quinta-feira, 28 de junho de 2018

O espaguete com tomates, oliva e manjericão!



A mistura destes saudáveis ingredientes ao tradicional espaguete traz aroma e sabor ímpar a esta receita!

Quando jovem eu gostava de sobremaneira de comida e pratos pesados: frituras, muito queijo, gordura e assim por diante. Talvez pelo fato de a preocupação com a forma física e mental e a necessidade de como pai estar bem para manter-se jovem para criar e poder acompanhar o desenvolver de dois filhos pequenos tenha mudado meus hábitos e melhorado a minha educação alimentar. E o estimulante é que isso não significa retirar o sabor dos alimentos ou dedicar-se a dieta fitness mas sim valorizar pratos mais leves e com toque de temperos frescos como este de hoje, o espaguete com tomates, oliva e manjericão! Confira.



Ingredientes:
(para 4 pessoas)

500g de espaguete
Uma xícara de folhas de manjericão fresco
200g de tomatinho cereja
2 dentes de alho
Pimenta preta moída na hora à gosto
Sal à gosto
Azeite de oliva extra virgem à gosto

Preparo:

Aqueça 3 litros de água com um pouco de sal numa panela e leve o espaguete para cozinhar observando o tempo de cozimento indicado na embalagem. Numa outra panela ou caçarola refogue rapidamente o alho inteiro em azeite de oliva e junte os tomates cereja, tempere com sal. Rasque metade do manjericão com a mão, em pedaços e deixe o restante para decorar. Escorra o espaguete e leve a panela com o alho e os tomatinhos mexendo com cuidado, junte o manjericão, corrija o sal, junte a pimenta e regue com bastante azeite de oliva. Sirva bem quente!



quarta-feira, 27 de junho de 2018

Miolo abre inscrições para o Projeto Winemaker - formando enólogos amadores



Único curso da América do Sul destinado à formação de enólogos amadores, o programa Winemaker Miolo, que este ano completa 10 anos de existência, está com inscrições abertas para a 6º turma de ‘Vinho ‘Tinto’, com início em agosto. Até junho de 2019, reuniões periódicas vão reunir um grupo de enófilos que têm em comum, além da paixão pelo vinho, o desejo de elaborar o próprio rótulo. As vagas são limitadas e vão respeitar a ordem de inscrição.



Durante o Winemaker Miolo, os participantes se envolvem em todo o processo de elaboração de um vinho, desde o vinhedo até o desenvolvimento do design do rótulo. O projeto é integralmente supervisionado por Adriano Miolo, enólogo da vinícola, e pela equipe técnica do grupo.

O vinho elaborado através do Winemaker é um Merlot, que pode receber em seu corte outros vinhos, a serem definidos pelo grupo. O vinhedo exclusivo do Winemaker é uma das melhores parcelas da família e está localizado dentro do icônico Lote 43, na região demarcada do Vale dos Vinhedos. “Nosso objetivo é oferecer uma oportunidade e uma experiência para os apreciadores elaborarem um vinho próprio, utilizando a estrutura das vinícolas do grupo e o suporte dos profissionais da empresa, além, claro, da assinatura de uma das principais e mais premiadas vinícolas do Brasil”, resume Adriano Miolo.

A segunda etapa no processo de se tornar um enólogo amador também está com inscrições abertas: é o módulo ‘Espumante’, exclusivo para os alunos que já fizeram o módulo ‘Tinto’. Essa fase do programa tem início em janeiro de 2019, com encontros no Rio Grande do Sul (encontros I, II, IV) e no Vale do São Francisco, na Bahia (encontro III). As aulas vão abordar: Método Tradicional - Colheita e Elaboração do Vinho Base; Definição do Corte (vinho base), licor de tiragem e processo de espumantização; Método Charmat e Asti; e Remouage, Degorgement e Formatura.

No caso do módulo ‘Tinto’, de agosto deste ano até junho de 2019 serão três encontros que vão tratar dos processos de Poda Seca (17 a 19 de agosto), Poda Verde (9 a 11 de novembro) e Safra (7 a 10 de março), além da última reunião, entre 7 e 9 de junho, para Definição do Corte e Formatura.

Durante o período das aulas, os participantes permanecem hospedados no luxuoso Hotel e SPA do Vinho Caudalie, que fica em frente à vinícola. Além das atividades inerentes ao curso, participam também de degustações especiais, almoços e jantares temáticos e harmonizados.

Informações e inscrições pelo e-mail winemakers@miolo.com.br ou pelos telefones (54) 2102-1553 e (54) 9 81141155. O contato deve ser feito com Vanessa Belatto.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Tomero Petit Verdot 2015


A casta Petit Verdot é comumente utilizada no tradicional corte bordalês mas tem suficientes predicativos para dar origem a ótimos varietais. É originária de Bordeaux na França há séculos atrás plantada pelas mãos dos romanos. O cacho desta casta é pequeno “petit” e amadurece de forma desparelha, ficando alguns frutos maduros e outros verdes “verdot” por isso o nome. Esta uva é abundante em flavonoides, como taninos e antocianinas. Os vinhos elaborados com esta uva são densos e estruturados, trazem aromas de violetas, cassis, pimenta, cravo e azeitonas. Pode ser encontrada tanto no Velho como no Novo Mundo (EUA, Chile, Argentina, Uruguai e Austrália principalmente). 

O argentino Tomero Petit Verdot 2015 produzido pela Bodega Vistalba é um ótimo representante desta uva na América do Sul. Possui cor rubi violáceo profundo e traz aromas de groselha e amoras, algo balsâmico, cravo, toque terroso, coco e floral com violetas destacadas além de um herbáceo mentolado. Em boca é redondo e equilibrado com fruta macerada e levemente picante, excelente retrogosto e ampla persistência.

Passa 15 meses maturando em barricas de carvalho francês e mais 12 meses na cave.

Possui 14,4% de graduação alcoólica e o ideal é ser consumido na temperatura entre 16 a 18oC.

Vinhos elaborados com Petit Verdot pedem a companhia de pratos com bom corpo à base de proteína e gordura tais como massa à carbonara, carnes com gordura (suíno, boi e cordeiro) na brasa, queijos duros e alguns caldos vigorosos.

Você encontra os vinhos Tomero na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665 e site www.weinhaus.com.br

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!      

quinta-feira, 21 de junho de 2018

O frango à Kiev!



Estamos em época de Copa do Mundo de futebol e nada melhor que resgatar uma receita russa para comemorar este grande evento!

A Rússia é um país de cultura milenar! Sua construção histórica foi desenvolvida em cima de muitas guerras de séculos atrás lideradas por grandes comandantes. Seu povo é bravo e cultivador de suas tradições, sua gastronomia é farta e composta por centenas de pratos saborosos. Um deles é o Frango a Kiev, prato popular preparado com peito de frango.  Dizem que a origem da receita é ucraniana cuja capital é Kiev - por isso o nome, que remete à Rússia Czarista – mas outra vertente alega que o prato fora criado em um clube nos arredores de Moscou. O prato utiliza peito de frango desossado e recheado com manteiga, queijo, cogumelos, salmão ou algum outro ingrediente que depois pode ser frito ou assado. A seguir a receita desta delícia russa!


Ingredientes:
(para 4 pessoas)

2 peitos de frango desossados e sem pele
100g de manteiga
1 colher de sopa de cebolinha picada
1 colher de sopa de salsinha picada
1 dente de alho picadinho
2 ovos batidos
100g de farinha de trigo
100g de farinha de rosca
50g de queijo parmesão
Sal e pimenta-do-reino à gosto
Óleo para fritar

Preparo:

Misture a manteiga com a cebolinha, a salsinha e o alho. Tempere com sal. Disponha a manteiga temperada em um pedaço de plástico filme e enrole em formato de salame. Leve ao congelador para endurecer. Abra o peito de frango em forma de borboleta e bata com um martelo de carne até ficar bem fino. Tempere com sal e pimenta do reino. Retire a manteiga do freezer e corte em rodelas. Recheie cada peito de frango com duas a três rodelas de manteiga. Feche com palitos. Depois de recheados e fechados, passe os peitos de frango na farinha, depois nos ovos batidos e finalize na mistura de farinha de rosca com parmesão. Frite em óleo quente. Escorra em papel toalha e sirva!
   


quarta-feira, 20 de junho de 2018

A produção de vinhos na Rússia


Estamos em Copa do Mundo de Futebol: Rússia 2018. E este país que já ilustrou os livros de geografia quando ainda integrava a antiga União Soviética comunista já foi o maior importador de vinhos brasileiros e também possui uma produção milenar de vinhos - produz vinho desde a Antiguidade, no século 7 a.C., colonos gregos estabeleceram aldeias nessa região e produziram alguns dos primeiros vinhos do mundo. Mas há registros de uma bebida muito semelhante a vinho datada de 6000 a.C.! Falando da União Soviética, da qual a Rússia fazia parte, era, no final da década de 1950, o sétimo produtor de vinho, segundo a OIV.

Amplamente dominado pela vodca – muito popular por lá como a cachaça no Brasil - o vinho não é a bebida alcoólica preferida dos russos, onde apenas 8,5% do volume total de vendas de álcool no país correspondem ao produto.


A maior parte das vinícolas e vinhedos da Rússia encontram-se em Krasnodor Krai, nas proximidades e na costa do Mar Negro e cuja produção - talvez 80% - dá origem a vinhos adocicados, uma preferência do consumidor russo que verte para vinhos com pouca acidez. 

Um dos críticos e autor russo de livros sobre vinhos, sommelier Artur Sarkissián, comenta que os melhores rótulos por lá elaborados – quase todos de uvas autóctones e oriundos de indicação geográfica - são representados por 14 vinícolas do Vale do rio Don e das cinco regiões irrigadas pelo rio Kuban. Entre estes rótulos destaca o Saperavi, da vinícola Fanagória; o Riesling da vinícola Abrau-Dursso; o Gran Reserva da vinícola Tsimliánsk; o Renaissance da vinícola Raevskoe; o Fagotin da Chateau Le Grand Vostock e o Liturguia Reserve da Lefkadia. 
Na verdade desde a década de 90 vários produtores perderam suas licenças por fabricarem vinhos ruins privilegiando a quantidade em detrimento da qualidade sendo que de lá para cá a Rússia tem evoluído na qualidade de seus vinhedos com replantio, investimento em tecnologia e manejo, contratação de profissionais europeus e foco na qualidade se espelhando nos franceses e italianos. Ainda não há na Rússia normação sobre “local de origem protegido”, somente indicação geográfica de procedência e provém deste país a utilização de vasos de barro, as ânforas, no amadurecimento e acondicionamento dos vinhos.


De acordo com a União de Vinicultores e Vinhateiros da Rússia, de cada dez garrafas de vinho à venda pelas redes varejistas russas, sete são nacionais e três são importadas. Além disso, 30% do volume total de vinho vendido são feitos de uva plantada na Rússia. São muito pequenas as exportações de vinhos russos, por isso a dificuldade em encontrá-los por aqui. A vinícola Abrau-Dursso, por exemplo, exporta cerca de 150 mil garrafas de espumante anualmente, o que corresponde a menos de 1% de todas as suas vendas nacionais. Ano passado foram vendidos mais de 500 milhões de garrafas de vinhos na Rússia, dos quais quase 70% produzidas no próprio país. Ao observar a lista dos maiores fabricantes de vinho russos, percebe-se que sete das 10 empresas líderes distribuem os vinhos mais baratos em embalagens Tetra Pak de um litro a preço não superior a US$ 3.


A Rússia também é um desafio aos enólogos e produtores, afinal boa parte dos vinhedos estão acometidos por condições hostis de desenvolvimento com invernos muito rigorosos, solos problemáticos e grandes problemas de sanidade nas bagas.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Origem Merlot 2016 - vale o quanto pesa!


A linha Origem – vinhos de entrada da Vinícola Casa Valduga – possuem rótulos Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Merlot, todos vinhos de excelente custo-benefício. O Origem Merlot 2016 provei esta semana e gostei! Vinho jovem e fácil de beber, redondo, frutado e de harmonização tranquila. Um daqueles vinhos leves e que não precisam de firula para beber, como todo vinho deveria ser.

Possui cor rubi violáceo brilhante e traz aromas com muita fruta, framboesa, ameixa e cereja ao nariz, também alcaçuz e um toque herbáceo lembrando funcho. Em boca é seco, frutado, com médio corpo, bom final e retrogosto. Seus taninos são suaves e cômodos, equilibrado na acidez e álcool.

Possui 13% de graduação alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura entre 14 e 16°C.

Harmoniza bem com carnes vermelhas na brasa, legumes na chapa, cogumelos, pizzas, algumas massas, canapés ou mesmo em carreira solo.

Você encontra os vinhos da Casa Valduga na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665 e site www.weinhaus.com.br

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!     

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Chuleta na chapa ao molho de Syrah!



Na continuidade das receitas de carne e vinho a de hoje é deliciosa!

Cresci comendo chuletinhas preparadas na chapa! Fossem de boi ou de porco, cortadas finas, seladas rápidas e temperadas somente com sal e pimenta preta, acompanhadas de arroz, feijão e aquela saladinha de agrião. E saudoso com esta lembrança preparei a receita que segue abaixo juntando algumas coisas a mais, inclusive vinho! A seguir a receita da chuleta na chapa ao molho de Syrah!


Ingredientes:
(para 4 pessoas)

4 peças de chuleta com cerca de 500g cada ou 5cm de altura
6 tomates italianos sem pele e sementes picado
1 taça de vinho Syrah
1 dente de alho picadinho
1 cebola pequena picadinha
2 colheres de sopa de manteiga
Meia colher de chá rasa de açúcar cristal
2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 pitada de chimichurri desidratado
Sal e pimenta do reino moída na hora

Preparo:

Aqueça um fio de azeite de oliva numa panela e refogue o alho e a cebola. Em seguida junte os tomates e em fogo médio refogue cozinhando. Tempere com o açúcar, sal e pimenta. Sendo necessário faça pequenas correções com água fervente para não secar demais. Salpique com o chimichurri e junte o vinho, aumentando o fogo para o álcool evaporar – uns 3 minutos, mexendo sempre. Prove e corrija o tempero. Reserve. Em uma frigideira antiaderente aqueça um quarto da manteiga e um quarto do azeite de oliva. Disponha uma das peças de chuleta, tempere com sal, pimenta e em fogo alto sele durante 3 a 4 minutos de cada lado, repetindo o tempero. Reserve e faça o mesmo procedimento com as demais peças. Aqueça o forno a 200oC e leve as chuletas para assar por cerca de 15 a 20 minutos, pois devem ficar ao ponto. Retire, aqueça o molho e junte a carne. Sirva acompanhado de arroz branco preferencialmente.

Você Sabia?

O chimichurri é um molho é um molho tradicional na Argentina e no Uruguai e preparado à base de salsinha, alho, cebola, tomilho, orégano, pimenta vermelha moida, pimentão, louro, pimenta do reino negra, mostarda em pó, salsão, vinagre e azeite de oliva para preparar churrasco ou acompanhar outras comidas. 

Também pode ser utilizado em algumas marinadas, pizzas e sanduíches. 


Você encontra cortes de carne bovina e de cordeiro além de complementos para o churrasco, como acessórios, queijos, frios, molhos, belisques e bebidas- cervejas e vinhos – além de cestas para presentes na Sorro Carniceira, na Rua Marechal Deodoro 05, fone (51)3902-0630 em Santa Cruz do Sul, e o horário de funcionamento é de terça a sexta das 10:30 às 13:00 e das 16:00 às 21:00, sábados das 09:00 às 13:00 e das 15:00 às 21:00, domingos e feriados das 09:00 às 13:00.   



sábado, 9 de junho de 2018

Oito Medalhas Gran Ouro no Brazil Wine Challenge



Destaque para o Brasil, Chile e Portugal que dividem o pódio com a conquista de oito Medalhas Gran Ouro, enaltecendo a qualidade das amostras participantes


Das 611 amostras inscritas no 9º Brazil Wine Challenge (BWC) – Concurso Internacional de Vinhos do Brasil, 193 foram premiadas, sendo oito com Medalha Gran Ouro (de 93 a 100 pontos) e 185 com Medalha de Ouro (de 88 a 92,9 pontos). Dos 18 países representados, nove tiveram rótulos classificados entre os 30% reconhecidos com as maiores pontuações. O grande destaque ficou com o trio Brasil, Chile e Portugal, que conquistaram o maior número de medalhas, além de dividir o pódio das Gran Ouro. O evento é uma realização da Associação Brasileira de Enologia (ABE).

Seis júris deram a volta ao mundo pelos vinhos em 13 horas de degustações. De terça a quinta (5 a 7 de junho), as manhãs seguiram a mesma rotina. De taça em taça, cada mesa degustou em média, por dia, 34 amostras, numa maratona que passeou entre vinhos brancos, tintos e rosés, espumantes e destilados. O silêncio que tomou conta do Centro de Eventos do SPA do Vinho, Hotel & Condomínio Vitivinícola somente foi quebrado com aplausos sempre que uma amostra atingia notas superiores. “É uma alegria para nós da Associação Brasileira de Enologia realizar um evento deste porte, reunindo vinhos e espumantes de excelência do mundo inteiro. Poder conferir uma Gran Medalha de Ouro é motivo de comemoração, pois exalta a qualidade do produto independente da bandeira que carrega”, vibra o presidente da ABE, Edegar Scortegagna.


Único no Brasil com a chancela da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) e da União Internacional de Enólogos (UIOE), o BWC chega a sua nona edição registrando a maior representatividade de sua história, despontando como um dos mais importantes e respeitados concursos internacionais de vinhos das Américas. “Produtores do mundo todo reconhecem o potencial do mercado brasileiro. Prova disso, foram as inscrições de 18 países de todos os continentes. O Brazil Wine Challenge é, com certeza, a maior vitrine de vinhos do país”, salienta Scortegagna. A qualidade das amostras também é destacada pelo presidente. “Não tivemos nenhuma Medalha de Prata. Isso porque os 30% mais pontuados atingiram nota para Medalha Gran Ouro e Ouro, numa demonstração de excelência”, explica.
Para a vice-presidente da OIV, Cláudia Quini, o concurso é importante tanto para os produtores de vinhos dos 18 países participantes quanto para o mercado vitivinícola. “O Brazil Wine Challenge é um balizador e uma importante ferramenta de divulgação. Integra o calendário da OIV e é regido por normas internacionais, desde a entrega dos vinhos com apenas duas pessoas tendo contato com os produtos, até regras rígidas de temperatura e degustação. Portanto, é um dos principais momentos dos vinhos no Brasil e na América Latina”, ressalta.


O presidente da Associação dos Enólogos do Chile, Eugênio Lira, que esteve representando a UIOE, enfatiza o alto nível técnico do concurso. “A avaliação seguiu critérios rígidos e isso é fundamental para o trabalho dos enólogos e para o mercado. A qualidade técnica dos enólogos brasileiros há de ser reverenciada”. Lira também destaca os espumantes brasileiros. Segundo ele, os melhores da América Latina. “Os espumantes são ótimos e os vinhos brasileiros estão evoluindo muito e de forma muito rápida nos últimos anos. As vinícolas possuem capacidade tecnológica e técnica compatível ao que há de melhor no mundo”, conclui.

O concurso contou com um sistema de avaliação totalmente informatizado, que garantiu maior agilidade e segurança na captação e tabulação dos dados. Implantado ainda na edição de 2010, o sistema apresenta excelente desempenho, colocando a avaliação entre as mais organizadas do mundo.


PREMIAÇÕES - Oito Medalhas Gran Ouro e 185 Medalhas de Ouro

Argentina – 5 Ouro
Austrália – 1 Ouro
Bolívia – 1 Ouro
Brasil – 3 Gran Ouro e 105 Ouro
Chile – 2 Gran Ouro e 34 Ouro
Grécia – 1 Ouro
Nova Zelândia 3 Ouro
Portugal – 3 Gran Ouro e 28 Ouro
Uruguai – 7 Ouro

Brazil Wine Challenge 2018
Pais
Empresa
Produto
Medalha
Brasil
Empresa Brasileira de Vinificação
YOO Nature 2012
Gran Ouro
Brasil
Vinícola Galvão Bueno
Bueno Espumante Bellavista Desirée Brut Rosé 2016
Gran Ouro
Brasil
Vinícola Maximo Boschi
Maximo Boschi Espumante Biografia 2011
Gran Ouro
Chile
Viña Carta Vieja S.A
Carta Vieja Reserva Syrah 2016
Gran Ouro
Chile
Viña Requingua
Toro de Piedra Grand Reserve - Syrah/Cabernet Sauvignon 2016
Gran Ouro
Portugal
Casa Ermelinda Freitas - Vinhos
Casa Ermelinda Freitas Moscatel de Setúbal Superior 2007
Gran Ouro
Portugal
Cooperativa Agricola Sto. Isidro de Pegões
Vinhas de Pegões Syrah 2017
Gran Ouro
Portugal
Quinta D'Amares - Vinicultura
Quinta D'Amares Alvarinho, Loureiro 2017
Gran Ouro

 * fotos: Jeferson Soldi

quinta-feira, 7 de junho de 2018

A ruiva e o Cabernet Franc!


Margot enraizou-se na vida de Rogerinho embriagando-lhe com seu conhecimento sobre vinhos!  


Mais que um modismo passageiro, a culinária praticada pelos apreciadores da boa cozinha veio para ficar. O que agora contribui para a disseminação deste hobby são as diversas formas de expressar a criatividade e o bom gosto através dos malabarismos em forno e fogão. A identificação entre o gourmet e os seus apetrechos ocorre pelo fato de que este apenas se envolve com a cozinha quando assim desejar, quando tiver inspiração e tempo para tal, diferente dos cozinheiros diários que labutam, muitas vezes, para saciar a fome dos desesperados em volta da mesa, sem uma motivação artística, tornando o que para alguns é um prazer, uma obrigação. A cozinha acabou tornando-se o ambiente que acolhe os amigos, descontraído e moderno, um laboratório de paladares, cheiros e texturas.

A culinária está amplamente enraizada em nosso cotidiano. Outro dia li um artigo bem interessante sobre um método de seleção de novos profissionais utilizado por uma empresa recrutadora do centro do país, que em uma das etapas classificatórias para a oportunidade existente, acompanhava a elaboração de um prato a critério do candidato. A habilidade na cozinha não era avaliada, mas sim várias outras características de sua personalidade, tais como criatividade, improvisação, organização, administração do tempo, planejamento e objetividade. Quem diria que algo que sempre foi uma necessidade física – matar a fome - pudesse criar horizontes tão diversos daquela finalidade?  E colada na gastronomia vêm o vinho, esta bebida milenar do deus Baco que desperta tantas alegrias ao ser consumida, fazendo muito mais que o papel de companhia ao prato.    

E neste oceano até mesmo “causos” e histórias sobre receitas, ingredientes, bebidas e fatalidades espalham-se por aí. O vinho, logo ele, avinagrou na boca do amigo Rogerinho – um apaixonado pela arte das panelas - na tentativa de esquecer uma ex-namorada, uma belíssima ruiva que o deixou a ver navios. O Rogerinho trabalhava na capital naquela época, dentista, especializado em próteses e implantes, levava uma vida confortável construída em cima de sua competência e centenas de pacientes. Adepto as motocicletas circulava pela cidade com sua Harley Davidson preto fosco e num dos semáforos da vida conheceu a Margot, uma ruiva de olhos verdes e rosto salpicado de charmosas sardinhas. Sua pele branca e corpo escultural fizeram o dentista se anestesiar em sua própria saliva. Pois a conheceu melhor, se envolveram, se apaixonaram. Ela cultivava particular afeto pelos pratos preparados por ele, cozinheiro dedicado e metódico. Gostava e entendia muito de vinhos com especial apreço pelos argentinos mesmo a contragosto do Rogerinho que nutria admiração pelos vinhos gaúchos. 

Passaram bons momentos juntos até que algo inusitado aconteceu. Num domingo qualquer discutiram sobre um dos vinhos, às cegas ela chutou fosse um Petit Verdot  argentino afinal, conhecia sobre o tema. Rogerinho, um contraventor no mundo do vinho, disparou fosse um Cabernet Franc gaúcho. Entre veementes discorrimentos sobre aromas, paladar e olfato quase derramaram as taças. E, encerrando o assunto, descobriram o vinho retirando-lhe a capa negra que o envolvia para elucidar seu rótulo. E impressionantemente o Rogerinho acertou a uva e a nacionalidade, deixando Margot arrasada e brava com a sua petulância de bebedor amador. Ela saiu soltando as tranças, com os olhos marejados e o rímel escorrendo-lhe as sardas faciais. Bateu a porta sem olhar para trás e desapareceu. Dizem que mudou-se para a Argentina e percorre até hoje bodega por bodega fazendo degustações para tentar entender onde errou. 

E o Rogerinho? Ele acusou o golpe. Ainda se recupera mas lá se vão quase 5 anos. Por vezes ainda lhe verte a lembrança do semblante da moça ao perceber a taça de Cabernet Franc refletida sobre o granito de sua bancada.           

terça-feira, 5 de junho de 2018

Brazil Wine Challenge – Concurso Internacional de Vinhos do Brasil começa hoje!



A mais representativa edição da história do Brazil Wine Challenge – Concurso Internacional de Vinhos do Brasil começa hoje e segue até sexta-feira, 8 de junho, em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. São 611 amostras de 18 países da América, África, Ásia, Europa e Oceania. A importante tarefa de avaliar os rótulos está nas mãos de 50 especialistas de sete país. O 9º BWC é uma realização da Associação Brasileira de Enologia (ABE).



A volta ao mundo pelos vinhos dá largada na manhã desta terça, quando enólogos, sommeliers e jornalistas da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Itália, Portugal e Uruguai, divididos em seis júris, começam a degustar amostras da África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Bolívia, Brasil, Bulgária, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Itália, México, Nova Zelândia, Portugal e Uruguai.

O concurso chega a sua 9ª edição com o maior número de países de sua história. Único no Brasil com a chancela da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), maior e mais importante instituição do vinho do mundo, e da União Internacional de Enólogos (UIOE), o BWC desponta como um dos mais respeitados concursos internacionais de vinhos das Américas. Diante desse reconhecimento, a OIV estará representada pela sua vice-presidente, Cláudia Quini, uma das principais personalidades do mundo do vinho da atualidade. O presidente da Associação dos Enólogos do Chile, Eugenio Lira, estará representando a UIOE.

As degustações serão realizadas no Centro de Eventos do SPA do Vinho Hotel & Condomínio Vitivinícola – hotel oficial do evento - na parte da manhã, seguindo normas internacionais. O concurso conta com um sistema de avaliação totalmente informatizado, que garante maior agilidade e segurança na captação e tabulação dos dados. Implantado ainda na edição de 2010, o sistema apresenta excelente desempenho, colocando a avaliação entre as mais organizadas do mundo.

À tarde, degustadores internacionais e jornalistas visitarão vinícolas e provarão da gastronomia regional numa programação paralela ao evento.

ORIGEM DAS AMOSTRAS

África – África do Sul

América – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Estados Unidos, México e Uruguai

Ásia – China

Europa – Alemanha, Bulgária, Espanha, França, Grécia, Itália e Portugal

Oceania – Austrália e Nova Zelândia


DEGUSTADORES
  


1.                  Alejandro Cardozo - Presidente de Júri                - Uruguai

2.                  Ari De Mari - Presidente de Júri               - Portugal

3.                  Carlos Abarzúa - Presidente de Júri - Chile

4.                  Dirceu Scottá - Presidente de Júri - Brasil

5.                  Eugenio Lira - Presidente de Júri - Chile

6.                  Fernando Pettenuzzo - Presidente de Júri - Uruguai

7.                  Adriano Miolo - Degustador - Brasil

8.                  Aldemir Dadalt - Degustador - Brasil

9.                  Anderson Schmitz - Degustador - Brasil

10.               André Donatti - Degustador - Brasil

11.               Andreia Debon - Degustador - Brasil

12.               Antonio Czarnobay - Degustador - Brasil

13.               Bruno Motter - Degustador - Brasil

14.               Camila H. Coletti - Degustador - Brasil

15.               Carlos Cabral de Mello - Degustador - Brasil

16.               Carlos Paviani - Degustador - Brasil

17.               Carlos Zanus - Degustador - Brasil

18.               Cláudia A. Stefenon – Degustador - Brasil

19.               Claudia Inés Quini – Degustador - Argentina

20.               Clóvis Boscato – Degustador - Brasil

21.               Daniel Dalla Valle – Degustador - Brasil

22.               Deborah Villas-Bôas Dadalt – Degustador - Brasil

23.               Diego Adami – Degustador - Brasil

24.               Éder Caldart – Degustador - Brasil

25.               Eduardo Milan – Degustador - Brasil

26.               Etiene Gomes de Carvalho – Degustador - Brasil

27.               Firmino Splendor – Degustador- Brasil

28.               Franco Francescatto – Degustador - Brasil

29.               Gerardo Aguirre Castellanos – Degustador - Bolívia

30.               Gilberto Pedrucci – Degustador - Brasil

31.               Ismar Pasini – Degustador - Brasil

32.               João Paulo Mazzilli - Degustador - Brasil

33.               João Valduga – Degustador - Brasil

34.               José Fernando Werlang               - Degustador - Brasil

35.               José Venturini – Degustador - Brasil

36.               Jurandir Nosini – Degustador - Brasil

37.               Luciano Scomazzon – Degustador - Brasil

38.               Lucindo Copat – Degustador - Brasil

39.               Marcel Miwa – Degustador - Brasil

40.               Marco Merguizzo - Degustador                - Brasil

41.               Mauro Celso Zanus – Degustador - Brasil

42.               Mauro Cingolani – Degustador - Itália

43.               Miguel Angel Codatto – Degustador - Argentina

44.               Miguel Vicente Almeida – Degustador - Portugal

45.               Pablo Hugo Crovetto - Degustador - Uruguai

46.               Pablo Ugarte – Degustador - Chile

47.               Paula Schenato – Degustador - Brasil

48.               Ricardo Morari – Degustador - Brasil

49.               Sylvia Cava – Degustador - Chile

50.               Thomas Bolzan – Degustador – Brasil

 * fotos: arquivo ABE