segunda-feira, 30 de abril de 2012

Gracias, hermanos!

A cozinha tradicional uruguaia e argentina tem sua base calcada diretamente sobre os cortes de carne – principalmente bovina e ovina – e todas as diversificações que este principal ingrediente pode sugerir. E além do tango e do futebol, não há como falar de carnes de nossos hermanos sem tratarmos sobre o seu preparo mais típico, a parrillada ou asado. A Argentina e o Uruguai são os países com maior consumo de carne per capita do mundo e ainda por mais gaúchos que possamos ser, dizer que a parrillada se aproxima de nosso churrasco é a mesma coisa que se referir a similitude entre dois japoneses: o único componente idêntico é a carne! Esta é preparada na parrilla – uma grande churrasqueira composta por um cesto de metal onde é colocada a lenha e que ao ser transformada em brasa desce e é puxada para baixo de uma enorme grelha disposta a apenas 30cm de altura do braseiro onde ficam distribuídos os variados cortes de carnes além de pimentões, batatas e miúdos de gado levados a mesa acompanhado de molho chimichurri. As carnes mais apreciadas na parrillada, são o bife de chorizo, e o matambre. Além disso tem o queijo parrillero (queijo provolone assado com orégano), a morcilla dulce (nossa morcilha mas levemente adocicada), a pamplona (filé de frango recheado com bacon, queijo, pimentão e azeitonas), o chinchulin (tripa assada), a molleja (timo), rinon (rim), choto (tripa enrolada e assada), asado de tira (corte de costela bem fino), bife ancho (entrecote). Incrivelmente a picanha, corte tão apreciado pelos brasileiros, é pouco consumida naqueles países.


VOCÊ SABIA


chimichurri é um molho que nenhum uruguaio sabe com certeza de onde veio, nem mesmo de onde originou-se seu estranho nome, quase um desaforo quando soletrado. Os antigos uruguaios contam que alguém do Reino Unido é que teria criado esse molho na Argentina, e o nome foi adaptado ao espanhol, para facilitar a pronúncia. Fala-se de um irlandês, Jimmy McCurry, que teria preparado o molho pela primeira vez e do seu nome surgiu o termo “chimichurri”. O chimichurri em sua essência é um molho frio que leva azeite de oliva e vinagre em seu preparo, além de diversos condimentos desidratados como pimentão, pimenta, adobo e orégano revelando-se no molho ideal para acompanhar a parrillada.

Artigo publicado no jornal Gazeta do Sul.


sexta-feira, 27 de abril de 2012

Bouza Tannat 2011 Sin Barrica

No sábado abri um vinho que me foi indicado pelo amigo uruguaio, jornalista e sommelier Daniel Arraspide, numa de nossas conversas sobre vinhos: o Bouza Tannat 2011 Sin Barrica, ou seja, um Tannat uruguaio que saiu direto do tanque de inox para a garrafa, sem estagiar em carvalho.

De início fiquei receoso sobre o que encontraria, pois uma uva que produz vinhos com muito tanino e alcoólicos sem “amolecer” nas barricas poderia render poucos sorrisos. Mas pelo contrário, por traz destas características escondia-se um bom vinho, diferente em sua pecularidade produtiva. De imediato sua cor rubi escura e turva chama atenção. As lágrimas espessas e lentas abrem-se no aroma de fruta vermelha e negra, ameixa e cereja em destaque, herbáceo algo floral. Em boca mostra-se equilibrado, quente – pois não poderia ser diferente frente aos 15,5% de álcool que apresenta - ótimo corpo e estrutura. E com os taninos absolutamente domesticados! Creio que mais dois anos na garrafa deva melhorar ainda mais este uruguaio. Ideal ser bebido na temperatura de 18°C.

Harmoniza bem com carnes vermelhas braseadas ou na panela, massas com molhos fortes e alguns queijos maduros. Sobre a Bouza: A Bodega Bouza produz rótulos sucesso de crítica e público. A vinícola boutique localizada em Mellila, Montevidéu é envasadora dos ótimos Parcela Única, Tannats que são referência no país vizinho, além do corte Monte Vide Eu, top da vinícola - cuja safra 2009 levou 92 pontos do crítico Robert Parker - e um branco magistral à base de Alvarinho.

Você encontra os vinhos uruguaios na Wein Haus, loja especializada em vinhos, pelo site http://www.weinhaus.com.br/.

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Os 10 melhores vinhos da ExpoVinis 2012


Encerra-se hoje a ExpoVinis 2012, em São Paulo, a maior feira de vinhos da América Latina, iniciada no dia 24 de abril e que passou incólume as acolradas discussões e posicionamentos sobre o projeto de salvaguarda do vinho brasileiro, que vêm provocando embates entre importadores e produtores brazucas. Como sempre ocorre, foi divulgada a lista dos Top Ten da Feira, durante o Prêmio Melhores do Vinho da revista Prazeres da Mesa.

Este ano, o evento contou com a presença do português Luis Lopes, fundador e diretor da Revista de Vinhos, e Andrés Rosberg, presidente da Associação Argentina de Sommeliers, Jorge Carrara (revista Prazeres da Mesa e site Basilico), José Maria Santana (revista Gosto), Gustavo Andrade de Paulo (ABS-SP), José Luiz Alvim Borges (ABS-SP), Ricardo Farias (ABS-Rio), Mauro Zanus (Embrapa-RS), Marcio Oliveira (SBAV-MG), José Luiz Pagliari (SBAV-SP/Senac-SP), Roberto Gerosa (portal iG) e Celito Guerra (Embrapa). O grupo de jurados nacionais e internacionais avaliou um total impressionante de 183 vinhos em 10 categorias diferentes durante os dois dias do evento. Foram 14 safras degustadas, 64 uvas com suas peculiaridades analisadas em 12 tipos diferentes de rótulos de 10 distintas nacionalidades.

Confira o resultado do Top Ten:


CATEGORIA : ROSÉ
  • NOME – Château de Pourcieux Côtes de Provence
  • SAFRA – 2011
  • PRODUTOR – Château de Pourcieux
  • PAÍS – França
  • REGIÃO – Provence
  • APRESENTADO POR: CANTU
  • IMPORTADO POR: CANTU
CATEGORIA : TINTO NOVO MUNDO
  • NOME – Bellingham – The Bernard Series Small Barrel S.m.v.
  • SAFRA – 2009
  • PRODUTOR – Bellingham
  • PAÍS – África do Sul
  • REGIÃO – Paarl
  • APRESENTADO POR: BELLINGHAM
  • SEM IMPORTADOR NO BRASIL
CATEGORIA: TINTO NACIONAL
  • NOME – Testardi Syrah
  • SAFRA – 2010
  • PRODUTOR – Miolo Wine Group
  • PAÍS – Brasil
  • REGIÃO – Vale do São Francisco
  • APRESENTADO POR: MIOLO WINE GROUP
CATEGORIA: TINTO VELHO MUNDO
  • NOME – Casa de Santa Vitória Touriga Nacional
  • SAFRA – 2008
  • PRODUTOR – Casa de Santa Vitória
  • PAÍS – Portugal
  • REGIÃO – Alentejo
  • APRESENTADO POR: CASA DE SANTA VITÓRIA/CVR ALENTEJO
  • SEM IMPORTADOR NO BRASIL
CATEGORIA: ESPUMANTE NACIONAL
  • NOME – Quinta Don Bonifácio Habitat Brut
  • PRODUTOR – Quinta Don Bonifácio
  • PAÍS – Brasil
  • REGIÃO – Serra Gaúcha
  • APRESENTADO AO CONCURSO POR: QUINTA DON BONIFÁCIO
CATEGORIA: ESPUMANTE IMPORTADO
  • NOME – Lanson Brut Rosé
  • PRODUTOR – Lanson
  • PAÍS – França
  • REGIÃO – Champagne
  • APRESENTADO POR: IMPORTADORA BARRINHAS
  • IMPORTADO POR: IMPORTADORA BARRINHAS
CATEGORIA: BRANCO VELHO MUNDO
  • NOME – Trimbach Riesling Cuvée Frederic Émile
  • SAFRA – 2004
  • PRODUTOR – Pierre Trimbach
  • PAÍS – França
  • REGIÃO – Alsácia
  • APRESENTADO POR: ZAHIL IMPORTADORA
  • IMPORTADO POR: ZAHIL IMPORTADORA
CATEGORIA: BRANCO NOVO MUNDO
  • NOME – Undurraga T.H. Sauvignon Blanc
  • SAFRA – 2011
  • PRODUTOR – Viña Undurraga
  • PAÍS – Chile
  • REGIÃO – San Antonio
  • APRESENTADO POR: ABFLUG
  • IMPORTADO POR: ABFLUG
CATEGORIA: BRANCO NACIONAL
  • NOME – Sanjo Maestrale Integrus
  • SAFRA – 2010
  • PRODUTOR – Sanjo
  • PAÍS – Brasil
  • REGIÃO – São Joaquim
  • APRESENTADO POR: ACAVITIS
CATEGORIA: DOCES E FORTIFICADOS
  • NOME – Medium Rich Single Harvest
  • SAFRA – 1998
  • PRODUTOR – Henriques & Henriques
  • PAÍS – Portugal
  • REGIÃO – Madeira
  • APRESENTADO POR: VINHOS DE PORTUGAL
  • IMPORTADO POR: ZAHIL IMPORTADORA

 

A delicadeza do cordeiro

Gosto muito da carne ovina, em especial a de cordeiro – que nada mais é do que o carneiro jovem. O seu sabor é delicado e suave , levemente adocicado e apresenta uma textura macia e tenra, dando margem a molhos diversos e guarnições igualmente variadas no acompanhamento. O preparo da carne de cordeiro é rápido e simples podendo ser feita na brasa, no forno ou mesmo salteada em oliva ou manteiga.  A carne dos ovinos destaca-se por seu alto valor nutritivo, sendo rica fonte de proteínas, vitaminas do complexo B, ferro, cálcio e potássio e é facilmente digerida pois não possui gordura saturada. Alguns temperos se dão muito bem com esta carne, principalmente alecrim, louro, sálvia e hortelã. A seguir a receita do Cordeiro em Crosta de Ervas e Mostarda:


 
Ingredientes:
(para 2 pessoas)

Um carré e cordeiro com 8 ossos
2 dentes de alho picado
Três colheres de sopa de queijo parmesão ralado
Uma colher de sopa de semente de mostarda
Duas colheres de sopa de manteiga
Quatro colheres de sopa de vinho branco seco
Uma xícara de pão dormido picado
Azeite de oliva
1 colher de sopa de salsinha, cebolinha, alecrim e sálvia (todos frescos)
sal e pimenta do reino moída à gosto


Modo de preparo:


Prepare uma pasta colocando no processador o alho, os temperos verdes, o queijo, as sementes de mostarda, um fio de azeite de oliva, o vinho e bata. Depois adicione a farinha de rosca e pulse algumas vezes apenas para esmagar um pouco as migalhas e combiná-los bem com a mistura de ervas. Reserve. Tempere a carne com o sal e a pimenta e grelhe por 2 minutos de cada lado, com a manteiga, com cuidado para dourar todas as partes. Unte uma assadeira com azeite de oliva e nela disponha o carré com a gordura para cima. Nesta gordura molde a massa preparada com cerca de meio centímetro de espessura e leve ao forno pré-aquecido a 200°C por cerca de 30 minutos. Retire, corte cada carré e sirva acompanhado de chutney ou batatas ou mesmo legumes salteados.

Artigo publicado no jornal Gazeta do Sul de hoje.


Um dos acompanhamentos mais interessantes para os preparos de cordeiro é o chutney, espécie de geléia agridoce, versátil e de fácil preparação. Veja a receita do CHUTNEY DE MANGA E DAMASCO:




2 xícaras de manga picada;
1 xícara de damasco picado;
1 pedaço de canela em rama;
7 dentes de alho picados;
1 pimenta dedo de moça picada;
2 xícaras de vinagre branco;
1 xícara de água;
1 xícara de açúcar;
sal e pimenta a gosto.
 
Coloque todos os ingredientes numa panela e em fogo baixo vá mexendo até ficar em consistência de geléia. Caso prefira um chutney mais doce adicione mais açúcar, caso o prefira mais ácido, adicione mais vinagre.


terça-feira, 24 de abril de 2012

Espumantes do Brasil são premiados na França

Pela terceira vez no ano o país do champagne destaca a qualidade dos espumantes brasileiros. Desta vez foi no Concurso Challenge do Vin, realizado nos dias 30 e 31 de março, em Bourg. Das quatro medalhas conquistadas, uma foi de Ouro, duas de Prata e uma de Bronze. Participaram do concurso mais de 4.700 amostras de 38 países, que foram avaliadas por cerca de 800 degustadores.

PREMIAÇÕES

Medalha de Ouro

Ponto Nero Espumante Brut – Domno do Brasil Indústria e Comércio de Bebidas

Medalha de Prata

Gazzaro Espumante Moscatel – Vinícola Gazzaro

Ponto Nero Espumante Brut Rosé - Domno do Brasil Indústria e Comércio de Bebidas

Medalha de Bronze

Casa Valduga Espumante Arte Tradition Brut – Casa Valduga Vinhos Finos

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Risoto Gaúcho

Outro dia convidei um dos meus ex-professores da FGV para jantar lá em casa. Pedi para ele escolher o cardápio e me disse que queria algo típico gaúcho, mas que não fosse churrasco. Logo pensei no puchero que talvez fosse mal-entendido e por fim o carreteiro, típico de nossa cultura. Falei do charque e o professor torceu o nariz, falei em lingüiça, não gostou. E por fim falei em carreteiro com carne de churrasco. O carioca adorou a idéia! Pois bem, tirei do armário aquela velha e boa panela de ferro, separei os ingredientes, começamos a conversar enquanto o copinho de barro distribuía aquela caipira com cachaça envelhecida e a carne do churrasco foi picada e levada à panela. Enquanto discutíamos sobre o mercado de ações a comida ficou pronta. Servi como manda o figurino da alta cozinha, porção empratada e decorada individualmente. Pois quando levei à mesa o carreteiro eis que o professor dispara: “Hummm, risoto gaúcho!!!” Pois bem, na condição de anfitrião não discuti e deixei por isso mesmo.

Então abaixo segue a receita do carreteiro com carne de churrasco ou Risoto Gaúcho:

Ingredientes:
(para 4 pessoas)

500g de carne de churrasco
4 tomates sem sementes picados
1 cebola picada
Meio pimentão vermelho picado
1 dente de alho picado
Duas xícaras de arroz
Uma colher de sopa de óleo de canola
Pimenta do reino
Sal
Meio cálice de cachaça envelhecida
Salsinha picada e pimenta dedo de moça para decorar

Preparo:

Aquecer em uma panela de ferro o óleo de canola e somar o alho, a cebola e o pimentão e deixar fritar até dourar. Em seguida adicionar a carne de churrasco cortada em cubinhos sem a gordura. Fritar e logo adicionar a cachaça para dar gosto. Deixar evaporar e adicionar o tomate. Cozinhar por cerca de 20 minutos adicionando água se necessário. Temperar com sal (observar que a carne já terá um pouco de sal) e pimenta. Somar o arroz e adicionar quatro xícaras de água fervente e deixar cozinhar por cerca de 20 minutos. Juntar água aos poucos se necessário. Servir em seguida decorando com a salsinha e a pimenta.

Dica: para deixar a carne com sabor mais suave, o ideal é cortar toda a crosta assada e que levou sal.

domingo, 22 de abril de 2012

O cachorro quente

Todos os domingos à noite lá em casa o cardápio é o mesmo: cachorro quente! Este delicioso lanche ocupa nossa mesa há muito tempo e seu preparo é sempre o mesmo: salsicha, batata-palha, molho, catchup, maionese e mostarda.E este que é um dos lanches mais simpáticos e conhecidos do mundo,tem a sua origem polêmica, sendo que três histórias contam o seu provável nascimento: 1. A mais conhecida é a de um açougueiro de Frankfurt, na Alemanha. Em 1852, ele resolveu batizar as salsichas que fabricava com o nome de seu cachorro bassê. 2. Um imigrante alemão, Charles Feltman, levou esse tipo de salsicha para os Estados Unidos em 1880. Lá, criou um sanduíche quente com pão, salsicha e molhos. 3. Em 1904, na cidade de Saint Louis, nos Estados Unidos, um vendedor de salsichas quentes bolou uma maneira de seus fregueses não queimarem as mãos. A quem comprasse suas salsichas, ele oferecia luvas de algodão limpíssimas. Só que os clientes esqueciam de devolvê-las e ele acabava tendo prejuízo. Seu cunhado, que era padeiro, sugeriu que o salsicheiro pusesse as luvas de lado e começasse a usar pães.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

El Sueño Carmenere 2006

A Família Geisse é uma das tradicionais e pequenas produtoras chilenas com vinhedos localizados no Vale do Colchágua, de excelente terroir onde algumas cepas como a carmenére traduzem-se no cartão de visita da região. Lá, na Bodega Santo Domingo, a Família Geisse produz o El Sueño Carmenere 2006, vinho de coloração rubi violáceo, brilhante e límpido. Traz aromas de frutas vermelhas como ameixa, chocolate, goiabada, coentro e especiarias. Na boca mostra-se herbáceo lembrando estragão, com acidez pronunciada, final persistente, amargor presente, equilíbrio entre a fruta e o carvalho e algo de pimenta. Graduação Alcoólica de 13,5% e ideal ser servido na temperatura de 16°C. Você encontra o vinho El Sueño na Wein Haus, loja especializada em vinhos, pelo site www.weinhaus.com.br. E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A Hora do Espanto

Eu era estudante do ensino médio – naquela época, no início da década de 90 era chamado de “segundo grau” – e, no auge de minha adolescência, as boas coisas da vida começavam a ser-me apresentadas, pela própria vida! E naqueles tempos de juventude desvairada algumas destas boas coisas vinham do sexo oposto. Foi numa daquelas sextas-feiras à noite que acabamos reunindo-nos para assistir filmes e saborear algumas pizzas. Fiz-me presente, mas pelo simples fato de que a Rô, minha colega de classe, também assim o faria. A Rô era uma garota alta, cabelo castanho ondulado, pele aveludada e proprietária de um descomunal corpo para seus 18 anos recém completados. Os seios voluptuosos teimavam em ficar à mostra dentro dos decotes que ostentava e suas pernas longas e grossas davam a entender que eram besuntadas para vestirem o jeans que colava em suas curvas. Seu rosto acomodava um par de olhos, nariz e boca perfeitos. E para completar a lista de atributos ela estampava um perfil digamos, sapeca! A Rô adorava provocar seus colegas fazendo caras e bocas e quando ressonava – sim, pois uma beldade daquelas não falava, ressonava – sua voz rouca e miada fazia a temperatura corporal subir e o suor gotejar na testa. Eu e a Rô estávamos há algumas semanas ensaiando uma proximidade com um flerte direto e cada vez mais carregado de sex appeal. E lá na casa do professor, naquela sexta à noite, poderia ser uma ótima ocasião para deixar a libido extravasar. Após comermos as ditas pizzas, estávamos todos reunidos na sala de TV, alguns sentados ao chão, outros acomodados nas poltronas e eu a Rô sentados no sofá – e como a noite era fria e o dono da casa bondoso – cobertos por um edredom, somente com as cabeças de fora. O filme era a “Hora do Espanto”, a versão original. A temperatura sob a manta começou a subir, a mão da Rô pegando a minha, a minha outra mão acariciando as coxas da Rô, a Rô abrindo minha camisa e assim a coisa se encaminhando. O clima literalmente pegou fogo, ali na sala, com todos assistindo o filme sem se dar conta do que acontecia embaixo do edredom. De repente, um dos colegas que estava sentado aos pés do sofá, levantou-se e, ao se apoiar, escorregou o braço e puxou todo o edredom para baixo, deixando eu e a Rô completamente entregues em nossa brincadeira, eu quase sem calça, ela com a blusa erguida e os seios volumosos completamente à mostra. Espanto geral! Esqueceram do filme. A Rô esqueceu de mim e eu dela. Só não esquecemos das palavras do professor definitivamente embasbacado ao ver tudo aquilo:”alguém ainda aceita uma fatia de Margherita???”.
E nada melhor para estas noites “espantosamente” frias que uma Pizza Margherita, cuja receita vêm a seguir:



Ingredientes:
(para 3 pessoas)
Uma massa pré-pronta para pizza grande
250 de molho de tomate
200g de queijo mussarela
8 fatias de tomate maduro
Manjericão fresco à gosto, para decorar
Azeite de oliva para regar
Orégano à gosto

Preparo:
Coloque a massa de pizza sobre uma assadeira untada com um fio de azeite. Espalhe o molho sobre a superfície da massa, deixando cerca de um centímetro de borda descoberta. Cubra com a mussarela e as fatias de tomates, salpique com o orégano e leve a pizza ao forno pré-aquecido a 250°C por cerca de 10 minutos. Retire do forno, distribua as folhas de manjericão e sirva.

Artigo publicado hoje no jornal Gazeta do Sul.

Massa caseira:
(para 3 pizzas)

1 kg de farinha de trigo peneirada
500 ml de leite
30 g de fermento biológico
110 ml de óleo de milho (ou de girassol)
2 colheres (sopa) rasas de sal
1 colher (sopa) rasa de açúcar (este ajuda a massa a
ficar mais crocante e dourada)

Preparo:

Dissolva o fermento no leite morno. Em uma vasilha grande, misture a farinha com o leite fermentado. Coloque o óleo e amasse com as mãos. Misture sal e açúcar e trabalhe a massa. Disponha-a numa superfície lisa, polvilhada com farinha. Vá amassando constantemente e quando a massa não grudar mais nas mãos, é porque já está no ponto certo. Deixe descansar numa vasilha grande por cerca de 3 a 4 horas. Cubra com um pano e mantenha a vasilha num local livre de correntes de ar, em temperatura ambiente. Após descansar, divida a massa em 6 bolas (porções). Em uma superfície enfarinhada, achate a massa com as mãos e abra o disco de pizza com o auxílio de um rolo, cruzando as direções deste na massa, e virando-a de lado durante esse processo. Coloque o disco numa assadeira e leve ao forno pré-aquecido a 250ºC por cerca de 30 a 40 minutos.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Are Baba!

Este nobre espaço dedicado aos prazeres enogastronômicos e aberto a diversidade cultural não poderia deixar de apresentar um pouco dos usos e costumes orientais, tão bem representados por um de seus ícones mundiais, a rica e exótica gastronomia indiana. E ela chegou até o meu paladar através das mãos da zen Marta Wolf Schuster que além de ser professora de yoga usa suas habilidades manuais na cozinha, preparando delícias como esta que aprendeu com um legítimo filho da Índia, a receita de Kobi Pachadi, ou traduzindo, Salada de Amendoim à Indiana. É o que segue:



Ingredientes:

2 xícaras de amendoim
Azeite de oliva
Meia xícara de salsa picada
2 cenouras raladas
Um tomate grande picado
Uma cebola grande picada
Suco de 3 limões
2 pimentas vermelhas picadas e sem sementes
Sal e pimenta do reino à gosto

Modo de fazer:

Pique finamente a cebola e deixe de molho na água com duas colheres de sal por cerca de meia hora. Toste o amendoim em frigideira com um pouco de azeite de oliva dourando. Deixe esfriar, escorra a cebola e misture os outros ingredientes. Coloque as pimentas à gosto. Sirva como entrada!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Nederburg Pinotage Reserve 2006

A Pinotage é uma casta tradicional da África do Sul, junto com a Syrah, dignos representantes daquele país. A Pinotage é um corte desenvolvido no início do século XX a partir da Pinot Noir e da Cinsaut. O Nederburg Pinotage Reserve 2006 é um dos representantes desta região viticultora. Um pouco alcoólico no início, depois libera aromas de frutas vermelhas cítricas, principalmente morangos silvestres e cerejas além de especiarias. Na boca os taninos suaves marcam o vinho, trazendo framboesa, madeira e acidez média, fácil de beber, com final não muito longo. Acompanha muito bem carnes vermelhas assadas e massas com molhos à base de queijo e até mesmo chocolates.

Muito pertinente o descritivo desta casta estampado no blog Enoleigos, que fala que a Pinotage é um híbrido (que provém de duas espécies diferentes) de Pinot Noir e Cinsault, (conhecida na África do Sul com o nome de Hermitage), e tem seu nome proveniente da combinação das duas cepas. O responsável pelo cruzamento foi um investigador e professor de viticultura na Universidade de Stellenbosch, o Profesor A.I. Perold que em 1925 uniu as qualidades organolépticas da Pinot Noir com a notável produtividade e resistência da Cinsault. Para isso fecundou uma flor da casta Cinsault com pólen da Pinot Noir, originando a cepa que denominou “HermitagexPinot de Perold” . Os relatos da época dão conta o Profesor A.I. Perold, não demonstrou grande interesse em sua criação, só o fazendo 10 anos depois, quando a casta recebeu a denominação atual. Os primeiros vinhos elaborados com a Pinotage não foram bem aceitos, permanecendo no ostracismo até meados da década de cinqüenta, quando as degustações feitas com vinhos da casta começaram a mostrar suas possibilidades.

O reconhecimento em âmbito internacional somente veio no principio dos anos noventa quando Beyers Truter, vinicultor apresentou os vinhos de Pinotage no concurso International Wine and Spirit Competition com tamanho êxito que foi eleito “Enólogo do Ano”, título concedido pela primeira vez a um sul-africano. A partir de então, a Pinotage foi anunciada como a possuidora do Santo Graal dos aromas da Pinot Noir da Borgonha bem como da elevada produtividade e fácil amadurecimento da Cinsault. Os anos seguintes vieram demonstrar que ela nunca se comportou nem como Pinot Noir nem tampouco como Cinsault. A Pinotage, na realidade, é uma uva de difícil trato, que pode originar vinhos de alta qualidade, porém que necessita de vinhas velhas, de baixa produtividade e de um manuseio cuidadoso na vinícola para conservar seus aromas mais selvagens e evitar os ésteres voláteis.

Os vinhos de Pinotage são de cor vermelho rubi intenso, profundos, límpidos e brilhantes. Os bons Pinotage têm aromas e sabores diferentes de qualquer outro tipo de vinho. Possuem delicioso caráter frutado de amoras, cassis e ameixas, além de notas florais muito características. Quando passam em barricas exibem notas de baunilha, chocolate ou especiarias. Os caldos de Pinotage têm dois problemas: o primeiro é que se torna extremamente difícil obter todos os aromas e ao mesmo tempo controlar seus taninos, sabidamente muito agressivos. O segundo, é que os aromas genuinamente individuais podem sofrer transformações importantes se a vinificação não for feita de forma correta. Pinotage, no entanto, podem mostram-se aveludados, sedosos, voluptuosos, luxuriantes e sedutores. E de forma contrária, também, podem ser rústicos, instigantes, controversos e muito pouco cativantes. Para melhor entendê-los é fundamental conhecê-los.

Você encontra os vinhos da África do Sul na Wein Haus, loja especializada em vinhos, pelo site www.weinhaus.com.br.

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

sábado, 14 de abril de 2012

Canelone Recheado com Ricota e Frango

O canelone é uma daquelas receitas italianas que aceita variados molhos e composições. Sua origem é obscura mas seu sabor e flexibilidade culinária estão presentes em cada uma das receitas disponíveis, com massas coloridas preparadas à base de beterraba, espinafre ou cenoura e recheios variados como o preparo a seguir do Canelone Recheado com Ricota e Frango.

Ingredientes:
(para 4 pessoas)

1 peito de frango grande desossado e sem pele
250g de ricota fresca
Meia xícara (chá) de leite
4 colheres (sopa) de azeite
Meia xícara (chá) de manjericão picado
Sal e pimenta do reino moída à gosto
Meia xícara (chá) de nozes picadas
12 folhas de lasanha cozidas
400g de queijo camembert picado grosso
500g de molho de tomate pré-pronto
50g de manteiga

Preparo:
Cozinhar o peito de frango temperando com sal e pimenta. Pode ser adicionado um tablete de caldo de galinha neste cozimento. Após desfiar o peito e reservar. Em um recipiente misturar a ricota com o leite, a manteiga, o azeite e o manjericão picado. Temperar com sal e juntar as nozes e o frango desfiado. Distribuir a mistura nas folhas de lasanha e enrolar formando os canelones. Arrumar os canelones em um refratário untado com manteiga e por cima dispor o molho de tomate já aquecido e o queijo camembert picado. Levar ao forno pré-aquecido a 200ºC por 15 minutos. Servir em pratos individuais.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Como vinho para chocolate!

Chocolate e vinho são dois institutos absolutamente diversos e na sua ambiguidade encontrar pretexto e definições para uni-los em torno de algo maior, só se for pela intempestuosa relação de ambos! Na semana passada com a Páscoa e sua simbologia batendo a porta não teve momento nas celebrações em que, entre uma taça e outra, o chocolate ficasse como assunto diverso. As características destes dois pecados enogastronômicos sugerem um distanciamento natural que eu faço questão de conjugá-los sobre o mesmo pretexto: o prazer! E achar no prazer maneiras de deixá-los menos dolorosos e combativos, quem sabe tornando a sua convivência com um resumo maior do que uma mera definição contrasensual. E nesta possibilidade, faço de um breve descritivo minha percepção sobre o assunto, entendendo ambos - vinho e chocolate – como duas mulheres tentadas a satisfazerem o mesmo homem!

Chocolate, mesmo que em desalinho, chama-me atenção por teu sabor! Tua cor ebanica quando derretida, então, brilha em si própria, seduzindo os olhares inescrúpulos e trazendo fantasias de imediato aqueles olhos que derretem-se como a tua forma e teimam em alimentar expectativas, sobrepor desejos. Na boca, fita e surpreende, mesmo sabendo teu gosto cada prova traduz-se em nova experiência. Tua luxúria reanima, teu doce, lambuza, tua textura, excita!

Vinho por que te quero? Companhia indelegável de noites libertinas tua presença esquenta e anima. Ter-te e tua falta caem em suaves devaneios, tão só recuperáveis novamente em teus lânguidos braços envolventes e únicos. Tua identidade refuta algo incompatível como o chocolate, mas assovia em soneto quando desafiado o é!

Iniciados por esta picante metáfora e falando efetivamente de harmonização deste dueto inusitado, uma boa segmentação pode ser feita a partir da diferenças entre os chocolates e as possibilidades de casamento com tais vinhos harmonizados.

O chocolate mascarado em doçura e gordura cria um invólucro na superfície da língua que literalmente manda ao espaço o paladar do vinho. Uma dica de harmonização para tal é o vinho fortificado de origem francesa da região de região de Banyuls Collioure à base da uva Grenache e por isso denominado Banyuls que pode ser branco, rosé ou tinto, de aromas persistentes, carregado de doçura e taninos dóceis, que não batem de frente com a complexidade estrutural do chocolate. Seria a conjugação “perfeita”.

Sendo um chocolate carregado de amargor – acima de 85% de cacau – onde a doçura é acobertada pela adstringência. Para tal mudança um vinho tinto com secura e robustez acentuadas – o corpo de um cabernet sauvignon, shiraz ou merlot jovens e vivos é a recomendação - traz uma combinação notável com o álcool do vinho colocando panos quentes na adstringência do amargor, destacando as características de frutas escuras do vinho pelo toque de amêndoas assadas do chocolate.
Com cacau percentual abaixo do anterior nominado, um bom exemplar de Porto Vintage faz ótimo papel como companhia, por sua doçura e percentual alcoólico elevado.

Se o chocolate receber em sua composição final frutas secas como passas, figos, ameixas e outros servem de par a Porto Tawny ou vinho Madeira. Já frutas cítricas compondo o recheio harmonizam com espumante Moscatel ou Asti. Se o recheio for frutas vermelhas, um Porto Ruby é a pedida. Já se o chocolate for branco, a dica são os vinhos de colheita tardia preferencialmente do novo mundo. Os Sauternes, de sobremesa, também compõem uma boa indicação. E não esqueçamos do champanhe, que por sua acidez elevada, combina com quase tudo, inclusive e bucolicamente com duas mulheres tentadas a satisfazerem o mesmo homem!

Artigo publicado no jornal Gazeta do Sul de hoje.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Cervejaria Heilige inaugura pub nesta quarta-feira

A Cervejaria Heilige inaugura hoje na rua Galvão Costa, 748, na frente do Parque da Oktoberfest em Santa Cruz do Sul /RS, o Heilige Brew Pub, a mais nova opção de lazer e diversão para os apreciadores das cervejas especiais fabricadas em Santa Cruz e de marcas consagradas no mundo. Aberto de quarta-feira a sábado, das 18 até a 1 hora da manhã e no domingo, das 17 às 23 horas, o pub vem para consolidar o mercado das cervejas especiais na região, propiciar um ambiente aconchegante para o happy hour e simplesmente inovar.

Serão servidos os estilos produzidos pela Heilige - Pilsen, Weiss, Red Ale e Pale Ale - além das variedades de outra cervejaria convidada a cada mês. Ainda, mais 12 tipos de garrafas nacionais e importadas, conceituadas no mercado cervejeiro mundial, e um cardápio com sugestões de harmonização para deixar os momentos de confraternização ainda mais especiais.

PROGRAMAÇÃO - E atrações não faltarão no Heilige Brew Pub. Nas quartas-feiras, ocasião sagrada para acompanhar a rodada de futebol, é dia para Coisa de Homem. Eles terão ponto certo para se reunir e assistir aos jogos apreciando as cervejas especiais. Na quinta, é a vez delas, pois mulher também entende de cerveja! Sexta-feira tem happy hour, então o ponto de encontro depois do trabalho é na Heilige. Em cada um desses dias tem promoção para os apreciadores das cervejas especiais santa-cruzenses, basta ficar de olho nas redes sociais.

O LOCAL - Com capacidade para mais de 60 pessoas, o pub da Heilige vai trazer o conceito do verdadeiro pub irlandês. Muitos quadros, mesas e cadeiras diferentes para criar um clima descontraído.Sem perder a identidade com a fábrica, estarão presentes elementos como a biblioteca, as frases relacionadas à cerveja e objetos de decoração.O projeto do pub, conta a arquiteta Paula Sizinando, foi pensado para pessoas se sentirem acolhidas e confortáveis. Alguns lounges serão montados para ambientes mais descontraídos, com direito a mesa de sinuca. Ainda, um enorme bar com banquetas dá todo ar do verdadeiro pub.

CONFRARIA - Além do pub, a Heilige continua tendo o espaço destinado à confraria, junto à fábrica, na rua Venâncio Aires. O local diferenciado se consolidou em Santa Cruz como opção para sediar eventos sociais e programações especiais da Heilige.

Cofira mais no:
www.cervejariaheilige.blogspot.com
www.heilige.com.br
(51) 8161 0707

terça-feira, 10 de abril de 2012

Yali Cabernet Sauvignon/Carménère 2009 Winemaker’s Selection

O vinho Yali Cabernet Sauvignon/Carménère 2009 Winemaker’s Selection é elaborado pela combinação das respectivas uvas na proporção 60 e 40% numa parceria com a chilena Vinã Ventisqueir, no Vale de Colchágua. A linha de vinhos Yali tem o nome de um pássaro e de uma zona úmida preservada no Chile – a microrregião Valle del Yali. De cor vermelho rubi escuro e brilhante apresenta intensos aromas de frutas vermelhas maduras como cereja negra, amora e cassis oriundos do Cabernet Sauvignon e mais as notas de especiarias como a pimenta preta e ervas vindas da Carménère. Toques de baunilha e chocolate provenientes da passagem por carvalho - no amadurecimento, 30% do vinho repousou durante 10 meses em barricas de carvalho americano e o período de garrafa foi de seis meses – também são percebidos. Quando em boca, mostra-se equilibrado, com taninos vivos mas macios, corpo médio assim como a intensidade e com paladar frutado e amadeirado sutilmente Possui 13,5% de graduação alcoólica e ideal consumir na temperatura de 16 a 18°C. Harmoniza com queijos maduros duros, queijos maduros moles, carnes vermelhas. Quando o provei foi harmonizado com um matambre recheado com legumes ao forno e polenta com toque de queijo provolone. Ótimo custo benefício pois trata-se de vinho na casa de R$ 35,00. Você encontra os vinhos Yali na Wein Haus, loja especializada em vinhos, pelo www.weinhaus.com.br.

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O galeto atingiu a maioridade!

Casa DiPaolo atinge maioridade, completa 18 anos e comemora marca de 500 mil refeições servidas em 2011.

A rede de restaurantes DiPaolo que possui sete restaurantes em quatro cidades (Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Garibaldi e Gramado) e detém o título de “Melhor Galeto do Brasil” há 11 anos consecutivos pelo Guia Quatro Rodas, aniversariou na Serra Gaúcha. Além do galeto, o sabor também está nos outros pratos da típica culinária italiana: sopa de capeletti, salada de batata com maionese, radicci, queijo a dorê, polenta, massas, carnes e pão colonial.

O fundador da marca, Paulo Geremia, conta que foram anos de trabalho até atingir um padrão de qualidade na elaboração do galeto – carro-chefe do restaurante. Preparado com sálvia, manjerona, salsa, cebola, sal, alho, orégano, pimenta branca, vinho e cerveja, o galeto é assado na brasa de carvão, o que o deixa crocante por fora e suculento por dentro. “A receita não é segredo, o que garante a qualidade é o amor que todos colocam em suas tarefas no restaurante” comenta o restauranteaur.

No berço das maiores vinícolas do país, a empresa também investiu na comercialização de vinhos no restaurante Canta Maria (www.cantamaria.com.br), pertencente ao grupo. No segundo andar são exibidos rótulos nacionais vendidos a preço de vinícola e enviados para todo o Brasil.


Você encontra os restaurantes Di Paolo em:

Caxias do Sul

Casa DiPaolo Iguatemi
Praça de Alimentação
Galeto e Pratos Expressos
Fone (54) 3214.9005

Casa DiPaolo Iguatemi
Espaço Lifestyle
Pratos Expressos
Fone (54) 3025.6035

Casa DiPaolo Lourdes
Galeto e Grelhados
Rua Os 18 do Forte, 454
Fone (54) 3533.6500
Obs: fechado domingo a noite

Casa DiPaolo
Shopping San Pelegrino
Pratos Expressos
Fone (54) 3029.2600


Gramado

Casa DiPaolo
Galeto
Rua Garibaldi, 23
Fone (54) 3286.5080
Obs: em época de baixa temporada, fechado domingo a noite e segunda durante todo o dia


Entre Bento Gonçalves e Garibaldi

Casa DiPaolo
Galeto
RSC 470, Km 221,6
Castelo Benvenutti
Fone (54) 3463.8505
Obs: fechado domingo a noite


Bento Gonçalves

Canta Maria
Galeto e Grelhados
RSC 470, Km 217
Ao lado do pórtico da Pipa
Fone (54) 3453.1099
Obs: fechado domingo a noite


www.casadipaolo.com.br

domingo, 8 de abril de 2012

Pizzato Chardonnay 2010

A Vinícola Pizzato de Bento Gonçalves possui uma linha muito clara de posicionamento de seus vinhos. Desde o Pizzato Merlot 1999 estreiado no mercado com produção pequena e alta qualidade até o engarrafamento do excelente Pizzato Merlot DNA 99 no ano passado a vinícola adota a busca pela qualidade ante a quantidade produzida. Com parreirais situados em Bento e em Dois Lajeados, a vinícola oferece um bom portfólio de rótulos entre os quais o Pizzato Chardonnay 2010, um vinho fresco, com boa mineralidade, jovem e marcante. Possui visual límpido com cor amarelo palha bem suave e reflexos esverdeados. Apresenta aromas de pêra, maçã verde, abacaxi em calda e notas florais. Na boca é agradável e tem boa persistência, leve acidez mas equilibrada ao álcool, cítrico mas com taninos macios e retrogosto lembrando mel e abacaxi. Harmonizações: peixes, massas brancas, saladas e alguns frutos do mar com molhos leves. Possui 13,0% de álcool e ideal ser consumido entre 9 a 11°C. Você encontra os vinhos da Serra Gaúcha na Wein Haus, loja especializada em vinhos, pelo www.weinhaus.com.br.

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Das ousadias

Acordei hoje pela manhã ainda pensando sobre a experiência gastronômica que fiz ontem! No jantar para alguns amigos preparado na casa de Silvio e Mayra Kist o preparo escolhido foi bacalhau. Para isso comprou-se os ingredientes todos para a feitura do tradicionalíssimo Gomes de Sá mas durante o dia alguma coisa me inquietava e pedia algo diferente, inusitado. Fui ao super e peguei várias coisas, sem saber muito o que elaborar mas com uma linha bem clara: ousar! E foi exatamente o que ocorreu e sem receio os convidados acabaram fazendo parte desta criação: Bacalhau com Paio!

A mistura inusitada ficou muito acima da expectativa de todos, tornado a noite surpreendente. No prato batatas brancas cortadas em cubos cozidas al dente e depois salteadas em oliva fizeram o colchão do refratário. Sobre estas bacalhau em lascas também salteados em oliva e cheiro de alho. Após um mix de cubinhos de pimentões verde, vermelho e amarelo e cebola igualmente amaciados no azeite. Então veio o paio cortado em fatias finas e frito a meio cozimento, bem espalhado sobre o prato. Não poderiam ficar de fora ovos duros cortados em fatias, azeitonas pretas e verdes sem caroço e uma generosa regada de azeite de oliva. Para cobrir o preparo, uma mistura de creme de leite, nata, cream cheese e requeijão, numa fina camada bem espalhada e sobre esta fatias de queijo lanche salpicado com sementes de papoula. Tudo ao forno por 20 minutos e depois... Bom depois foram só sorrisos de satisfação!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Bacalhau - uma tradição secular

Lembro dos tempos de preparo do bacalhau pelos avós descendentes de portugueses, que se esmeravam nos bolinhos fritos regados com muito azeite de oliva e generosas gotas de pimenta vermelha. Depois de escolhida alguma das centenas de receitas – afinal, assim como na França que para cada dia do ano há um queijo específico, em Portugal para cada dia do ano há uma receita de bacalhau – todos reuniam-se em volta da mesa para celebrar a família. “Bacalhau não é peixe. Bacalhau é bacalhau” diziam! E para esta reflexiva Sexta-feira Santa um ótimo prato é o Bacalhau “as natas”, cuja receita segue abaixo.



Ingredientes:
(para 4 pessoas)

500g de lombo de bacalhau salgado sem pele e sem espinhas
Um quilo de batata branca descascada
Duas cebolas médias cortadas em rodelas
30 g de farinha
30 g de manteiga
Duas xícaras de leite
250ml de nata
Noz moscada à gosto
Uma folha de louro
Sal e pimenta branca à gosto
Cravos
Queijo parmesão ralado

Preparo:
Dessalgar o bacalhau com 24h de antecedência deixando-o imerso em água e na geladeira, trocando a mesma a cada seis horas. Cozinhar o bacalhau no leite por cerca de 5 minutos. Escorrer – mas reservar o leite - e desfazer o lombo de bacalhau em lascas. Refogar as cebolas em azeite de oliva até estarem douradas e macias. Juntar as lascas de bacalhau e em fogo baixo e mexa lentamente. Polvilhar a farinha e adicionar o leite onde foi cozido o bacalhau, aos poucos, para ir engrossando a mistura. Temperar com sal, pimenta e noz moscada e reservar. Cortar as batatas em cubos de cerca de 2cm e dourá-las à parte numa frigideira com azeite de oliva e em fogo baixo, para ficarem mais cozidas que fritas. Temperar com sal, escorra e reservá-las. Untar um refratário com azeite de oliva, dispor o bacalhau e sobre este as batatas. Cobrir tudo com a nata e algumas colheres de leite, polvilhar com o queijo ralado e levar ao forno para gratinar. Servir logo após.

VOCÊ SABIA

Os portugueses descobriram o bacalhau no século XV, na época das grandes navegações. Precisavam de produtos que não fossem perecíveis, que suportassem as longas viagens, que levavam às vezes mais de 3 meses de travessia pelo Atlântico. Existem registros de que em 1508 o bacalhau correspondia a 10% do pescado comercializado em Portugal. Também pescavam o bacalhau na costa da África além das águas próximas ao Canadá. O bacalhau foi imediatamente incorporado aos hábitos alimentares e é até hoje uma de suas principais tradições. Os portugueses se tornaram os maiores consumidores de bacalhau do mundo, chamado por eles carinhosamente de "fiel amigo". O hábito de comer bacalhau veio para o Brasil com os portugueses, na época do descobrimento, mas foi com a vinda da corte portuguesa, no início do século XIX, que este hábito alimentar começou a se difundir.


A todos uma feliz Páscoa!

Artigo publicado no jornal Gazeta do Sul de hoje

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Gran Legado Brut Champenoise

França, Inglaterra, Brasil e agora Alemanha. O Gran Legado Espumante Brut (champenoise) acaba de conquistar mais um importante prêmio: a Medalha de Prata conquistada no MundusVini 2010, considerado o mais importante da Alemanha e um dos maiores do mundo, reunindo mais de 5.800 amostras de 42 países, avaliadas por júri internacional. Na Expovinis 2010 o Gran Legado Espumante Brut já havia conquistado o prêmio de Melhor Espumante Brasileiro. O espumante é produzido pela Vinícola Wine Park, sediada em Garibaldi, na Serra Gaúcha, na antiga Maison Forestier. Premiações do Gran Legado Espumante Brut (champenoise): - Medalha de Prata no Vinalies Internationales 2009 – França; Medalha de Prata International Wine & Spirit Competition Quality Award 2009 – Londres (Inglaterra); Melhor Espumante Brasileiro – Expovinis 2010 – Prêmio Top Tem; Menção Honrosa no International Wine Challenge 2009 e 2010 – Londres (Inglaterra) e Medalha de Prata no MundusVini 2010 – Alemanha.

Você encontra os espumantes do Vale dos Vinhedos na Wein Haus, loja especializada em vinhos, pelo www.weinhaus.com.br.

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

terça-feira, 3 de abril de 2012

As artes e a Ambrosia!

Março foi o mês de aniversário de minha filhota Antonia - seu primeiro aninho - e é normal que, neste período de início de um novo ciclo astral, rememorações venham à tona trazendo de volta muitas lembranças da infância, adolescência e partes da minha vida adulta, entre as quais aquelas que hoje são denominadas “politicamente incorretas”, não pela censura ou proibição, mas sim porque deram muito trabalho ao meu anjo da guarda, que depois acabei concluindo que não se tratava de apenas um, mas sim de um batalhão deles, tamanho o trabalho que dei.

Tais famosas e célebres “artes” que protagonizei foram relembradas pela minha mãe enquanto servia a ambrosia na sobremesa do almoço festivo de comemoração. Teve uma que passei com o Schneider, amigo do ensino fundamental – naquela época primeiro grau - lá no interior de Teutônia. O avô deste meu amigo tinha uma Brasília zerada, que mal saía da garagem, nem chuva pegava. Teve um baile num salão do interior e tivemos a brilhante idéia de irmos de Brasília, mas sem o avô saber. Eis que no caminho, numa daquelas estradas de chão que mal passava um veículo avistamos um farol vindo em nossa direção. “Vamos dar um susto naquele motoqueiro!”, disse com os olhos brilhando o Schneider, recebendo de imediato o meu aval. Desligou os faróis da Brasília e, no escuro, foi ao encontro da tal “moto”. Quando chegamos perto acendemos repentinamente os faróis para tirar um “fininho”, já sem tempo e espaço para desviar de um Fusca que estava com o farol esquerdo queimado e que achávamos ser uma moto. Batemos de frente, ninguém se machucou e o mais difícil foi ver o avô Schneider triste com a situação e o incômodo causado.

Este mesmo amigo, companheiro das empreitadas mais sapecas, era filho de um comerciante do ramo de laticínios que possuia um depósito com várias câmaras frias onde armazenava seus produtos. Num belo e pleno verão, num sábado à tarde, compramos uma melancia e decidimos esfriá-la na câmara fria do depósito que estava vazio. Entramos por uma janela no segundo piso e de posse de uma faca rumamos câmara fria à dentro e, sem querer, a porta fechou, deixando-nos trancados naquele ambiente de 6°C. Imagina, naquela época, lá pela metade-fim da década de 80, sábado, sem ninguém perto e celular nem o Japão possuía... Calmamente esperamos dar uma geladinha na melancia, partimos e comemos até nos empanturrarmos. Depois desmontamos uma caixa de iogurte e com os arames da armação fizemos um gancho o qual abrimos a tranca da porta – depois de quase duas horas presos e batendo queixo de frio – através de um orifício localizado pela lateral da câmara fria!

Eu também tinha uns primos bons de arte com os quais aprontava muito. As cucas da Dona Constância - vizinha de meus tios no interior de Rio Pardo - colocadas para esfriar após saírem do forno serviam de mira para os nossos bodoques feitos com câmara de bicicleta e forquilha de cerejeira polida. A brincadeira acabou quando o Seu Amado, irmão da fazendeira, quebrou a prótese dentária num café da tarde acompanhado de cucas e “bolitas”. Não satisfeitos, preparamos uma armadilha com uma rede de lambari e à tardinha pegamos um morcego, um daqueles grandes e peludos com dentes horrendos. Acomodamos o bicho no guarda-roupas da tia. Quando ela saiu do banho e foi se trocar, quase teve um troço, mas aí, bom, aí eu já tinha ido embora e quem levou a culpa foram os meus primos! Caraca, esta foi uma revelação extra que minha mãe, Dona Amanda, nem saiba e é bem provável que a ambrosia dela agora, acabe ficando como estas histórias, só na minha lembrança!

Segue a receita da Ambrosia:



Ingredientes:
(para 8 pessoas)

1 litro de leite
Meio kg de açúcar
8 ovos inteiros batidos com um garfo
Suco de um limão

Preparo:
Em uma panela grande e em fogo baixo queime o açúcar até adquirir a cor e consistência desejada. Coloque o leite e mexa de vez em quando com uma colher de pau até reduzir. Some os ovos bem batidos, o limão e mexa para formar pequenos grumos, porém não pare de mexer para não grudar no fundo da panela. Retire do fogo, deixe esfriar e sirva.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Bife de Chorizo com Cogumelos Portobello

Os cortes de carne bovina estão entre os preferidos dos brasileiros e o Brasil abriga a matriz da maior rede mundial de frigoríficos e logística desta carne. A qualidade da carne tem melhorado consideravelmente nos últimos anos, frutos de muito investimento e cuidados na criação e abate. Trouxemos uma receita de um tradicional corte de origem portenha e que pode ser encontrado nos melhores açougues, o BIFE DE CHORIZO acompanhado de COGUMELOS PORTOBELLO.



Ingredientes:
(para 4 pessoas)
4 bifes de chorizo (1,2kg) com cerca de 3cm de altura cada
400g de cogumelo portobello frescos
1 cebola média picada
Um dente de alho picado
Duas colheres de sopa de molho de soja
Duas colheres de sopa de manteiga
Um fio de azeite de oliva
Salsinha picada à gosto
Pimenta verde moída à gosto
Sal à gosto

Preparo:
Deixe os bifes de chorizo descansar em temperatura ambiente por cerca de duas horas. Limpe com um pincel os cogumelos e corte-os em fatias. Derreta uma colher de manteiga com um fio de azeite numa panela, adicione o alho e a cebola e deixe dourar. Em seguida junte os cogumelos e deixe fritar até murcharem. Não adicione água! Junte o molho de soja e tempere com pimenta. Corrija com sal se necessário, pois lembre que o molho de soja já é salgado. Junte a salsinha picada. Aqueça uma grelha ou uma frigideira com a manteiga, tempere os bifes com sal e pimenta e leve ao fogo alto por cerca de 3 a 4 minutos cada lado. Sirva o chorizo com os cogumelos arrumados por cima acompanhados de batatas.

VOCÊ SABIA

Chorizo é um corte de origem argentina – o miolo do contrafilé. É oferecido em bifes grossos, suculentos e tenros e geralmente é preparado assado ou grelhado, preferencialmente mal passado, acompanhado de molhos ou batatas fritas, numa experiência culinária fantástica. Ao ser separado do osso, antes de serem cortados em bistecas, têm uma forma entre triangular e cilíndrica, daí que se denomina “chorizo”. A maciez da carne é a marca registrada nos restaurantes da Argentina, pois o gado criado nas planícies dos pampas argentinos sempre foi considerado o melhor do mundo.