quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A simbologia do Natal!


Então é Natal! Esta é quem sabe a expressão mais ouvida nos finais de ano, talvez mais até do que o Especial do Roberto Carlos. E nesta época em que os corações ficam mais amanteigados, os lábios mais sorridentes e o bolso vazio (!) é que muitos símbolos são cultuados, E cada um destes símbolos tem uma origem e história diversa, nem sempre ligados entre si. É o que veremos!

A ceia de Natal:

Esta teve o seu início na Saturnália – que era a festa pré-cristã da Roma Antiga – e na qual os comensais dispunham de generosos banquetes. Tal festa encerrava-se no dia 25 de dezembro, e o costume de deixar a mesa farta de comes e bebes foi incorporada ao Natal. Na crença cristã, resgata-se a última ceia de Jesus Cristo antes da sua morte, quando ele e os discípulos comemoravam a Páscoa dos judeus. A ceia de Natal no Brasil acabou incorporando ingredientes regionalistas advinda dos costumes portugueses trazidos pelos colonizadores, como o bacalhau. Dos americanos importou-se a tradição do peru acompanhada de nozes, castanhas, amêndoas, frutos secos e cristalizados dos europeus. Há centenas de anos estes mesmos europeus recepcionavam em suas casas peregrinos e viajantes onde junto com a família e confraternizassem nesse dia.
Uma boa explicação a celebração do Natal ser uma data de reunião entre amigos e familiares.

A árvore natalina:

Mesmo antes do nascimento de Cristo o povo egípcio usava galhos de palmeiras nas festas de dezembro como sinônimo de vida, energia e fertilidade. A marcante data do dia 25 acabou trazendo este costume para o Natal. Há apenas alguns séculos - por influência do rigoroso clima norte-europeu - o carvalho foi substituído pelo pinheiro.

O panetone:

Diversas são as versões para a origem deste pão adocicado com frutas secas. O certo é que foi criado na Itália. Uma das versões fala de um padeiro de Milano chamado Tone, no século IX que criou um pão semelhante ao que conhecemos e que ficou conhecido como pane di Tone. Já outra versão fala que um renomado chef chamado Gian Galeazzo Visconti, duque de Milão, em 1395 criou um tipo de pão de sabor inusitado para uma comemoração, o qual fez muito sucesso. O panetone foi trazido ao Brasil pelos imigrantes italianos após a Segunda Guerra Mundial e incorporado a celebração natalina.

O Papai Noel:

O bispo Nicolau nasceu por volta do século III d.C, onde hoje fica a Turquia e era notório o seu amor pelas crianças carentes. Como era um bispo de posses, todo dezembro ele costumava distribuir presentes seja em mãos ou jogando-os pelas portas ou janelas. Tal história do bom bispo chegou a Roma assim como – após a sua morte – as notícias de que operava milagres. A Igreja Católica tornou-o santo atribuindo que junto com o nascimento de Jesus, fosse comemorado o dia de São Nicolau. No início do século XIX , o escritor Washington Irving popularizou a história de São Nicolau nos Estados Unidos, criando uma imagem do Santa Claus (apelido em inglês) como um duende gorducho que aparecia nas noites de Natal e distribuía presentes montado num cavalo voador. Em 1931 Santa Claus ganhou a famosa vestimenta vermelha e branca, graças a uma campanha publicitária da Coca-Cola!

A troca de presentes:

A origem tem fundo religioso e atesta que o menino Jesus, quando nasceu, foi presenteado pelos Reis Magos. Então, ao trocar presentes no Natal, as pessoas estariam repetindo esse ato.

O presépio:

Foi São Francisco de Assis que decidiu construir o primeiro modelo de reconstrução do ambiente onde Jesus nasceu, em 1223. E ele se inspirou no relato da visita dos Reis Magos com a manjedoura, os reis do Oriente, animais e presentes. Tal costume acabou se difundindo entre os cristãos.

Seja qual forem os símbolos que você for cultuar, carregue esta data com encantamento, paz e amor, num retumbante Feliz Natal!

Artigo publicado no Jornal Gazeta do Sul de hoje.

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