sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Alamos Torrontés 2010


A casta Torrontés é o branco emblemático da Argentina, produzida somente na região de Cafayate em Salta. Apresenta-se como um vinho extremamente aromático, leve, fresco, saboroso e fácil de beber. A Bodega Alamos – do Grupo Catena – produz o Alamos Torrontés 2010, um vinho de ótimo custo-benefício. De visual límpido e brilhante, apresenta cor palha-esverdeada e traz ao nariz aromas de pêssego, maçã, sidra, mel, floral, jasmim, algumas ervas, pomelo. Enfim, com citricidade destacada. Com o álcool limitado diferente de alguns exemplares desta casta, ficou elegante e harmonioso. Na boca apresenta acidez equilibrada, leveza e frescor. Ótima persistência. Não passa por carvalho em sua maturação. Combina bem com frutos do mar, canapés, carnes brancas delicadas e queijos leves. Possui 13% de graduação alcoólica e ideal ser bebido na temperatura entre 7 a 9º C.

Gostei muito de um fiel comentário sobre a Torrontés publicado na Revista Adega:

"Como acontece com inúmeras outras castas, a Torrontés não tem origem totalmente conhecida e gera controvérsias. Como ex-colônia da Espanha (onde existe uma casta homônima), uma teoria bem aceita é que a Torrontés tenha sido introduzida na Argentina por imigrantes bascos. Por outro lado, alguns argentinos reivindicam- na como sendo autóctone. Enquanto isso, cientistas sugerem que ela nada tem a ver com a espanhola e que seria um cruzamento genético da italiana Moscato de Alexandria com a nativa Criolla Chica. Seja como for, não há apenas um tipo desta uva na Argentina. Ao menos três variações bem distintas são conhecidas: Torrontés Riojano (a mais plantada e mais aromática), Torrontés Sanjuanino (um meio termo) e Torrontés Mendocino (menos aromática, mais comum na Patagônia).

O estilo geral do vinho Torrontés - que tem agradado os brasileiros - é de líquidos muito perfumados, algo entre um Moscatel e um Gewurztraminer. Os aromas mais típicos são de muitas flores (rosas), pêssegos e lichias. Na boca, pode ir do totalmente seco, passando pelo suave (com algum açúcar residual) e chegar ao totalmente doce, para a sobremesa. A região de maior expressão da casta na Argentina é em Cafayate, na província de Salta, norte do país. Lá, os 2 mil metros de altitude, com sol forte e temperaturas que podem variar 30 graus do dia para a noite, garantem a maturidade e o grande frescor destas uvas.

Os brancos da uva Torrontés devem ser apreciados na juventude, com um ou dois anos, e são uma opção mais em conta em vinhos aromáticos (notadamente os Gewurztraminer's franceses e alemães, excelentes, mas que podem custar caro)".

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

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