quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Novidades no Del Barbieri


Um dos melhores bistrôs do estado retomou suas atividades ontem, 28 de fevereiro, após um merecido período de férias.

E para este 2012 apresenta um novo projeto! Abrirá de terça a sexta-feira com o menu mensal no estilo já conhecido pelo público a cada dia da semana num composê de couvert, entrada e prato principal que variam a cada mês do ano de acordo com os ingredientes de cada estação.

E a novidade é que todos os sábados do ano abrirá com o novo Almoço de Feira! Aos sábados a inspiração será a feira local, pois Porto Alegre abriga uma das maiores e melhores feiras ecológicas e orgânicas do Brasil. Aproveitando esta diversidade e qualidade dos produtos, todos os sábados, o chef Marcelo Schambeck vai até a feira pela manhã e, de acordo com os alimentos disponíveis, definirá qual será o menu do dia. É o produto orgânico, do pequeno agricultor local, diretamente no prato criado. Será um trabalho em prol do terroir gaúcho, um legítimo almoço menu confiança.

Para saber o menu mensal diário você pode acessar o site e para saber o menu aos sábados, pode entrar em contato a partir das 10h.

O Del Barbiere fica na Rua Jerônimo Coelho 188, Centro Histórico em Porto Alegre e atende pelo fone(51) 3019.4202 e pelo site www.delbarbiere.com.br.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Yakissoba, uma delícia oriental!

Yakissoba significa macarrão tipo “soba” refogado ou frito. Tem sua origem na China assim como todas as formas de massas conhecidas no Oriente. Pode ser japonês ou chinês sendo que o japonês se mostra mais leve e menos gorduroso que o chinês mas o conceito técnico do preparo nada difere um do outro, tendo apenas alguns ingredientes mais pesados ou mais leves. Esse famoso macarrão feito com carne ou frutos do mar e legumes não é apenas um presente ao paladar, pois diferente do que se pensa, é muito fácil de preparar e acaba virando uma diversão principalmente junto a criançada e também traz benefícios à saúde por ser uma refeição carregada de sabor e bastante equilibrada na qual se encontra quase todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo. A seguir a receita de YAKISSOBA DE FRANGO.



Ingredientes:
(para 6 pessoas)

§ 1 maço de brócolis
§ 1 pimentão cortado em quadradinhos
§ 1 cebola cortada em pétalas
§ 200g de repolho cortado em tiras pequenas
§ 1 cenoura em rodelas médias
§ 1 abobrinha pequena cortada em fatias divididas em quatro partes
§ 1 tablete de caldo de galinha
§ 500g de peito de frango cortado em cubinhos
§ meia xícara de amendoim torrado sem casca ou pele e sem sal
§ 500g de macarrão instantâneo “tipo miojo”
§ Meia xícara de chá de cebolinha verde picada
§ 1 colher de sopa de óleo de milho
§ 200ml de água
§ 2 colheres de sopa de maisena
§ Uma colher de sopa de manteiga
§ 5 colheres de sopa de molho shoyu

Preparo:

Em uma panela – preferencialmente wok – aqueça a manteiga e frite nela os cubos de frango e em seguida junte a cebola e deixe em fogo médio até dourarem. Desligue. Em uma panela passe no vapor todos as demais verduras e legumes, na seguinte ordem – e assim que o fizer vá juntando-os ao frango – primeiro o pimentão, depois a cenoura, então o repolho e a abobrinha e por fim o brócolis. Muito cuidado pois cada qual tem um ponto para ficar “al dente”, cuidado para não cozinhar demais. Cozinhe o macarrão em água de acordo com a embalagem até ficar “al dente”, escorra e junte um pouco de óleo de milho para que a massa não grude e junte ao frango e legumes. Em um recipiente junte a água, a maisena, o caldo de frango e o molho shoyu, misture bem e junte ao yakissoba, misturando tudo em fogo baixo, deixando engrossar. Adicione a cebolinha verde e o amendoim e sirva em seguida.

Dicas do Gourmet:

Pode-se trocar o frango por carne de bovino, cuidando apenas para trocar também o caldo de galinha por caldo de carne.

Na falta de uma panela específica para cozinhar no vapor, pode-se utilizar o escorredor de massa de metal, colocando-o com cuidado sobre uma panela com água e levando ao fogo.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Marqués de Tomares Excellence 2007


Rioja é uma das regiões produtoras de vinho da Espanha e que desenvolveu a arte da elabortação de vinhos finos pelo trabalho e dedicação de gerações. Seu solo pedregoso traz um terroir todo especial as castas lá plantadas atribuindo personalidade muito próprio aos seus vinhos engarrafados. O Marqués de Tomares Excellence 2007 é um representante desta região, com excelente custo/benefício. Elaborado a partir de um corte de 90% tempranillo e 10% graciano o tinto apresenta cor rubi escuro com reflexos acastanhados e lágrimas médias em copo. Logo ao ser aberto mostrou-se tímido nos aromas, mas com meia-hora de decantação expressou-se em aromas que traziam frutas passas, algo tostado, baunilha e marsala. Em boca mostra-se equilibrado, redondo, com taninos macios, boca aveludada, fácil de beber apresentando framboesa, cassis, frutas negras maduras e madeira equilibrada. Médio corpo e final ligeiro com excepcional retrogosto. Ideal para acompanhar carnes vermelhas grelhadas e assadas, queijos, e aves de carne escura. Degustei a garrafa 1048 das apenas 22.000 produzidas. Possui 13% de graduação alcoólica e ideal ser bebido na temperatura de 16oC.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A farofa

Para preparar uma boa farofa não se precisa de receita mas somente de imaginação! Este pouco valorizado acompanhamento tem uma participação importantíssima na cultura gastronômica brasileira, sendo um dos preparos históricos, pois já era feita pelos índios antes mesmo dos colonizadores chegarem. Tradicionais pratos de nossa cultura perderiam sua identidade sem o referido acompanhamento, pois não há como falarmos de feijoada sem a farofa; ou de uma moqueca seja ela capixaba ou baiana sem a mesma. E, imagine então, nós gaúchos apaixonados por cortes de carne assados sem uma farofinha para auxiliar a digestão e na eliminação da gordura...
Atualmente encontramos as mais variadas receitas para o preparo de uma boa farofa tendo como base, é claro, a farinha de mandioca e deste ingrediente para diante tudo o que a nossa imaginação quiser pode ser somado e misturado a farofa, tendo como resultado final um gostoso, fácil e versátil acompanhamento. Abaixo segue a receita da elogiosa FAROFA DE BANANA, ideal para acompanhar feijoadas, barreados, vaca atolada e até moquecas de frutos do mar.


Ingredientes:
(para 4 pessoas)

200g de farinha de mandioca
Quatro bananas médias
100g de lingüiça, sem pele e finamente picada
Uma cebola pequena picadinha
Um terço de pimentão vermelho pequeno picadinho
Um dente de alho picadinho
Salsinha picada à gosto
Duas colheres de sopa de manteiga
Pimenta branca moída na hora e sal à gosto

Preparo:

Descasque e pique as bananas em cubos de cerca de um centímetro. Aqueça em uma frigideira preferencialmente de base antiaderente a manteiga e junte a cebola e o pimentão. Deixe dourar e some o alho e a lingüiça e refogue por cerca de três minutos mexendo sempre. Adicione a banana picada, misture bem, tempere com um pouco de pimenta e sal – lembre que geralmente a lingüiça já é salgada - e refogue por mais dois minutos. Acrescente a farinha de mandioca e em fogo alto vá mexendo delicadamente para a farinha ir dourando e incorporando os sabores dos ingredientes. Junte a salsinha picada, corrija o tempero e desligue o fogo, deixando a farofa esfriar. Sirva de acompanhamento a um dos pratos sugeridos.

DICA DO GOURMET:

Pode-se sofisticar um pouco mais a receita da farofa apresentada - deixando-a em sintonia perfeita como acompanhamento de carrés ou paleta de cordeiro assada ou mesmo um lombinho ou pernil de suíno igualmente preparado -adicionando a mesma damascos secos picados, tâmaras picadas e passas de uva.

Artigo publicado no Jornal Gazeta do Sul.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Alamos Torrontés 2010


A casta Torrontés é o branco emblemático da Argentina, produzida somente na região de Cafayate em Salta. Apresenta-se como um vinho extremamente aromático, leve, fresco, saboroso e fácil de beber. A Bodega Alamos – do Grupo Catena – produz o Alamos Torrontés 2010, um vinho de ótimo custo-benefício. De visual límpido e brilhante, apresenta cor palha-esverdeada e traz ao nariz aromas de pêssego, maçã, sidra, mel, floral, jasmim, algumas ervas, pomelo. Enfim, com citricidade destacada. Com o álcool limitado diferente de alguns exemplares desta casta, ficou elegante e harmonioso. Na boca apresenta acidez equilibrada, leveza e frescor. Ótima persistência. Não passa por carvalho em sua maturação. Combina bem com frutos do mar, canapés, carnes brancas delicadas e queijos leves. Possui 13% de graduação alcoólica e ideal ser bebido na temperatura entre 7 a 9º C.

Gostei muito de um fiel comentário sobre a Torrontés publicado na Revista Adega:

"Como acontece com inúmeras outras castas, a Torrontés não tem origem totalmente conhecida e gera controvérsias. Como ex-colônia da Espanha (onde existe uma casta homônima), uma teoria bem aceita é que a Torrontés tenha sido introduzida na Argentina por imigrantes bascos. Por outro lado, alguns argentinos reivindicam- na como sendo autóctone. Enquanto isso, cientistas sugerem que ela nada tem a ver com a espanhola e que seria um cruzamento genético da italiana Moscato de Alexandria com a nativa Criolla Chica. Seja como for, não há apenas um tipo desta uva na Argentina. Ao menos três variações bem distintas são conhecidas: Torrontés Riojano (a mais plantada e mais aromática), Torrontés Sanjuanino (um meio termo) e Torrontés Mendocino (menos aromática, mais comum na Patagônia).

O estilo geral do vinho Torrontés - que tem agradado os brasileiros - é de líquidos muito perfumados, algo entre um Moscatel e um Gewurztraminer. Os aromas mais típicos são de muitas flores (rosas), pêssegos e lichias. Na boca, pode ir do totalmente seco, passando pelo suave (com algum açúcar residual) e chegar ao totalmente doce, para a sobremesa. A região de maior expressão da casta na Argentina é em Cafayate, na província de Salta, norte do país. Lá, os 2 mil metros de altitude, com sol forte e temperaturas que podem variar 30 graus do dia para a noite, garantem a maturidade e o grande frescor destas uvas.

Os brancos da uva Torrontés devem ser apreciados na juventude, com um ou dois anos, e são uma opção mais em conta em vinhos aromáticos (notadamente os Gewurztraminer's franceses e alemães, excelentes, mas que podem custar caro)".

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Delicias del mar

Tenho particular apreciação por frutos do mar! Tais ingredientes despertam em mim a apuração do paladar e a busca pela excelência do sabor, pois a melhor maneira de prepará-los é manter suas características originais sem mascará-los com molhos à base de frutas ou lambuzados em queijo. A sensibilidade é que faz a diferença na busca da harmonização do que pode compor o prato. Um dos molhos que considero diferentes e aceitáveis no cozimento de frutos do mar é o molho vermelho somado de algumas especiarias, que possui sua origem na Espanha e uma variação sob as minhas mãos, a qual apresento agora na receita dos Frutos do Mar ao Molho Vermelho e Especiarias.



Ingredientes:
(para 8 pessoas)

1kg de camarão GG
500g de lula em anéis
500g de polvo
1kg de camarão pitú com casca
1kg de salmão cortado em cubos médios
300g de cebola picadinha
1kg de tomate picado
3 dentes de alho picados
50g de bacon picado
Um pimentão vermelho pequeno picado
Uma cenoura pequena picada
300g de champignon em conserva
Uma colher de sopa de gengibre picadinho
Tempero verde picado
3 colheres de molho shoyu
Uma colher de manteiga
Azeite de oliva à gosto
Uma taça de vinho Jerez ou Madeira
Sal e pimenta branca moida à gosto

Preparo:

O primeiro passo é saltear em fogo alto os frutos do mar individualmente e lembro que este procedimentos deve ser muito rápido, apenas para dar uma pré-cozida. Aquecer um fio de azeite de oliva em uma frigideira grande e saltear os camarões pitús temperando com um pouco de sal, alho e temperinho verde. Reservar. Fazer o mesmo com os demais frutos do mar e reservar. No preparo do salmão, usar um pouco de shoyu para saltear. Reservar também.
Feito isto, o segundo passo é preparar a base do molho: usar um pouco de manteiga na frigideira e fritar rapidamente o bacon. Juntar o alho, a cebola e o gengibre e refogar. Assim que murchar somar o pimentão, a cenoura e o shoyu e deixar cozinhar por cerca de 5 minutos. Acrescentar o tomate, mexer bem e deixar cozinhar o tomate. Despejar a taça de vinho Jerez, salgar e apimentar. Juntar o champignon. O molho deverá reduzir até formar quase uma pasta.
O terceiro passo é retornar a frigideira misturando ao molho os frutos do mar, iniciando com o polvo, depois a lula, depois o salmão e por fim o camarão mexendo com muito cuidado para incorporar os sabores. Corrigir o sal, adicionar o tempero verde picado e servir, podendo ser acompanhado de arroz com amêndoas e salada verde!

Artigo publicado no Jornal Gazeta do Sul de hoje.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

La Capponata

Por anos saboreei o antepasto de berinjela como entrada em diversos restaurantes, principalmente os de cozinha italiana. Achava de extrema felicidade aquela espécie de conserva servida sobre torradinhas ou mesmo sobre pães recém saídos do forno, embebida em azeite de oliva e com leve performance de pimentão e orégano. Intrigava-me a arte de sua elaboração, que consistia na medida exata de acidez e suavidade, de exotismo e tradicionalidade, de despertar e adormecer de sabores... Pois foram muitas experimentações, estudos, testes, troca de informações, receitas e chutes até chegar - com a necessária e importante sustentação do amigo Daniel Boessio – ao que resumi como a descoberta da tradução da linguagem da Capponata de Berinjela, o qual será escrita e apresentada a seguir.

Alerto aos leitores que a receita que vêm é a base que sugere inúmeras e variadas diversificações e desmembramentos, conforme a cognição de cada um. O ideal é a compra de uma berinjela média, de cerca de 300g, que deve ser ralada com casca e tudo em um ralador grosso. Esta berinjela ralada deve ser levada a água corrente usando-se um escorredor de massa e lavada por alguns minutos. É necessário apertar o ralado vez em quando para liberar o amargor. Depois, deixar descansar por cerca de quinze minutos dentro de uma tigela com água. Enquanto isso, picar finamente meia cebola média e cortar um terço de um pimentão vermelho “a julienne”, ou seja, em tirinhas finas. Em uma frigideira aquecer um fio de azeite de oliva e refogar a cebola e o pimentão, mexendo vez em quando para dar uniformidade. Adicionar um pouquinho de vinagre balsâmico – um fio – e mexer bem e em fogo baixo. Em seguida, escorrer e apertar bem com as mãos o ralado de berinjela para extrair a água e juntar à frigideira para refogar também. Adicionar sal e pimenta do reino moída e um pouquinho mais de vinagre balsâmico. Misturar bem e somar orégano e azeite de oliva extra-virgem e em seguida corrigir o tempero. Deixar no fogo baixo por cerca de 3 a 4 minutos e reservar. Após esfriar, transferir para um recipiente adequado e adicionar um pouquinho mais de azeite de oliva para formar uma conserva. Levar a geladeira por meia hora e servir sobre pães ou torradas. Por fim, está revelado uma receita sigilosa que chega a ser irritante de tão fácil e rápida de se preparar... Façam, provem e atestem!

Variações:


> Pode-se usar um dente de alho picado junto com a cebola e pimentão.
> O orégano pode ser substituído por manjericão desidratado.
> Para deixar a mistura menos ácida, usa-se uma pitada de açúcar junto ao vinagre balsâmico.
> Na Sicília a capponata recebe alcaparras ou azeitonas e nozes no preparo.
> O uso de tomate seco conservado em oliva não está descartado, desde que devidamente escaldado.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Avondale Reserva Syrah 2005


A uva syrah – ou shiraz – produz vinhos muito agradáveis de se beber e, conforme a região produtora, com paladar e aroma diferentes. Dizem alguns pesquisadores que tal casta é originária da cidade de Syrah, na antiga Pérsia, hoje Irã e teria sido levada à Europa na época das Cruzadas. Beber um syrah do velho mundo e do novo mundo sugere avaliações bem diferentes, claro que com uma boa consistência de similitudes enológicas. Um exemplar que aprecio muito é o sulafricano Avondale Reserva Syrah 2005, produzido pela ótima vinícola Avondale, na região de Paarl. Possui cor rubi escuro com tons violeta, é límpido e muito brilhante. No aroma intenso e complexo, frutas maduras como cereja, amora e framboesa. Notas de passas, nozes, groselha, alcaçuz, café, baunilha e especiarias. Ao paladar é fresco, vivo e quente, mostrando um corpo médio e boa persistência. Fruta ressaltada em boca e acidez na medida, taninos firmes e maduros. Um vinho equilibrado que envelhece por 9 meses em barris de carvalho francês e americano. Acompanha pratos a base de carnes vermelhas, alguns risotos, queijos e preparados com molhos médios. Tem graduação alcoólica de 14,0% e é ideal ser consumido na temperatura entre 16 a 18oC.


E falando em vinícola Avondale, ano passado tive a satisfação de conhecer pessoalmente o proprietário da vinícola, Jonathan Grieve, em sua passagem pelo RS e também por Santa Cruz, num jantar harmonizado servido no Espaço Gourmet da Wein Haus. Jonathan apresentou e comentou seis de seus rótulos: chenin blanc, pinotage, syrah, syrah gran reserva, muscat blanc e um vinho orgânico.

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Se beber, NÃO DIRIJA!


Pioneiramente este blog entra de vez na parcela de responsabilidade social a qual lhe é cabida enquanto meio propagador de indução ao consumo de bebidas alcoólicas - no caso vinhos - e assume para si a função de alertar a cada comentário sobre bebida a lembrança de que se houver ingestão de álcool que nenhum veículo seja conduzido pelo degustador/bebedor.

Esta atitude pró-ativa e alertadora também foi assumida junto ao Jornal Gazeta do Sul, nos comentários feitos para a coluna "Fala, Baco" e da qual sou mantenedor. Se cada pessoa que possui determinada facilidade no estreitamento interrelacional com os seus pares puder usar esta capacidade para tocar e sensibilizar os demais, os acidentes de trânsito e suas trágicas consequências preventivamente poderão ser diminuidos.

Um bom - e consciente - Carnaval a todos!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Saudável e saborosa salada!

As saladas compõe uma alternativa muito saudável seja no verão ou em qualquer época do ano. Tal preparo torce o nariz de muita gente, pois muitos, na infância, acabaram crescendo sendo cercados pelo conceito de que “salada” seria apenas alface e tomate com vinagre, sal e azeite. Na realidade o universo criativo que se abre na junção de verduras, legumes, queijos e carnes é inesgotável em opções e preparos. Salada acabou tornando-se um alimento imprescindível em nossas mesas e – se desde cedo – nossas crianças souberem que preparar e comer salada pode ser muito divertido e saboroso, o chef do futuro poderá ter bem menos trabalho para mudar o paradigma desta delícia gastronômica. A seguir a Salada de Melancia e Queijo Minas.



Ingredientes:
(para 4 pessoas)

4 xícaras de melancia cortada em cubos de cerca de 2cm sem sementes
2 xícaras de queijo tipo “Minas” cortado em cubos de 2cm
1 cebola roxa fatiada
2 colheres de sopa de salsinha picada
2 colheres de cebolinha verde picada
1 colher de chá de casca de limão ralada
2 colheres de sopa de suco de limão
1 colher de sopa de mel
2 colheres e sopa de azeite de oliva
Folhas de hortelã à gosto
Sal e pimenta branca moída à gosto

Preparo:

Misture bem em uma xícara o suco de limão, o mel e o azeite de oliva. Reserve. Monte a salada dispondo em uma saladeira a melancia, o queijo, os temperos verdes, a cebola. Misture delicadamente com a mão e regue com o molho. Salpique a casca de limão, o sal e a pimenta. Regue com um fio de azeite de oliva e sirva.

Artigo publicado no Jornal Gazeta do Sul de hoje.


Mais uma receita: Salada de Palmito com Radicchio



Ingredientes:
1 molho de alface crespa
folhas de radicchio
400 g de palmito

Preparo:
Lave bem as folhas. Depois do banho de água corrente, deixe-as de molho por uns 15 minutos numa tigela com um pouquinho de vinagre dentro. Retire a casca mais dura do palmito aproveitando o miolo macio. Corte o miolo com em pequenas tiras. Repita o procedimento. Coloque as folhas de alface no fundo de uma travessa. Acrescente as tiras de palmito no centro e termine de enfeitar com as folhas de radicchio. Sirva com o molho.

Para o molho:

Ingredientes:
1 ramo de salsinha
1 ramo de alecrim
1 ramo de sálvia
1 ramo de tomilho
1 ramo de manjericão
1 xícara (chá) de azeite
3 colheres (sopa) de vinagre de vinho branco
sal e pimenta do reino, a gosto

Preparo:
Coloque todos os ingredientes no liquidificador e bata até obter um líquido homogêneo. Retire o molho do liquidificador e coloque num recipiente para ser usado quando a salada for servida.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Por quê os temperos não crescem?

Do quinto andar o horizonte se distancia. Pés no chão, improvável. A horta aparece num pequeno canteiro penteada pelo vento forte que dobra arrogantemente o tapete verde mas repele-se no vidro da janela, pretensioso e curioso, espiando para dentro o destino de quem assiste de fora. O calor daquela relação fazia abrir um sorriso largo até o canto do olho procurando lá na íris um pouco de saudade. Saudade que lateja forte rachando o invólucro de serenidade do sentimento por deveras escondido, cabisbaixo e contemplativo. O tempo é outro. A estação mudou e a rádio toca uma música diferente. O vinho que serve a taça esbalda-se em sua própria solidão. O brinde deu lugar a um copo único. No início a única coisa que os separava além das taças de vinho, tinto, encorpado - como uma paixão deve ter por adjetivo - eram suas diferenças inquisidoras. E, no adormecer das louças, a fome satisfeita dava lugar ao desejo pulsante que se abria em preâmbulo para a imensidão de sensações que aleatoriamente se punham em rompante cavoucando mais e profundamente na direção do que poderia ser tido como o sabor supremo, absoluto e imutável ao tempo. E a história que este livro estava disposto a contar contentaria a ambos. Bom, tudo são temperos e eles são capazes de juntar sabores disformes e deixar o amargo mais doce e o cítrico quase básico, na alquimia que só mesmo um tempero sabe dar a vida. E os sabores dos pratos de puro êxtase envolvia-os na relação que de tão boa sucumbiu em final. Foram-se os momentos vividos no seu estado cru, puro, cristalino. Entende o que estou falando? Cozinha sem receita. Uísque sem gelo. Amor inconstestável. Paixão indelegável.


Tempos outros
Pensamento longe
Buffet de festa
Come-se e se vai
O que fica?
Temperos
Saudade!
Saudade de quem se foi...
Imaginário

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

ExpoVinis Brasil 2012

Rótulos de diversos países do mundo reunidos no maior salão de vinho das Américas.

Consolidado como o maior evento do setor de Vinho das Américas, o ExpoVinis Brasil – 16º Salão Internacional do Vinho será realizado entre os dias 24 a 26 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo. A feira contará com participações importantes do setor no cenário nacional e internacional, cerca de 20 mil visitantes, entre proprietários e compradores de bares, restaurantes, hotéis, adegas especializadas, supermercadistas, atacadistas e distribuidores, formadores de opinão, sommeliers, enólogos e enófilos.




Distribuído em um espaço de 18 mil metros quadrados, o salão exibe rótulos para todos os paladares. Os vinhos destacados pelos produtores nacionais recebem atenção no espaço dedicado ao Instituto do Vinho (Ibravin), com 40 vinículas nacionais, principalmente oriundas de regiões como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Vale São Francisco. Países da América Latina, como Argentina e Chile, ganham stands próprios e ocupam amplos espaços.

Para os amantes dos vinhos do Velho Mundo, a feira contará com rótulos da França, Portugal, Itália, Espanha. Para os vinhos procedentes da Itália, por exemplo, o evento receberá consagrados produtores, representando regiões de Puglia, Abruzzo, Marche, Lombardia, Toscana e Piemonte. Bons rótulos de países como África do Sul e Alemanha também ganharão destaque na feira.

Para os amantes dos vinhos originados do Velho Mundo,. Para os vinhos procedentes da Itália, por exemplo, o evento receberá consagrados produtores, representando regiões de Puglia, Abruzzo, Marche, Lombardia, Toscana e Piemonte. Bons rótulos de países como África do Sul e Alemanha também ganharão destaque na feira.

O evento contará ainda com uma das mais importantes e cobiçadas provas de vinhos organizados no Brasil, o Top Ten. Um júri de alto nível composto por jornalistas, sommeliers, degustadores de associações e de escolas selecionarão os dez melhores rótulos do ExpoVinis Brasil 2012. A escolha será entre os vinhos tintos, brancos, espumantes e rosés.

Serviço:
ExpoVinis Brasil 2012
16ª Salão Internacional do Vinho
24 a 26 de abril de 2012
Expo Center Norte – Pavilhão Azul - Vila Guilherme – São Paulo
Informações e credenciamento visitantes: www.exponor.com.br

Dia 24 das 13h às 21h –(exclusivamente para profissionais do setor.)
Dia 25 das 13h às 21h / Profissional / 17h às 21h / consumidor final
Dia 26 das 13h às 20h / Profissional / 17 h às 20h / consumidor final

Ingressos (Consumidor Final): R$ 50,00 incluindo taça para degustação. Estudantes de Hotelaria, Nutrição, Gastronomia, Enologia e Turismo pagam R$ 25,00. Não inclui taça (necessário apresentar identidade e comprovante do curso que não seja carteirinha de estudante).

Entrada franca para profissionais do setor (necessário apresentar identidade ou CPF e comprovante profissional). Não é permitida a entrada de menores de 18 anos. Necessário apresentar carteira de identidade.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Viapiana Expressões Cabernet Sauvignon 2010


O amigo Janquiel Mesturini encaminhou-me alguns rótulos da Vinícola Viapiana, de Flores da Cunha, para que eu degustasse e fizesse as devidas considerações à respeito dos varietais remetidos. O primeiro foi um Sauvignon Blanc Expressões 2011 o qual abriu os trabalhos harmonizando-se aos canapés que antecederam uma Paella Marinera. Vinho jovem, levíssimo ideal para este veraneio de 40°C. Já um outro vinho, o Viapiana Expressões Cabernet Sauvignon 2010, provei semana passada e digo que há muito um vinho gaúcho desta casta, tão jovem e de safra não tão representativa como foi a de 2010 não me impressionava tanto. Apresentou cor rubi límpida e com lágrimas lentas e espessas. No nariz trouxe de imediato um ataque frutado, com aromas de cereja, ameixa e azedinha, levemente alcoólico. Na boca um equilíbrio notável com acidez controlada, jovialidade e frescor, ótima persistência, marcante, frutado, com taninos sedosos, ameixa, pimenta, chocolate, madeira discreta e leve herbáceo. Possui 13% de graduação alcoólica e ideal ser bebido na temperatura de 17°C. Fiquei surpreendido com a qualidade! Imagina o que me aguarda quando abrir o Viapiana Marselan, considerado um dos melhores rótulos do Brasil pela última Expovinis!

Em tempo: o Expressões é o primeiro vinho com rótulo interativo do Brasil cujo objetivo é adequar a roupagem dos vinhos a filosofia da marca. Tal rótulo interativo se utiliza de um caça-palavras disposto na parte superior onde os consumidores podem buscar palavras que definem os aromas, o paladar e as sensações dos vinhos, instigando o apreciador a procurar tais elementos e assim difundir o terroir da região de Altos Montes em Flores da Cunha. E confesso que o apelo visual faz a gente não tirar o olho do rótulo, pois com o passar dos goles a dificuldade aumenta e as sensações começam a se multiplicar

Lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Filha de peixe...



No final de semana novamente fui brindado com a presença de queridos amigos, ótimas experiências gastronômicas e bons rótulos abertos no acompanhamento dos pratos e da companhia! E minha filhota Antonia de dez meses passou bons momentos acompanhando o seu papai nas aventuras de forno e fogão, como no preparo dos Frutos do Mar a Zuchini. De colher de pau em mãos, fez uma lambança pela cozinha e ver seus lábios pedindo "papá" é uma alegria imensa! Obrigado filhota!!!


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Cozinhando a quatro mãos!


A cozinha antes marginalizada e escondida em um ambiente fechado onde o cozinheiro era um escravo gastronômico passou a ser o principal cômodo da casa para recepções e confraternizações.

A própria arquitetura e o projeto da parte social das residências vêm sendo idealizados para ambientes integrados e amplos, onde cozinha, sala de jantar e estar se fundem em um único espaço. E é nestas dependências que grandes receitas e pratos são preparados, impulsionados por vinhos magníficos e boas conversas. E além deste espaço privilegiado uma outra tendência já comum na Europa e de um tempo para cá, no Brasil, a “cozinha a quatro mãos”, desponta como uma divertida opção para as funções em casa ou fora dela. Dois gourmets, trabalhando em conjunto, afinados pela maestria culinária, conseguem otimizar o tempo de preparo e as opções do cardápio, dando uma dinâmica toda especial ao jantar proposto.

Esta grata experiência realizei outro dia em parceria com o amigo Sandro Laste, onde a quatro mãos montamos uma Moqueca Baiana legítima, com os três ingredientes que a diferenciam da capixaba: a pimenta de cheiro, o leite de côco e o azeite de dendê. A receita da moqueca é notória, mas cabe ressaltar as boas modificações realizadas nesta preparada pela dupla.
Uma delas foi a elaboraçãoo de uma base com vários ingredientes picados - a cebola, os pimentões, o alho, o tomate – refogados em uma mistura de óleo de canola e azeite de dendê, sem adicionar água, formando uma pasta que usou-se para encorpar a moqueca. Outra providência feita foi passar os legumes fatiados em óleo de canola e uma colher de manteiga de garrafa antes de levar a panela de barro, assim como selar as postas de côngrio em fogo alto. O resultado dessas implementações foi simplesmente fantástico, trazendo uma leitura de sabores e texturas diferente e inovadora.

E esta inovação é mais uma das facilidades de se cozinhar a “quatro mãos”. Experimente!

Artigo publicado no Jornal Gazeta do Sul.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Outstanding in The Field

A Vinícola Miolo foi a escolhida para sediar a etapa gaúcha do Outstanding in The Field, evento de culinária ao ar livre idealizado pelo chef e artista californiano Jim Denevan. Será montada uma mesa no meio dos vinhedos com menu preparado pelo chef Carlos Kristensen (leia-se Restaurante Hashi), com pratos harmonizados com vinhos Miolo. O evento será em 11 de março. O evento itinerante Outstanding in the Field já percorreu os Estados Unidos, Canadá e Europa. Desde 1999, Denevan e seu grupo realizam os eventos ao ar livre em locações inusitadas que vão desde fazendas a cume de montanhas e cavernas no mar. É a primeira vez que será realizado no Brasil. Além do RS, haverá eventos em Santa Catarina e São Paulo.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Joaquim Rosé 2008


Discriminado no passado – ao menos no Brasil – e levado a condição de ícone de elegância nos dias atuais, o vinho rose tem habitado as taças dos melhores restaurantes e recepções país afora. Pode ser produzido por meio de uma cuidadosa mistura de vinho tinto com vinho branco; ou por uma leve maceração das uvas pretas no mosto. Envolve um misto dos processos de vinificação do vinho tinto – início - e do branco – final, onde segue para uma cuba de aço inoxidável, para se obter aromas frutados e frescos. Na Europa Mediterrânea os vinhos roses são bastante apreciados e muito consumidos principalmente no verão. Um bom exemplar na linha de vinhos rosés é o Joaquim Rosé 2008, da Serra Catarinense, produzido com videiras localizadas em grandes altitudes. Tem cor límpida e muito brilhante cor rósea salmão e apresenta aromas intensos de frutas vermelhas maduras e notas florais. No paladar é equilibrado apresentando fruta, acidez, madeira e amargor sintonizados e em harmonia. Possui 13,5% de graduação alcoólica e ideal ser bebido resfriado entre 10 e 12°C.

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Posições


Há muito tempo não a via. A única lembrança que tinha era a dos tempos de colégio, quando sentavam juntos, lado a lado, às vezes um a frente e o outro atrás. Ele, mais jovem, era imaturo como os homens teimam em ser. Ela, mais segura, retentora de grandes virtudes morais e dona de um esplendoroso corpo de quase "metreoitenta", que destoava de seus primaveris dezesseis anos. Ele nutria por ela uma paixão juvenil, de espinhas e puberdade, mas uma pura e idealista paixão. Por outro lado, ela sentia por ele apenas um fraternal carinho, nada a mais, o que o trazia decepções e desencantos. Sua atenção era voltada a homens mais velhos, descompromissados de qualquer coisa, alternativos no jeito de ser e pensar e que paginavam desprezando o amor que ela derramava por eles. Vivia constantemente na contramão dos sentimentos. Pelas estradas do destino cruzaram-se algumas vezes, ele ora envolvido e ela ora solteira; ela ora compromissada e ele ora em busca de novas aventuras e experiências diversas. Seus olhares continham sentimentos loucos para se tornarem reveladores, mas nenhum dos dois avançava ou sequer sinalizava o caminho. E a vida distribuiu-os cada qual para um lado. Os tempos passaram, os amores também e certa feita um bendito email instigador das eras modernas fez com que se encontrassem novamente. E depois de muitas trocas, telefonemas, risadas e confidências marcaram o fatídico dia para verem-se mais uma vez e novamente. Era chuva – e como chovia! -, o carro parado no estacionamento do velho prédio onde ela agora morava. Ela esperava-o com uma sombrinha aberta só não maior que o seu sentir que misturava ansiedade, surpresa e apreensão. Ele encontrou-a carregado de vinho e ingredientes para um derradeiro jantar romântico. Abraçaram-se sob a sombrinha, sob a chuva, sob um universo que sempre conspirou contra mas que agora assistia-os de camarote. E foi um abraço do tamanho do mundo, eternizado nas películas dos melhores filmes românticos. Abriu-se um vinho, abriu-se outro vinho, o jantar foi preparado por ele, confissões, vino veritas e a noite acabou envolvendo-os como sempre desejaram mas que nunca haviam sequer imaginado. E mais noites vieram, mais dias também, as idas e vindas foram constantes, ora cá ora lá e como tudo na vida, a complexidade de um relacionamento mais sério assustou os apaixonados e acabou separando-os de uma maneira rompante, quase dramática. Ela nunca mais foi vista. Sumiu, mergulhada em novas paixões e novos romances e, pelo que falam, novas decepções. Nunca mais achou alguém como ele. E a ele, um amante das coisas boas da vida entre elas a cozinha, sobrou apenas a lembrança de um dos pratos de que ela mais gostava - agora preparado para uma nova e verdadeira paixão - os Canapés de Caviar de Salmão com Cheese Philadélfia e Cebolinha e, moleca do jeito que ela era, a lembrança de uma de suas brincadeiras preferidas, trocar as ovas de posição sobre as torradinhas lambuzadas com o creme de queijo. A seguir a receita desta inebriante crônica dois por dois.



Ingredientes:
Torradinhas para canapés
Caviar de salmão
Cream cheese ou cheese philadélfia
Cebolinhas picadas
Raspas de limão siciliano
Gotas de limão siciliano
Preparo:
Montar os canapés colocando um pouco de cream cheese em cada um com uma espátula ou pequena colher. Sobre elas dispor o caviar de salmão, um pouquinho em cada e pingar uma gota de limão em cada canapé. Distribuir a cebolinha verde picada e as raspas de limão siciliano. Servir acompanhado preferencialmente de espumante brut rose.

Artigo publicado no Jornal Gazeta do Sul.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

La Flor Sauvignon Blanc 2009


Um dos vinhos branco que gosto muito de harmonizar com variados pratos são aqueles elaborados com a saborosa Sauvignon Blanc, uva pequena e amarelada que traz consigo acidez própria para quebrar alguns ingredientes, amplo frescor e jovialidade e conhecida mineralidade e caráter frutado quando produzida no Novo Mundo. Originária da França é lá que costuma alcançar excelência daquele terroir, principalmente em vinhos produzidos na região do Loire. Pode ser cortada com as uvas Sémillon, em Bordeaux ou entrar na composição dos vinhos doces de Sauternes e Barsac. No Novo Mundo – principalmente na Nova Zelândia – encontrou solo e clima perfeitos e projetou os vinhos desta casta daquele país no mundo. Na América são reconhecidos os Sauvignon Blanc do Nappa Valley nos Estados Unidos e também os chilenos. Para brincar um pouco com estas referências, provei um SB argentino, diverso em clima e solo dos acima citados, mas igualmente interessante, o La Flor Sauvignon Blanc 2009, de filiação de Carlos Pulenta, renomado vinhateiro da Argentina. Sua cor amarelo esverdeada prepara a curiosidade do que está por vir, um vinho leve, com ótimo frescor e acidez amarrada, sem excessos ou faltas. Os aromas pronunciados de frutas cítricas dão vazão a um final de boca muito agradável, convidativo a mais uma taça. Bem equilibrado no paladar além de frutado. Ideal ser consumido na temperatura entre 8 e 10°C. Possui graduação alcoólica de 12,0%. Harmoniza bem com comida japonesa, saladas, frutos do mar, alguns risotos, canapés e carnes brancas.

Se beber, NÃO DIRIJA!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O delicioso Salmão!

Depois de um mês curtindo férias do espaço enogastronômico da Gazeta do Sul, estou de volta e no embalo destes dias mais quentes, trouxe comigo uma receita muito agradável para ser preparada seja num almoço ou no jantar. Tenho particular atração por frutos do mar, talvez porque os tenha descoberto somente na vida adulta, e entre eles o salmão é um de meus preferidos, desde que preparado sem aquelas maquiagens de molhos de maracujá, queijo ou tudo o mais que sirva para deixá-lo com sabor alterado parecendo qualquer coisa menos um salmão! Gosto de acompanhá-lo com batatas mas mandioquinha ou batata-doce ou um salteado de legumes na manteiga também podem ser usados sem proibição. Acompanhe a receita do SALMÃO EMPANADO EM FAROFA DE AMÊNDOAS.


Ingredientes:
(para 4 pessoas)

1,2kg de filé de salmão
farinha de trigo
dois ovos batidos
3 fatias de pão de sanduíche dormido
4 colheres de sopa de amêndoas (ou nozes)
Limão
Alecrim seco
Pimenta branca
Sal
Azeite de oliva

Preparo:

Tempere o filé de salmão com limão, sal e pimenta branca. Coloque as amêndoas num processador e processe-as rapidamente. Em seguida adicione o pão dormido e bata junto para virar um pão moído. Junte o alecrim. Polvilhe uma camada de farinha de trigo, batendo para retirar o excesso. Pincele o ovo batido e em seguida coloque uma camada do pão com amêndoas. Regue com um fio de azeite, coloque num refratário untado com azeite e leve ao forno pré-aquecido a 200°C por cerca de 40 minutos. Sirva acompanhado de batatas e salada de agrião.

Artigo publicado no Jornal Gazeta do Sul de hoje.

O salmão

O salmão continua sendo a grande estrela das mesas dos restaurantes e cozinhas de chefs por aí afora. É um peixe de carne tenra e saborosa, com baixa porcentagem de gordura e rica em ômega 3, um ácido graxo que muitos benefícios traz ao corpo humano. O seu consumo é tão difundido que alguns médicos e especialistas em saúde prescrevem que seja consumido três vezes por semana, pois dizem que é excelente para quem quiser acabar com as rugas e dar uma “levantada” no rosto sendo sensíveis as diferenças no tônus da pele que se torna mais viçosa. E não são poucos os que recomendam seja essa carne consumida com regularidade. Todavia, por se tratar de um peixe cuja carne tem uma textura delicada é preciso saber prepará-la. Um cozinheiro inexperiente pode tornar a carne de salmão seca e intragável. Já com um pouquinho de cuidado sensibilidade será capaz de realçar todo seu divino sabor deixando-a tenra, úmida e macia. A carne de salmão, quando bem preparada é acomedida de um grande pecado: de tão boa, vicia! Se faz muito importante não obscurecer o sabor original do salmão com molhos disto e daquilo. O principal é usar poucos condimentos e acompanhar harmonicamente o prato.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A Vindima do Vale dos Vinhedos

O Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves abriu oficialmente a vindima que segue até março com atrações para os turistas. A qualidade da safra provada surpreendeu os produtores e projeta excelentes resultados. A abertura oficial da vindima no Vale dos Vinhedos, realizada no sábado, 28, no Hotel Villa Michelon, movimentou o roteiro neste final de semana.

Uvas brancas, rosés e tintas foram colhidas no Parreiral Modelo do referido hotel. Já com os cestos cheios era hora de voltar para a Casa do Filó e o Memorial do Vinho para o momento da pisa. Com os pés nas uvas, a rainha do Vale dos Vinhedos, Vanessa Crestani, e as princesas Letícia Dal Magro e Camila Milani, começaram a pisa, que foi seguida por crianças e visitantes.
Dali os participantes seguiram para o Salão da Comunidade 8 da Graciema onde aconteceu a bênção aos vitivinicultores e o filó italiano. “A festa deste ano foi a mais animada de todas. Comunidade e visitantes se divertiram como nunca”, comemorou o diretor do Hotel Villa Michelon, Moysés Michelon.

Copa, queijo, salame, pães, cucas e vinhos, espumantes e suco de uva de 16 vinícolas associadas à Aprovale, além do artesanato regional, rechearam o evento. A festa, que iniciou às 17h, se estendeu até a meia-noite. Os visitantes do Brasil e do exterior, aproveitaram a programação para viver a experiência de colher e pisar uvas, além de se divertir em um filó italiano regado a produtos coloniais, jogos típicos e muita cantoria.

As atrações oferecidas pelos empreendimentos em torno da vindima – vinícolas, hotéis, restaurantes -, seguem até 11 de março devendo atrair cerca de 50 mil turistas, 14% mais que no mesmo período do ano passado.