segunda-feira, 16 de abril de 2012

Nederburg Pinotage Reserve 2006

A Pinotage é uma casta tradicional da África do Sul, junto com a Syrah, dignos representantes daquele país. A Pinotage é um corte desenvolvido no início do século XX a partir da Pinot Noir e da Cinsaut. O Nederburg Pinotage Reserve 2006 é um dos representantes desta região viticultora. Um pouco alcoólico no início, depois libera aromas de frutas vermelhas cítricas, principalmente morangos silvestres e cerejas além de especiarias. Na boca os taninos suaves marcam o vinho, trazendo framboesa, madeira e acidez média, fácil de beber, com final não muito longo. Acompanha muito bem carnes vermelhas assadas e massas com molhos à base de queijo e até mesmo chocolates.

Muito pertinente o descritivo desta casta estampado no blog Enoleigos, que fala que a Pinotage é um híbrido (que provém de duas espécies diferentes) de Pinot Noir e Cinsault, (conhecida na África do Sul com o nome de Hermitage), e tem seu nome proveniente da combinação das duas cepas. O responsável pelo cruzamento foi um investigador e professor de viticultura na Universidade de Stellenbosch, o Profesor A.I. Perold que em 1925 uniu as qualidades organolépticas da Pinot Noir com a notável produtividade e resistência da Cinsault. Para isso fecundou uma flor da casta Cinsault com pólen da Pinot Noir, originando a cepa que denominou “HermitagexPinot de Perold” . Os relatos da época dão conta o Profesor A.I. Perold, não demonstrou grande interesse em sua criação, só o fazendo 10 anos depois, quando a casta recebeu a denominação atual. Os primeiros vinhos elaborados com a Pinotage não foram bem aceitos, permanecendo no ostracismo até meados da década de cinqüenta, quando as degustações feitas com vinhos da casta começaram a mostrar suas possibilidades.

O reconhecimento em âmbito internacional somente veio no principio dos anos noventa quando Beyers Truter, vinicultor apresentou os vinhos de Pinotage no concurso International Wine and Spirit Competition com tamanho êxito que foi eleito “Enólogo do Ano”, título concedido pela primeira vez a um sul-africano. A partir de então, a Pinotage foi anunciada como a possuidora do Santo Graal dos aromas da Pinot Noir da Borgonha bem como da elevada produtividade e fácil amadurecimento da Cinsault. Os anos seguintes vieram demonstrar que ela nunca se comportou nem como Pinot Noir nem tampouco como Cinsault. A Pinotage, na realidade, é uma uva de difícil trato, que pode originar vinhos de alta qualidade, porém que necessita de vinhas velhas, de baixa produtividade e de um manuseio cuidadoso na vinícola para conservar seus aromas mais selvagens e evitar os ésteres voláteis.

Os vinhos de Pinotage são de cor vermelho rubi intenso, profundos, límpidos e brilhantes. Os bons Pinotage têm aromas e sabores diferentes de qualquer outro tipo de vinho. Possuem delicioso caráter frutado de amoras, cassis e ameixas, além de notas florais muito características. Quando passam em barricas exibem notas de baunilha, chocolate ou especiarias. Os caldos de Pinotage têm dois problemas: o primeiro é que se torna extremamente difícil obter todos os aromas e ao mesmo tempo controlar seus taninos, sabidamente muito agressivos. O segundo, é que os aromas genuinamente individuais podem sofrer transformações importantes se a vinificação não for feita de forma correta. Pinotage, no entanto, podem mostram-se aveludados, sedosos, voluptuosos, luxuriantes e sedutores. E de forma contrária, também, podem ser rústicos, instigantes, controversos e muito pouco cativantes. Para melhor entendê-los é fundamental conhecê-los.

Você encontra os vinhos da África do Sul na Wein Haus, loja especializada em vinhos, pelo site www.weinhaus.com.br.

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

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