segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Vinhos finos alcançam melhor venda do ano em julho

 

Qualidade reconhecida, bom preço, melhor distribuição, adoção de hábitos mais caseiros em razão da pandemia e alta do dólar ampliam competitividade do produto



O mercado interno está abastecido com vinhos finos brasileiros. As vendas registradas no primeiro semestre deram fôlego e ânimo aos produtores que agora esperam ansiosos para confirmar se estes produtos já estão na mesa do consumidor ou se ainda aguardam por ele nas gôndolas. Mesmo assim, as vendas seguem em crescimento e, com isso, o brasileiro está tendo a oportunidade de degustar a qualidade do produto nacional e descobrir que não paga mais por isso. O mês de julho, por exemplo, é responsável por 26,13% de todo vinho fino vendido este ano que chegou a 14.659.904 litros. É o melhor desempenho de 2020 nesta categoria, segundo dados oficiais da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), refletindo a comercialização do que é elaborado no Rio Grande do Sul.

Muitos fatores vêm influenciando este aumento nas vendas, puxado pelos supermercados, uma vez que são os rótulos de entrada que registram o maior incremento. Vantagens diante das variações do câmbio, maior acessibilidade e distribuição, qualidade e bom preço, a chegada do inverno, além dos novos hábitos gerados em função da pandemia da Covid-19 que tem levado as pessoas a consumirem mais vinho em casa. “No mercado global de vinhos, as vendas acabaram ficando mais concentradas nos supermercados e mercearias. O motivo para isso é claro e simples. Os restaurantes ficaram fechados. Para os produtores nacionais isso representa, claro, prejuízos em alguns segmentos, como o enoturismo e a gastronomia, mas forte crescimento onde estão os maiores volumes: os supermercados”, analisa Deunir Luis Argenta, presidente da Uvibra, destacando informações de crescimento nos segmentos de entrada.

Historicamente, são nos meses de junho a agosto que as vinícolas registram as melhores vendas do produto. Isso porque o inverno é um grande aliado do consumo de vinhos no país. Mas não foram só os vinhos finos que tiveram o melhor desempenho do ano no período. Os espumantes brut, que no semestre (janeiro a junho) tiveram queda de 26,19% em relação ao mesmo período do ano passado, começam uma virada fechando o mês de julho com um aumento de 13% em relação a junho. Já os espumantes moscatéis tiveram uma leve queda de 2%.

No segmento do suco de uva concentrado, apesar da performance ser positiva em relação ao mês anterior com um aumento de 24%, percebe-se que os números estão longe de alcançar os resultados do primeiro trimestre com janeiro na liderança registrando 2.668.048 litros. Quanto ao suco de uva natural, adoçado e processado, a situação é semelhante com março na dianteira.

Importados ainda detém mais de 80% do mercado

Mesmo com estes dados que mostram uma evolução nas vendas dos vinhos finos brasileiros, os importados ainda têm 82% do mercado nacional. “Nós estamos evoluindo, assim como os importados. O bom de tudo isso é que os brasileiros estão consumindo mais vinho. No entanto, ainda é cedo para comemorar. Nossa expectativa é que os consumidores sigam fazendo novas descobertas e com a abertura do turismo e dos restaurantes possamos avançar mais, apostando nesses canais como aliados na promoção do nosso vinho”, conclui Argenta.

COMERCIALIZAÇÃO DE VINHOS FINOS, ESPUMANTES E SUCO DE UVA ELABORADOS NO RIO GRANDE DO SUL – MERCADO INTERNO 2020 (litros)

PRODUTOS

JULHO

REPRESENTATIVIDADE

NO ANO

JAN A JUL

Vinhos Finos

3.830.598

26,13%

14.659.904

Espumantes (Brut)

579.935

18,95%

3.060.157

Espumantes (Moscatéis)

429.677

19,93%

2.156.296

Suco de Uva *

1.486.279

13,58%

10.944.525

Suco de Uva **

11.510.227

14,92%

77.127.981

* Suco de Uva Concentrado   ** Suco de Uva Natural, Adoçado e Processado

Fonte: SISDEVIN/SEAPDR | Elaboração: Uvibra – Dados coletados em 21 de agosto de 2020.

IMPORTAÇÃO DE VINHOS FINOS, ESPUMANTES E SUCO DE UVA 2020 (litros)

PRODUTOS

JAN A JUL

% 2020/2019

Vinhos Finos

66.994.987

14,4%

Espumantes

2.379.894

-15,7%

Suco de Uva

25.399

-59,3%

Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

 

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

O chorizo com manteiga aromatizada!

 

Muito fácil de preparar a manteiga aromatizada dá um toque especial a esta receita!

Elaborar manteiga aromatizada é um barato e além disso podem ser feitas milhares de combinações de temperos e guardado no refrigerador para ser usada por um bom tempo. Faz uma ótima companhia para petiscos, torradas, pães, saladas, carnes assadas e no preparo de refogados. Confira esta receita com um belo bife, o chorizo com manteiga aromatizada.


Ingredientes:

(para 4 pessoas)

4 bifes de chorizo (contra filé) de cerca de 3 cm de espessura com cerca de 250g cada

4 colheres de manteiga sem sal

1 pimenta dedo de moça ou jalapeño cortada em tirinhas e sem sementes

2 colheres de sopa de salsinha picadinha

3 tomates cereja picadinhos sem semente 

Sal e pimenta preta moída à gosto

 

Preparo:

 

Derreta a manteiga numa pequena frigideira em fogo bem baixo. Junte a ela a pimenta picada, o alho, os tomatinhos, a salsinha, sal e pimenta moída. Misture bem e deixe esfriar. Leve a geladeira por cerca de 30 minutos para endurecer. Tempere os bifes de chorizo com sal e pimenta. Aqueça um fio de azeite de oliva numa frigideira e em fogo alto sele um dos lados por cerca de 3 a 4 minutos. Vire, coloque um pedaço da manteiga aromatizada sobre e deixe mais uns 4 a 5 minutos ou até chegar ao ponto desejado. Retire e sirva imediatamente acompanhado de salada verde e arroz.      

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Tenuta Ulisse Sogno di Ulisse Montepulciano D'Abruzzo D.O.P 2017 - o vizinho de Roma direto para a taça!

 

A Itália é um dos berços esplêndidos do vinho no mundo! De origem milenar, os italianos e seus vinhos conquistaram a Europa e espalharam suas videiras por todo o continente. Um destes produtores italianos chama-se Tenuta Ulisse fincada em Abruzzo, a leste de Roma e elabora vinhos com Montepulciano D'Abruzzo, Trebbiano D'Abruzzo, Pecorino, Passerina e Cococciola. E lá na Província de Chieti produz o Tenuta Ulisse Sogno di Ulisse Montepulciano D'Abruzzo D.O.P 2017.

Este vinho possui coloração vermelho rubi com reflexos violáceos brilhantes e uma carga aromática carregado de frutas vermelhas e negras maduras (cereja, ameixa, groselha) toque de couro e especiarias. Em boca apresenta taninos suaves e macios, redondo e equilibrado com leve doçura no amplo final.

Vai muito bem com carne de porco magra na chapa, assado de cordeiro, uma boa massa a bolonhesa e queijos de média cura.

Possui 13,5% de graduação alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura de 15 a 17oC.

Você encontra vinhos italianos na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665, tele entrega pelo (51) 98416.6407 e site www.weinhaus.com.br

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!     

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

O salmão grelhado com salada de pepino cremosa!

 

Esta combinação fica uma delícia!


De tanto conteúdo e receitas sobre salmão que já publiquei dispensam a apresentação deste peixe de carne alaranjada mas sobre o outro ingrediente desta receita temos o que falar! O pepino (Cucumis sativus L.), pertence à família das cucurbitáceas, a mesma das abóboras, morangas, melancia, melão, chuchu e melão. Seu berço de nascimento é a Índia, depois partiu rumo a China, Filipinas e restante da Ásia. O consumo do pepino é feito basicamente na forma de salada e em conserva. É rico em beta-caroteno, folacina, cálcio, magnésio, potássio, fósforo e selênio. E usamos ele como principal ingrediente numa salada picante e refrescante sobre nacos de filé de salmão grelhado.

 

Ingredientes:

(para 4 pessoas)

 

4 fatias de filé de salmão (cerca 200g cada um)

2 pepinos verdes

1 cebola roxa picadinha

100ml de creme de leite

100g de maionese

1 colher de sopa de vinagre

1 dente de alho picadinho

1 colher de sopa azeite de oliva

Endro (ou dill) fresco  

Sal e pimenta preta à gosto

 

Preparo:

 

Comece fazendo a salada de pepino e endro. Corte o pepino ao meio no sentido do comprimento e, em seguida, retire as sementes e o miolo mole com uma colher de chá. Corte o pepino em rodelas finas e coloque em uma peneira com a cebola roxa. Misture o sal e deixe escorrer na pia por pelo menos 30 minutos. Não pule esta etapa ou a salada ficará muito aguada. Enquanto isso, faça o molho combinando o creme de leite, maionese, vinagre, alho, endro, açúcar e pimenta preta. Bata tudo para misturar. Junte com os pepinos escorridos e as cebolas roxas e leve à geladeira até a hora de comer. Para o salmão, pré-aqueça a frigideira ou grelha grelha em fogo alto. Esfregue os filés de salmão com azeite e tempere com sal e pimenta. Grelhe o peixe por cerca de 5 minutos primeiro pelo lado da carne e mais uns 3 a 5 minutos pelo lado da pele. Deixe os filés de salmão esfriarem um pouco e sirva com a salada fria de pepino distribuida por cima. Uma baguete quente é o acompanhamento perfeito.

 

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Los Haroldos Bonarda Roble 2013 - produzido com a segunda casta mais cultivada na Argentina!

 

A uva Bonarda é a segunda variedade mais cultivada na Argentina, atrás apenas da Malbec, ocupando quase 19 mil hectares plantados (praticamente 17% dos vinhedos de uvas tintas daquele país) e a frente de uvas mais tradicionais como a Cabernet Sauvignon, a Shiraz e a Merlot. Dizem que a Bonarda plantada na Argentina é a mesma do Norte da Itália, prima das uvas da Lombardia e da Emilia-Romagna. Outros acham que ela é aparentada da Corbeau ou Douce Noire de Savóia, na França. Mas o fato é que a Bonarda chegou à Argentina com os primeiros imigrantes europeus, no final do século XIX. 

Esta casta tem um ciclo longo de amadurecimento, necessitando de bastante calor para conseguir amadurecer pois quando isso não acontece seus vinhos têm pouca cor e corpo e trazem a boca um toque de ervas. Dá vida a vinhos frescos, de taninos suaves, acidez pronunciada e bastante frutados e tem no público jovem seu principal consumidor. 

Um destes representantes é o Los Haroldos Bonarda Roble 2013 elaborado pela vinícola Familia Falasco em Mendoza. De visual rubi intenso e tradicionais tons violáceos da casta apresenta aromas recheados de frutas vermelhas e negras bem maduras (ameixa, framboesa, amora, cassis e cereja), tabaco, couro e toque picante. Em boca um vinho de corpo médio, fresco, vigoroso e equilibrado, com ampla persistência.  Este vinho amadurece 6 meses em barrica de carvalho francesa.

Harmoniza com charcutaria (salames, linguiças e copas), pizzas com coberturas leves, carnes de sabor mais picantes, massas e risotos com cogumelos frescos.

Possui 13,5% de graduação alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura de 15 a 17oC.

Você encontra vinhos elaborados com a uva Bonarda na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665, tele-entrega pelo (51) 98416.6407 e site www.weinhaus.com.br

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!     

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

As codornas recheadas e flambadas!

                                Uma ótima e saborosa receita para estes dias frios de inverno!

Codornas são consideradas carnes de caça, mesmo sendo criadas no cativeiro e vendidas depois congeladas – podem ser facilmente encontradas nos supermercados e alguns açougues. Sua carne é delicada e saborosa e ao contrário do que se possa imaginar, as codornas são bem carnudas! A receita de hoje sugere um recheio e uma técnica chamada de flambagem, confira as codornas recheadas e flambadas!     

Ingredientes:

(para 6 pessoas)

12 codornas limpas e prontas para cozinhar

2 cebolas picadas

2 colheres de manteiga

100 ml de conhaque

1 bouquet garni (tomilho, alecrim e louro fresco amarrado por um barbante)

1 cubo de caldo de galinha

Óleo ou manteiga para fritar

Sal e pimenta

 

Para o recheio:

 

100 g de uvas passa

3 colheres de sopa de conhaque

100 g de bacon picadinho

100 g de castanhas picadas

2 dentes de alho picadinhos

1 cebola picadinha

2 fatias de pão torradas e sem a borda

100 ml de leite

Sal e pimenta do reino à gosto


Preparo:

Coloque as passas em uma xícara com água fria e 3 colheres de sopa de conhaque por 30 minutos. Escalde e reserve. Frite o bacon em uma frigideira sem gordura por alguns minutos até dourar. Deixe as fatias de pão de molho no leite por 5 minutos. Num recipiente, coloque estas fatias espremida entre os dedos e separada em pequenos pedaços, as passas, o bacon, as castanhas, o alho e a cebola, misture bem e tempere com pimenta e sal. Reserve. Lave cada codorna por dentro e por fora, seque com papel toalha. Recheie-as com a mistura e feche o orifício com um palito.  Em uma panela de ferro grande doure delicadamente as codornas em levas em fogo médio-alto com manteiga virando para dourar e tempere com sal e pimenta. Reserve as codornas em uma travessa. Limpe esta mesma panela com toalhas de papel, aqueça uma colher de manteiga e doure as cebolas até murcharem. Retorne as codornas para a caçarola, despeje o conhaque na panela, acenda e jogue o fósforo dentro e flambe imediatamente e com muito cuidado pois pode dar uma labareda grande (qualquer susto basta cobrir imediatamente com a tampa que apaga). Deixe flambar sem tocar na caçarola até que todas as chamas desapareçam. Quando as chamas acabarem, adicione o cubo de caldo de frango, o bouquet garni e água fervente (cerca de 1 litro). Cubra a panela até ferver, reduza para fogo baixo e cozinhe em fogo médio-baixo por 45 minutos corrigindo o tempero. Sirva as codornas uma a uma em pratos com o recheio e um pouco de suco. Como acompanhamento uma polenta mole é tudo de bom!

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Casa Valduga Terroir Exclusivo Tannat 2017

 

A Campanha Gaúcha tem se mostrado um berço de ótimos vinhos produzidos com cepas que muito bem se adequam aquele terroir da fronteira do pampa rio-grandense, com elevada amplitude térmica (que é a diferença entre a maior e a menor temperatura corrida em 24h de medição), muita ensolação, chuvas em volumes adequados e solo com boa qualidade. 

Juntemos isso a equipamentos, tecnologia e manejo enológico e teremos ótimos vinhos, como este exemplar da Casa Valduga elaborado nesta promissora campanha, trata-se do Terroir Exclusivo Tannat 2017 que estampa no seu rótulo em alto relevo a região onde está localizado o vinhedo e sua geografia exclusiva.

Possui coloração rubi muito brilhante e carrega aromas de frutas vermelhas (cereja, amora silvestre, framboesa selvagem), couro, hibiscos, chá preto e pimenta preta. Boca com taninos firmes e redondos, fruta e madeira bem integrados, toque tostado, médio corpo, ótima acidez e ampla persistência.

Este vinho estagia por 8 meses por barricas de carvalho francês.

Degustei na companhia de entrecote na chapa com queijo provolone mas vai bem também com carnes na brasa, carnes de caça na panela com molho condimentado e queijos maduros.

Possui 13,5% de graduação alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura de 16 a 18oC.

Você encontra os vinhos Casa Valduga na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665, tele-entrega pelo (51) 98416.6407 e site www.weinhaus.com.br

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!     

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

O espaguete com frutos do mar do Dia dos Pais!

Que os momentos no entorno da mesa se perpetuem entre pai e filho!

Pois neste domingo dia 9 - o segundo domingo de agosto - mais um Dia dos Pais se realizará, data especial e querida por todos aqueles que possuem a alegria e a responsabilidade de serem pais. Eu compartilho deste sentimento pois afinal tenho um pai saudável, o “seu” Orlando e tenho dois filhos lindos, a Antonia e o Theo! Fui criado por um pai que cozinhava, receitas caseiras aprendidas com sua ascendência de origem alemã, e hoje eu cozinho para meus filhos e eles auxiliam muitas vezes nestas lidas culinárias seja lavando ou cortando legumes, seja organizando a mesa ou mesmo lavando a louça remanescente das alquimias na cozinha. E inspirado nisto tudo que segue a receita desta semana, o espaguete com frutos do mar, dedicado a vocês, pais presentes!          

Ingredientes:

(para 4 pessoas)

 500g de espaguete tipo grano duro

500g de camarões médios e crus

500g de mexilhões

500g de anéis de lula

Meio pimentão vermelho pequeno picadinho

4 tomates sem pele e sementes picadinhos

50ml de leite de coco

1 cebola picada

2 dentes de alho picadinhos

1 taça de vinho branco seco

Suco de um limão

1 colher de sopa de azeite de dendê

100ml de azeite de oliva extra virgem

Sal

Pimenta preta moída na hora

Salsinha verde picadinha

 

Preparo:

Aquecer uma panela com o azeite de oliva, azeite de dendê e a manteiga e juntar a cebola, o pimentão e o alho, refogando em fogo médio. Em seguida adicionar os tomates o sal e a pimenta.  Regar com o vinho, cozinhando até evaporar o líquido. Assim que o molho engrossar juntar a lula, o mexilhão, suco de limão e o leite de coco. Corrigir o sal e a pimenta e somar a salsinha.  Juntar o camarão, desligar o fogo e reservar. Cozinhar o espaguete, escorrer e juntar ao molho de frutos do mar. Servir em seguida!

 

As mãos de meu pai - Mario Quintana

As tuas mãos tem grossas veias

como cordas azuis

sobre um fundo de manchas

já da cor da terra

— como são belas as tuas mãos

pelo quanto lidaram, acariciaram

ou fremiram da nobre cólera dos justos…

Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,

essa beleza que se chama simplesmente vida.

E, ao entardecer, quando elas repousam

nos braços da tua cadeira predileta,

uma luz parece vir de dentro delas…

Virá dessa chama que pouco a pouco,

longamente, vieste alimentando

na terrível solidão do mundo,

como quem junta uns gravetos

e tenta acendê-los contra o vento?

Ah, como os fizeste arder, fulgir,

com o milagre das tuas mãos!

E é, ainda, a vida que transfigura

as tuas mãos nodosas…

essa chama de vida —

que transcende a própria vida…

e que os Anjos, um dia,

chamarão de alma.


terça-feira, 4 de agosto de 2020

Veo Grande Cabernet Sauvignon/Syrah Reserva 2017 - um blend do Vale do Colchágua

Anima-me os vinhos elaborados com mistura de duas ou mais uvas, os chamados blend ou assemblage como queiram. Tais vinhos diminuem o risco de erro por parte do consumidor e não são tão dependentes em sua tipicidade do terroir em que os vinhedos se encontram, ou seja, são vinhos menos suscetíveis as intempéries de uma safra como os varietais, pois conjuga-se a melhor expressão de cada uva em sua composição. 

Um destes blends é o vinho comentado desta semana, o chileno Veo Grande Cabernet Sauvignon/Syrah Reserva 2017 elaborado pela gigante Vinícola Errazuriz. Um vinho que resumiu as características de cada uma das castas que o compõe, trazendo a estrutura da Cabernet Sauvignon e a fruta da Syrah. 

O resultado é um vinho e coloração rubi violáceo com carregamento olfativo de muita frutas maduras (cereja, groselha, amoras e framboesas), chá preto, pimentão verde e pimenta negra e boca com ótimo equilíbrio, médio corpo, taninos sedosos, boa acidez e lembrança de frutas negras, caramelo e tostado com amplo e largo final.

Amadurece 8 meses em barricas de carvalho francês.

Faz par gastronômico com carnes bovinas e ovinas assadas, copa, salamito, linguiça e queijos médios.

Este vinho combina perfeitamente com cordeiro assado, carne, churrasco e queijos.

Possui 13,5% de graduação alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura de 16 a 18oC.

Você encontra os vinhos Errazuriz na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665, tele-entrega pelo (51) 98416.6407 e site www.weinhaus.com.br

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!     


Porto Alegre terá o primeiro Food Hub colaborativo e independente do Brasil

Grupo de empresários de gastronomia da Capital se uniu para criar o Galpão Food Hub, que contará com tradicionais restaurantes da cidade. Localizado no bairro Sarandi, o empreendimento com investimento de R$ 2 milhões vai gerar 40 empregos diretos e irá atender inicialmente com delivery, em função da pandemia.

A partir do dia 27 de julho, Porto Alegre contará com um tipo de operação gastronômica inédita no país. O Galpão Food Hub reunirá em um mesmo local, no bairro Sarandi (Rua Engenheiro Sadi Castro, 470), restaurantes já tradicionais na Capital, que atuarão em um sistema colaborativo. O projeto surgiu a partir da união de empresários dos restaurantes Usina de Massas, Tokyo Sushi Lounge, Tartoni Ristorante, Usina do Pastel, Fornellone e Gambrinus (estes dois últimos irão operar com outras marcas), em discussões sobre como inovar no segmento e enfrentar a crise gerada pela pandemia.

Inicialmente, o atendimento será somente via delivery, pelos canais de pedidos online de cada estabelecimento e do Galpão Food Hub, além das plataformas Ifood, Rappi e Uber Eats. Em até 30 dias deve passar a operar no modelo takeaway e mais adiante, quando for possível, poderá receber o público para consumo local, com ações de entretenimento. A expectativa é de 500 entregas por dia, com faturamento médio de R$ 100 mil por mês, por operação. O novo negócio irá gerar em torno de 40 vagas de emprego diretos e investimento de R$ 2 milhões.

“Dono de restaurante acha que dono de outro restaurante é concorrente. Entendemos que somos parceiros. O grupo é formado por empresários e negócios de diferentes perfis, mas homogêneo com relação à visão estratégica”, explica Áureo Martinez, sócio da Usina de Massas, sobre a iniciativa. A ideia surgiu em discussões que surgiram em fóruns sobre gastronomia e gestão, promovidos pelo Sebrae e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) – entidade em que os empresários são conselheiros.

Conforme Martinez, este é um conceito inédito no Brasil, pois a mobilização partiu dos próprios empresários do ramo da gastronomia e não de um investidor externo. O projeto permite que cada empresário possa operar com até três operações diferentes, ou seja, além da sua marca original, poderá implantar outras duas no mesmo local, utilizando o sistema de entregas e estrutura. A escolha da região para implantação do Galpão se deu por uma razão estratégica: “queríamos sair da região central, para não interferir na área de entrega da maioria das operações de base de cada um e também porque avaliamos dados e a Zona Norte segunda maior área de demanda de delivery em Porto Alegre - fica atrás apenas do centro”, conta Martinez.