma lista de transmissão.

São dois envios por mês. Um deles focado em conteúdo técnico autoral relacionado ao vinho. O outro com proposta específica para o mês, podendo conter rótulos exclusivos e lançamentos em avant premiére, além de condições especiais para o período. Neste formato, os participantes não têm custo de assinatura, pagando somente quando desejarem comprar algum produto. E para quem não deseja mais receber os conteúdos, basta enviar uma mensagem com a palavra DESCADASTRAR.

Sobre a vinícola

Instalada na Rota Cantinas Históricas, no distrito de Faria Lemos, interior de Bento Gonçalves, a Cristofoli Vinhos de Família tem em sua linha de frente a jovem Bruna Cristofoli (34), além do irmão Lorenzo (25) e da prima Letícia (23), todos enólogos. O trio divide funções na vinícola e no enoturismo, conduzindo um sonho que iniciou com seus pais, os irmãos Loreno e Mário Cristofoli, que cuidam dos vinhedos, enquanto suas esposas Maria de Lourdes e Roseli se dedicam ao preparo das refeições que aprenderam com suas mães e ‘nonas’. É uma vinícola onde tudo é feito pela família.

A vinícola tem rótulos de variedades emblemáticas e mais conhecidas como Cabernet Sauvignon, Merlot e Chardonnay, mas o grande diferencial está na preservação de uvas nativas italianas como a Sangiovese e Moscato de Alexandria, que acompanham a trajetória da família desde a Itália, quando Angelo Cristofoli - bisavô dos três jovens vitivinicultores -, partiu para o Brasil há mais de 130 anos. Hoje, a produção é de apenas 27 mil garrafas de vinhos finos e espumantes ao ano.

O enoturismo na Cristofoli é uma constante descoberta. A vinícola oferece nada mais, nada menos que 10 experiências enoturísticas. A mais disputada é o Edredom nos Parreirais, seguida pele Entardecer de Vindima, mas as opções seguem com o Tour Vinho e Paisagem, Spuntino, Harmonia da Vindima, Almoço harmonizado ao ar livre, Degustação de Vinhos, além de experiências personalizadas e da visita guiada à propriedade com degustação orientada de vinhos. Para completar, o Wine Safari, que acaba de ser lançado.

SERVIÇO

Local: ERS 431 km 06 – Rota Cantinas Históricas – Faria Lemos - Bento Gonçalves (RS)

Horário de atendimento:

De segunda a sexta: das 8h às 11h30min e das 13h30min às 18h

Sábados e feriados: das 9h30min às 18h

Domingos: das 9h30min às 17h

Contato: cristofoli@vinhoscristofoli.com.br | (54) 3439.1190 | (54) 9 8403.9247

Loja virtual: www.loja.vinhoscristofoli.com.br

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

O bolinho de aipim com charque!

 

Que tal juntar estas duas instituições culinárias brasileiras numa receita?

Assim como muitas raízes e tubérculos, o aipim (ou mandioca, macaxeira, castelinha e maçamba) nasceu na América Central e do Sul depois se espalhando para a Amazônia e cerrado brasileiro sendo cultivada por povos indígenas muito antes da chegada dos colonizadores portugueses. Seu nome adveio da palavra indígena ”mani” de origem Aruak (povos originários do alto amazonas, litoral equatoriano e planícies venezuelanas) povo agricultor, principalmente no cultivo da mandioca, e cujos índios Tupis possam ter aprendido com eles a cultivar tal planta. Atualmente é cultivada em quase 2 milhões de hectares no Brasil. A raiz da planta aipim que é consumida e é rica em fécula, plena de carboidratos (amido e açúcares) e em vitaminas do Complexo B, Cálcio, Fósforo e Ferro. Aqueles com polpa amarelada apresentam vantagem adicional, com bons teores de caroteno, que é transformado pelo organismo em retinol ou vitamina A, essencial à visão, pele e mucosas. Pode ser preparada cozida, assada, em caldos, sopas, utilizada para farinha entre outras tantas utilidades. E na receita de hoje foi preparado na forma de bolinho e recheada com charque, uma delícia que você acompanha agora, os Bolinhos de aipim com charque!

 


Ingredientes:
(para 8 pessoas)
 
Bolinho:
1 kg de aipim cozido sem sal
Meia xícara de salsinha picada
Meia xícara de cebolinha picada
1 ovo
1 gema
1 colher de sopa de manteiga
Sal e pimenta-do-reino a gosto
 
Recheio:
300 g de charque desfiado dessalgado
1 colher de sopa de azeite de oliva
1 dente de alho picado
Meia cebola picada
3 xícaras de farinha de rosca
2 ovos
Óleo de soja ou equivalente
 

Preparo:

Massa: esmague o aipim cozido até virar uma massa. Retire os fios centrais. Coloque a massa em uma tigela, acrescente o ovo, a gema, a manteiga, a salsinha, a cebolinha, o sal e a pimenta. Mexa bem até a massa ficar lisa e homogênea. Em uma superfície lisa, coloque farinha de trigo e sove a massa com a mão até ela desgrudar. Se necessário, acrescente mais farinha de trigo até dar o ponto. 

Recheio: em uma frigideira, coloque azeite, cebola, alho e o charque e refogue. Abra um pedaço da massa e coloque 1 colher de recheio. Feche o disco de massa aberto e modele até virar uma bolinha. Faça isso até acabar a massa ou o recheio. Em um prato, bata os ovos. Em outro prato, coloque a farinha. Passe os bolinhos primeiro pelo ovo e depois pela farinha, tome cuidado para que todos os lados fiquem cobertos. Bata para retirar o excesso. Em uma panela, coloque óleo suficiente para os bolinhos ficarem submersos. Espere esquentar bem e frite os bolinhos. Retire e disponha numa bandeja forrada com papel toalha. Sirva!

 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Casa Valduga Arte - um brinde!

A Casa Valduga é uma das maiores e mais conceituadas vinícolas brasileiras. No final do século XIX (em 1875) o primeiro imigrante italiano da Famiglia Valduga desembarca no Brasil e se estabelece na localidade onde hoje é o Vale dos Vinhedos onde com o passar dos anos a vinícola se expandiu para outras regiões produtoras, montou outros negócios e cravou sua marca na história vitivinícola do país. Hoje coleciona mais de 300 prêmios em concursos nacionais e internacionais alicerçada no foco da qualidade dos vinhos e espumantes que elabora (a sua cave subterrânea com capacidade para 6 milhões de garrafas - é considerada a maior da América Latina).

Um de seus espumantes mais comercializados é o Casa Valduga Arte, elaborado pelo método tradicional (champenoise) e composto pelo blend de 60% Chardonnay e 40% Pinot Noir. Possui coloração palha muito claro e brilhante. Na taça um perlage constante, fino e formador de uma bela coroa que expressa aromas de frutas brancas e tropicais, brioche e amendoado e quando levado a boca traz refrescância e citricidade e um final longo e saboroso.   

Este espumante fica 12 meses em autólise na cave subterrânea.

Combina com canapés, saladas, frutos do mar, carne de frango e várias entradinhas e petiscos, basta usar a imaginação.

Possui 11,5% de graduação alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura de 4 a 6oC .

Você encontra os espumantes da Casa Valduga na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665, tele entrega pelo (51) 98416.6407 e site www.weinhaus.com.br

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!   

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

O risoto de moranga!

 

Um risoto que leva este delicioso ingrediente vai encher sua cozinha de aromas!

A moranga é um tipo de abóbora, algumas possuem cor alaranjada e outras verdes e que pode ser usada tanto em doces quanto em receitas salgadas. Embora seja tecnicamente uma fruta, geralmente é considerado um vegetal. A abóbora é originária da Guiné e chegou ao Brasil, no século XVI, pelas mãos dos colonizadores portugueses. Tanto a polpa de abóbora como as sementes são ricas em vitamina C e antioxidantes, incluindo beta-caroteno e outros carotenóides. Também possui alto teor de óleo vegetal insaturado, uma fonte de vitamina E, e é rica em vitaminas do complexo B. E este montão de benefícios serão levados a panela no preparo do Risoto de Moranga! Acompanhe a receita aqui.

 



Ingredientes:
(para 4 pessoas)
 
2 xícaras de arroz arbóreo ou carnaroli
2 colheres de manteiga
Uma cebola picadinha
Um dente de alho picadinho
Uma taça de vinho branco seco
500g de moranga tipo cabotiá
4 colheres de sopa de queijo parmesão ralado
4 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
Lascas de queijo parmesão
1 litro de caldo de galinha
Folhas de sálvia fresca
Sal e pimenta preta moída à gosto

 
Preparo:
 


Aqueça numa panela manteiga e azeite de oliva e junte a cebola, o alho, e algumas folhas de sálvia picadas refogando em fogo médio. Quando dourar, somar o arroz e mexer com os ingredientes. Juntar o vinho, cozinhando até evaporar parte do líquido. Adicionar a moranga picada e aos poucos, ir adicionando o caldo de galinha, concha por concha, mantendo encharcado o preparo. Adicionar pimenta preta e corrigir o sal. Cozinhar por cerca de 20 a 25 minutos para que o arroz fique “al dente”. Desligar o fogo e juntar a manteiga e o queijo parmesão. Misturar bem, tampar a panela e deixar descansar por aproximadamente três minutos, o que finalizará o cozimento do arroz. Servir o risoto em seguida regando com um generoso fio de azeite de oliva e com as folhas de sálvia e raspas de parmesão.

 

Dicas:

O arroz: o risoto deve ser preparado com o arroz específico para este prato, ou o arbóreo ou o carnaroli pela sua carga de amido e formato. Quanto mais for mexido o risoto mais amido o arroz liberará.


A moranga: o ideal é usar uma moranga ou abóbora fresca e de casca grossa seja esta verde ou laranja.


A sálvia: esta é uma combinação ótima com a abóbora e frita junto com os temperos base e usada na decoração.


O sal: a abóbora traz uma doçura ao prato então cuidado com o sal para não ficar aquém mas lembre-se que o queijo parmesão também é salgado, então corrija ao final.

 

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Casa Venturini Cabernet Franc 2018 - o resgate de uma cepa esquecida!

 

A uva Cabernet Franc foi introduzida no Rio Grande do Sul pela Estação Agronômica de Porto Alegre, por volta de 1900 e foi uma das variedades viníferas mais plantadas no estado até a década de 1980. Esta casta era utilizada em grande escala na produção de vinhos de mesa e coloniais e a cepa foi praticamente extinta no Rio Grande do Sul e nos últimos anos replantada com clones de melhor qualidade o que vem rendendo excelentes vinhos varietais vindos das diversas regiões produtoras gaúchas entre as principais o Vale dos Vinhedos, a Campanha Gaúcha, a Serra do Sudeste além de Flores da Cunha e Pinto Bandeira. Na Argentina a Cabernet Franc adquiriu um status de qualidade igual ou superior ao Malbec. 

A origem desta casta prima da Cabernet Sauvignon é a Espanha, oriunda das uvas Morenoa e Hondarribi e depois espalhando-se pela França em Bourdeaux e Loire. 

E é esta casta que produz vinhos estruturados, intensos e aromáticos que dá vida ao rótulo comentado desta semana, o Casa Venturini Cabernet Franc 2018, produzido pela vinícola homônima de Flores da Cunha com uvas provenientes de Pinheiro Machado, na Serra do Sudeste gaúcho.  

De coloração rubi brilhante traz ao nariz aromas frutados e florais, toque herbáceo, especiarias e leve baunilha, mesmo sem passagem por barrica de carvalho.  Possui corpo médio, boa estrutura, taninos redondos e suaves e amplo final.  É fresco, fácil de beber e que faz querer que se deguste mais uma taça.

Faz boa companhia com carnes vermelhas magras e legumes grelhados, cordeiro na brasa, risoto de cogumelos frescos, lombo de porco, lasanha a bolonhesa, tortéi e queijos médios.

Possui 12,7% de graduação alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura de 16 a 18oC .

Você encontra os vinhos da Casa Venturini na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665, tele entrega pelo (51) 98416.6407 e site www.weinhaus.com.br

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!   

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

A Casa Pedrucci: qualidade, método e paixão!

 

Tive a satisfação de conhecer alguns dias atrás a convite do proprietário e enólogo Gilberto Pedrucci a Casa Pedrucci, vinícola de Garibaldi, que elabora deliciosos espumantes. Gilberto – que já foi presidente da Associação Brasileira de Enologia e eleito Enólogo do Ano pela entidade, calibrou sua trajetória profissional em duas vinícolas que são referência na produção de espumantes pelo método tradicional no Brasil: Cave Geisse e Peterlongo e complementada com inúmeras viagens técnicas nas principais regiões produtoras de vinhos no mundo e desde o início deste século produz rótulos com a sua assinatura, sediado num belo casarão de pedras basalto no interior daquele município. 

Hoje, a Casa Pedrucci está presente em quase todo o Brasil, em locais de destaque e de alta gastronomia, como no Hotel Copacabana Palace no Rio de Janeiro, o Hotel das Cataratas em Foz do Iguaçu, Hotel Casa da Montanha em Gramado, Enoteca Decanter em Porto Alegre, DOC Vinhos em Brasília, entre outros. O capo Pedrucci tem na excelência do método de elaboração e na correta maturação suas chaves mestras para a produção dos borbulhantes. 


Perlage e coroa impecáveis no Rosé Sur Lie

Um dos grandes destaques da vinícola é o espumante Fatto a Mano Nature Rosé Sur Lie 2019elaborado com as uvas Merlot e Pinot Noir e recém-chegado com produção limitadíssima de 1.500 garrafas. Sur lie é um termo francês que significa “sobre as borras” e trata-se de uma técnica de amadurecimento de vinhos que permanecem em contato com as leveduras, após a fermentação, influenciando a estrutura tânica do vinho, o corpo e o aroma. As garrafas de espumante elaboradas assim não levam a rolha de cortiça, mas sim uma tampa de garrafa metálica (iguais as de cerveja) pois o espumante não é sangrado no degórgement - resfriado para expulsão das leveduras e posterior colocação da rolha. 

Gilberto Pedrucci: enólogo de técnica e coração!


Este exemplar por sugestão do enólogo deve ser degustado em etapas, oportunizando duas experimentações distintas, para isso deve-se deixar a garrafa gelar em pé para as leveduras se acondicionarem na parte inferior da mesma, abrir com cuidado e servir a taça com o espumante límpido degustar (cor salmão brilhante, límpida, aromas de frutas vermelhas e flores, brioche e boca fresca e ampla) e depois dar uma ligeira movimentada na garrafa e servir com as leveduras, tanto a cor, quanto o olfato e o paladar mudarão tornado-se mais complexo e exuberante. Vai ao mercado com 15 meses de contato mínimo com as leveduras e o próprio consumidor escolhe quanto tempo mais deixará o espumante "sobre as borras". Um espetáculo!

Método tradicional domina a produção




Rótulos de alta qualidade compõem a linha da Casa Pedrucci



Casarão centenário acomoda a vinícola



Lorena e Gilberto Pedrucci, Tatiana Kurtz e Emerson Haas

Possui 12,5% de graduação alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura de 6 a 8oC .

Você encontra os espumantes gaúchos na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665, tele entrega pelo (51) 98416.6407 e site www.weinhaus.com.br

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!     

terça-feira, 10 de novembro de 2020

A avaliação da “Safra das Safras” do vinho brasileiro!

 

No sábado dia 7 de novembro um pouco do que o mercado pode esperar foi apresentado na maior degustação de uma safra do mundo!




Além dos vinhos de excepcional qualidade a 28ª. Edição da Avaliação Nacional de Vinhos organizada pela ABE – Associação Brasileira de Enologia -  tomou uma proporção mundial, afinal, em plena pandemia e seus regramentos, a ANV inovou e despachou para vários cantos do país e do exterior centenas de kits contendo as 16 amostras mais representativas desta histórica safra, oportunizando assim uma amostragem de como poderão ser as próximas edições! Foram 395 amostras inscritas de 56 vinícolas que foram apreciadas por amantes do vinho, enófilos, jornalistas, produtores e simpatizantes do vinho brasileiro em 24 estados brasileiros, além do DF, Chile e Uruguai.     

Daniel Salvador, presidente da ABE


E o que podemos confirmar sem sombra de dúvida é que a Safra 2020 mostrou na taça que é a melhor safra de vinhos que o Brasil já teve! Um time composto por 16 comentaristas do Brasil e do exterior comentaram – alguns presencialmente onde o evento foi montado, no Spa do Vinho no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves e outros de forma on-line bem distante dali. E o público acompanhava tudo ao vivo, no conforto de sua casa, pelos canais da ABE no Instagram, Facebook e Youtube.


Spa do Vinho no Vale dos Vinhedos foi o palco para o evento


16 amostras de 187ml chegaram pelo correio aos amantes do vinho


“Nunca o Brasil, tanto vinícolas, quanto enólogos, estiveram tão preparado tecnicamente, com profundo conhecimento, precisão na Viticultura e Enologia, para receber e processar uma matéria prima de tamanha qualidade. Esta safra veio para coroar todo esforço empenhado em anos de trabalho e pesquisa. Não se faz um vinho sozinho. E este ano, a mãe natureza fez a sua parte de forma esplêndida. Coube a nós, enólogos, ter a sensibilidade e o conhecimento suficientes para gerar o melhor vinho de nossas vidas. O seu vinho, o vinho brasileiro”, atestou Daniel Salvador, presidente da ABE.

 

De casa, conectado com o mundo do vinho


Dentro da taça:

 

A ANV adicionou nesta edição mais duas categorias: Rosé e Tinto de Corte, colorindo ainda mais a diversidade da elaboração. Não houveram vinhos pontuados abaixo dos 90 pontos e alguns chegaram a 93 de nota pelos comentaristas surpreendidos pela excelência dos brancos e tintos apresentados. Falando em tintos destaque para a uva Tannat com 2 amostras varietais e ainda presente em 2 blends. Nos brancos destaque para um Riesling excepcional e um Chardonnay de alta gama.


 

Confira a nominata das 16 amostras mais representativas da safra 2020:

 

CATEGORIA VINHO BASE ESPUMANTE

Chardonnay – Cooperativa Vinícola Aurora – Bento Gonçalves (RS)

Riesling Itálico/Chardonnay/Pinot Noir – Chandon do Brasil – Garibaldi (RS)

Pinot Noir – Casa Valduga – Bento Gonçalves (RS)

 

CATEGORIA BRANCO FINO SECO NÃO AROMÁTICO

Riesling – Cooperativa Vinícola Garibaldi – Garibaldi (RS)

Chardonnay – Cooperativa Vinícola Aliança – Santana do Livramento (RS)

 

CATEGORIA BRANCO FINO SECO AROMÁTICO

Sauvignon Blanc – Vinícola Família Lemos de Almeida - Vacaria (RS)

Moscato Giallo – Vinhos Hortência – Flores da Cunha (RS)

 

CATEGORIA VINHO ROSÉ FINO SECO

Cabernet Sauvignon – Vinícola Almadén – Santana do Livramento (RS)

 

CATEGORIA VINHO TINTO FINO SECO JOVEM

Merlot – Vinícola Salton – Bento Gonçalves (RS)

 

CATEGORIA TINTO FINO SECO

Tannat – Casa Perini – Farroupilha (RS)

Cabernet Franc – Vinícola Don Guerino – Alto Feliz (RS)

Tannat – Família Bebber – Flores da Cunha (RS)

Merlot – Pizzato Vinhas e Vinhos – Bento Gonçalves (RS)

Merlot – Vinícola Cave de Pedra - Bento Gonçalves (RS)

Tannat/Cabernet Sauvignon/Cabernet Franc – Casa Venturini – Flores da Cunha (RS)

Touriga Nacional/Tempranillo/Petit Verdot/Merlot/Cabernet Sauvignon/Tannat – Vinícola Miolo – Bento Gonçalves (RS)

*fotos Emerson Haas e Jeferson Soldi