quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Projeto "Qualidade na Taça" conclui atividades superando expectativas

   
Projeto que capacitou 2,6 mil profissionais no atendimento e serviço do vinho em 14 estados brasileiros encerra nessa quarta-feira (30) após a vinda de grupo à Serra Gaúcha

O Qualidade na Taça, projeto que visa qualificar o atendimento e aumentar a comercialização dos vinhos, espumantes e sucos de uva brasileiros no mercado interno junto aos pequenos negócios de alimentação fora do lar conclui suas atividades nesta quarta-feira, dia 30, comemorando resultados. A ação é desenvolvida pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
Desde setembro de 2014, 2,6 mil profissionais, de 1,3 mil estabelecimentos de 14 estados brasileiros, foram instruídos por consultores e sommeliers, preparados com a metodologia do projeto, com a curadoria da sommeliérie Silvia Mascella Rosa. Nesses dois anos, foram capacitadas 85 turmas. “Superamos todas as nossas expectativas. O projeto é de extrema relevância para o setor. As pessoas mudam a percepção quando conhecem o produto e acabam tendo mais poder de argumentação na venda”, avalia o presidente do Ibravin, Dirceu Scottá.
Desde domingo (27) até essa quarta-feira (30) circulam pela Serra Gaúcha 32 profissionais de bares, restaurantes e lojas especializadas em bebidas de 16 cidades brasileiras. Durante os quatro dias, o grupo visitará seis vinícolas da região e também assistirá uma apresentação da biomédica Caroline Dani sobre o suco de uva e seus benefícios à saúde. Os convidados – gestores e sommeliers dos empreendimentos– foram escolhidos tendo como critério os participantes do projeto que obtiveram maior destaque durante as capacitações.
“Diversos depoimentos de participantes revelaram que, até então, não tinham tido a oportunidade de estudar e se aprofundar mais sobre o assunto. Por meio do Qualidade na Taça também conseguimos aumentar a quantidade de rótulos brasileiros nos estabelecimentos”, comemora o gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini.        
O Qualidade na Taça é financiado pelo Sebrae com contrapartida do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura (Fundovitis-RS).
CIDADES PARTICIPANTES DO QUALIDADE NA TAÇA:
Belo Horizonte (MG)
Brasília (DF)
Campinas (SP)
Cuiabá (MT)
Curitiba (PR)
Florianópolis (SC)
Fortaleza (CE)
Goiânia (GO)
Gramado (RS)
Manaus (AM)
Natal (RN)
Porto Alegre (RS)
Recife (PE)
Rio de Janeiro (RJ)
Salvador (BA)
São Paulo (SP)
* Foto: Alexandra Mezzacasa/Ibravin

                                                                        

Prosit! - Paulaner Weissbier: boa cerveja e futebol


Quem nos últimos dias não discutiu um pouco sobre futebol? Como bons brasileiros, ele está sempre em nossas conversas e no nosso dia a dia. Pensando em nós, amantes de boa cerveja e do futebol, a alemã Paulaner que está entre as mais famosas cervejarias alemãs, e é uma das seis que patrocina a tradicional Oktoberfest de Munique, lançou sua Weissbier com uma nova roupa. A lata homenageia os jogadores do Bayern de Munique, campeão do campeonato alemão 15/16 e que tem a cervejaria como principal patrocinador. São doze latas diferentes com o rosto e nome estampado de seus jogadores.

A cerveja trata-se de uma das mais tradicionais Weissbiers do mercado, ao lado de Erdinger, Hofbräu, Schneider, e outras. Com seu aroma de banana, abacaxi e de outras frutas amarelas torna-se inconfundível. No gosto não é enjoativa, tendo equilíbrio entre o amargo e o doce de seus elementos. Uma cerveja cremosa e refrescante, perfeita para os dias quentes que estão chegando. Experimente com frutos do mar, bruschettas de berinjela, saladas e bolinho de bacalhau.


Possui 5,5% de graduação alcoólica.

Prosit!



E lembre-se: se beber, não dirija! 

*artigo de Matheus Muller

Você encontra esta e dezenas de rótulos de cervejas especiais além de cortes de carne premium das raças Angus e Hereford, complementos, molhos, geleias e especiarias na Best Beef Boutique, na Rua Marechal Deodoro 05, fone 51.3902-0630, em Santa Cruz do Sul. Confira!

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Uma chef em sua casa: Personal Chef com Mariana Almeida


Imagine só: você quer preparar uma recepção em sua casa ou na sua empresa para parentes, amigos ou colegas, mas não é muito chegado às panelas ou então a louça que algo do tipo deixa, mas quer colocar petiscos, canapés e pratos de qualidade para tornar o evento único. Aí que entra o modelo do Personal Chef, ou seja, um chef exclusivo que vai até seu trabalho ou residência e prepara todo o jantar ou recepção para você, com privacidade e praticidade. 

E a personal chef Mariana Almeida de Santa Cruz do Sul é a profissional que mais se destaca neste formato de evento atendendo desde pequenos grupos até eventos corporativos e empresariais. 

Com formação em gastronomia na Austrália e na ASSESC e há dois anos atuando com sua equipe vêm lotando a agenda e arrancando olhares de satisfação de quem prova suas delícias. 

Tive oportunidade de provar várias de suas criações e os canapés diversos além dos pratos da culinária tailandesa estão entre os que mais gostei! 


Contatos para orçamento e maiores informações pelo email marianaalmeida111@hotmail.com e fone (51) 992821343.

domingo, 27 de novembro de 2016

Cave Pericó Nature 2012 - mais um belo espumante de solo brasileiro!

O empresário catarinense Wander Wéege leia-se Malhas Malwee, de Jaraguá do Sul – fundou a Vinícola Pericó na região de São Joaquim, Santa Catarina há cerca de 13 anos. Lá do alto dos vinhedos a 1300 metros acima do nível do mar, tal empreendimento iniciou a dar bons frutos produzindo vinhos e espumantes de forma pioneira naquele estado. Um dos bons espumantes é o Cave Pericó Nature 2012 que passa cerca de 20 meses em contato com as leveduras antes de ir ao mercado. 
É elaborado pelo corte Cabernet Sauvignon (45%), Merlot (33%) e Chardonnay (22%) e utiliza o método tradicional com segunda fermentação em garrafa (champenoise). A altitude confere maior concentração da fruta e uma mineralidade singular. “Nature” significa que o espumante não recebeu o licor de expedição levando para a garrafa as características originais de seu vinho-base.

Possui cor palha com reflexos esverdeados e um perlage intenso, vibrante e com uma coroa abundante e bem formada. Ótima persistência aromática trazendo aromas cítricos com abacaxi em compota, pêssego, maçã verde, limão, pomelo e amêndoas. Ótima cremosidade e boca com muita refrescância, acidez correta, cítrica (limão e casca de limão) e toque tostado, ampla persistência.

Combina muito bem com inúmeros canapés e aperitivos, frutos do mar, saladas e comida japonesa.

Possui 12,6% de graduação alcoólica e o ideal é ser consumido na temperatura de 6 a 8oC.

Você encontra os espumantes Pericó na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665 e site www.weinhaus.com.br 

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!         


quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O frango ajeitado!



O frango somado ao pimentão e a azeitona resgata muito sabor e um toque especial a esta receita!

Os pratos rápidos e de fácil preparo – além de ingredientes de valor mais módico – são ótimos insumos para despertar o imaginário do cozinheiro! E para quem acha que frango só serve para galinhada ou galeto está enganado, afinal tal ave pode ser um excelente componente de receitas bem boladas e saborosas. Dizem que os tempos são de crise – e realmente sentimos a mesma no bolso – e o que diariamente ajustamos nas empresas e organizações também se estende a nossa vida familiar e cozinha: administração com criatividade! Transformar o simples em especial Acompanhe a receita do Frango Ajeitado



Ingredientes:
(para 4 pessoas)

800g de sobrecoxas de frango desossadas e sem pele
2 tomates sem sementes picados
150g de azeitonas pretas sem caroço
1 cebola media fatiada
1 talo de alho poro pequeno fatiado
Meia xícara de salsinha picada
Um pimentão vermelho fatiado
3 colheres de sopa de óleo de girassol
Sal e pimenta preta moída na hora a gosto
Fio de azeite de oliva

Preparo:

Cortar o frango em pedaços de cerca de 5 cm. Temperar com pitada de sal e pimenta e levar a frigideira com óleo e fritar até dourarem. Reservar. Refogar nesta mesma frigideira o pimentão, a cebola e o alho poró até murcharem temperando com pitada de sal. Somar as azeitonas sem caroço, retirar e reservar. Levar a mesma o tomate picadinho para formar o molho, deixando refogar por cerca de 20 minutos, acrescentando um pouco de água fervente se precisar. Juntar os legumes e o frango misturando bem, corrigir o tempero – certamente mais sal e pimenta - e deixar levantar fervura por cerca e 5 minutos. Regue com um fio de azeite de oliva e sirva salpicado de salsinha e acompanhado de arroz branco.


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Guatambu recebe duas medalhas no Concurso Internacional de Vinhos La Mujer Elige 2016


Vinícola é vencedora pela terceira vez no evento onde somente mulheres integram a comissão julgadora
  


O espumante Poesia do Pampa Brut 2015 e o vinho Luar do Pampa Rosé 2016 foram premiados no Concurso Internacional de Vinhos e Licores La Mujer Elige, em Mendoza, na Argentina. O evento tem uma característica especial: apenas mulheres participam do júri. Quarenta e duas degustadoras, entre elas enólogas, sommeliers, jornalistas e críticas do segmento, avaliaram amostras de 162 vinícolas de 19 países. O espumante recebeu medalha de Ouro e o rosé medalha de Prata.

Esta é a terceira vez que a vinícola recebe medalhas do concurso. Em 2012, foi a vez do espumante Extra Brut ser premiado com uma medalha de ouro e em 2014 foi a vez dos rótulos Guatambu Brut Rosé 2013 e o vinho Rastros do Pampa Merlot 2012.


Com lançamento previsto para dezembro desde ano, o Luar do Pampa Rosé é a expressão mais pura e delicada das uvas Merlot dos vinhedos da Guatambu, em Dom Pedrito, RS. Apresenta atraente coloração rosa chá e exibe aromas muito elegantes, relembrando um jardim de flores combinado com aromas de frutas em calda como cereja, pêssego e geléia de morango. Na boca sente-se o frescor e a jovialidade do vinho, com acidez pronunciada e, ao mesmo tempo, equilibrada com o toque amanteigado. Um vinho que desperta a imaginação e envolve o paladar.

Produzido com as uvas Chardonnay (80%) e Sauvignon Blanc (20%), sua cor com tons platinados expressa toda sua jovialidade, o Poesia do Pampa Brut revela notas gustativas com muito frescor, mostrando cremosidade e equilíbrio ao paladar, resultando em um espumante de final longo e fresco. O rótulo recebeu Medalha de Ouro no Concurso Mundial Bruxelas Brasil em 2011.




domingo, 20 de novembro de 2016

Avondale Rosé 2014 - um coringa na harmonização!

Confesso ser um apreciador dos vinhos da vinícola sul-africana Avondale desde o momento em que conheci o seu proprietário, Jonathan Grieve, num evento de vinho organizado pela Wein Haus em Santa Cruz e fui inserido no minimalismo produtivo de suas linhas, muitas delas orgânicas. Um destes vinhos é o comentado de hoje, o Avondale Rosé 2014.

Este vinho é elaborado com um blend das castas Muscat de Frontignan (86%) e Mourvèdre (14%) oriundas dos vinhedos da região de Paarl, na referida África do Sul.

Sua coloração é um ocre clarinho cor casca de cebola, com nuances rosadas e outras douradas, muito brilhante e límpido. Possui um grande frescor tanto aromático quanto gustativo e o ideal é bebe-lo o mais jovem possível mantendo para sorver desta característica.  Possui aromas florais – rosas em destaque – além do frutado como mamão, pomelo, goiaba, groselha e lichia, e ainda um toque mineral ao seu final. A boca é leve com acidez que pede companhia, muito fresco e com goiaba e mineralidade sendo repetida. Boa persistência e ótima distinção palativa.

Possui 13,5% de graduação alcoólica e o ideal é ser degustado na temperatura de 10 a 12oC.  

Gosto de brincar com a harmonização dos vinhos rosés utilizando além das tradicionais combinações com salmão, crustáceos, canapés também com cortes magros de cordeiro assado, algumas sobremesas cítricas, queijos de massa mole, pizzas que levam legumes e comida tailandesa sem pimenta.  


Você encontra os vinhos da Avondale na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, em Santa Cruz do Sul, fone (51)3711.3665 e site www.weinhaus.com.br 

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA  

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Final de ano repleto de atrações no Vale dos Vinhedos


Ceias de Natal e Reveillon e pacotes completos de hospedagem prometem tranquilidade aliada às comemorações de encerramento do ano.
Ceias de natal e reveillon são as grandes atrações do final de ano no Vale dos Vinhedos. A proposta é a tranquilidade aliada às comemorações de encerramento do ano. Foto: Acervo Hotel Villa Michelon.

As festas de final de ano possuem uma energia contagiante, inundando nossos corações de alegria e satisfação pelo encerramento de um ciclo e de esperança pelo início de um novo ano, de novos projetos, novas realizações.
No Vale dos Vinhedos a magia do natal coincide com a transição da primavera para o verão, quando a expectativa de início da safra toma conta de todos os que aqui vivem e dos visitantes que nos procuram para desfrutar deste momento especial.
Todas estas características se refletem na programação especial de final de ano divulgada hoje pelo Vale dos Vinhedos. Pacotes de hospedagem e ceias de Natal e Reveillon são as grandes atrações para os que buscam se afastar do cotidiano, alternando momentos de festejo com as tradicionais atividades já realizadas no enoturismo no Vale dos Vinhedos. Elas dividem espaço com as primeiras atividades da vindima – colheita da uva, que são lançadas em dezembro.
Esta também é a época de refletir através das manifestações religiosas cultuadas desde a chegada dos primeiros imigrantes italianos. A comunidade do Vale dos Vinhedos ainda realiza encontros de Natal, a noite dos Reis Magos e a partilha, atividades que podem ser desfrutadas também pelos visitantes que buscam a verdadeira imersão em nossa cultura e viver o espírito de Natal em sua essência.
As programações ao ar livre, como piqueniques e caminhadas, se mantém aproveitando o período primavera/verão, quando nossas paisagens são deslumbrantes. Cursos de degustação, harmonização, produtos inspirados no Natal, promoções de espumantes e cardápios baseados no que a estação nos oferece também são opções para aqueles que desejam fugir da rotina no melhor que o Vale dos Vinhedos oferece.
A programação completa pode ser acessada nos seguintes links:
Site do Vale dos Vinhedos: www.valedosvinhedos.com.br
Ou no Facebook, com postagens constantes: www.facebook.com/valedosvinhedos



segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Desarrolhando os concursos de vinho


Serão legítimos? Vale a pena participar? O que se ganha com isso? O consumidor os considera? Eles podem criar tendências de mercado? Esta e mais uma série de perguntas transitam na cabeça de muita gente do mundo do vinho sobre os concursos da bebida de Baco. E neste artigo é possível encontrar uma série de respostas de quem vivencia diretamente tais eventos. Com a palavra enólogos, jornalistas, críticos e produtores.


O mercado de vinhos brasileiro está em expansão, isto é claro. De alguns anos para cá o consumo tem aumentado e as tentativas tanto das vinícolas quanto de importadores de popularizar não o vinho, mas o seu consumo, vem ocorrendo por várias frentes. Uma das oportunidades para impulsionar tal visibilidade e consequente criação do desejo em degustar é pelas vias dos concursos de vinhos.

No Brasil existem vários deles, certamente mais de uma dezena contando os mais expressivos, além de centenas de concursos mundo afora, onde também muitas vinícolas nacionais inscrevem seus rótulos em busca de uma medalha ou troféu. Neste cenário posto se buscou respostas para análise da legitimidade dos mesmos concursos – não do ponto de vista legal ou ético pois parte-se da premissa que todos são idôneos e sérios – mas pela visão de quem dele participa como concorrente ou jurado, na intenção de clarear tal mobilização.


- É importante uma vinícola colocar seus vinhos para participar de concursos e avaliações?

Um concurso bem elaborado e com ampla divulgação midiática pode resultar em ótima oportunidade para as vinícolas divulgarem seus vinhos levando esta premiação até o público consumidor além de ancorar nos concursos um feedback sólido sobre as amostras enviadas aos jurados, podendo alinhar assim e achando necessário a sua rota produtiva. O consumidor inseguro em sua escolha pode ser influenciado por medalhas estampadas nos rótulos de vinhos e espumantes e mesmo ao pesquisar sobre o que comprar, ter tal premiação como decisiva na sua escolha. 


“Eu tenho como foco elaborar vinhos que agradem o consumidor final, não estou muito preocupado com resultados de concursos e premiações”. Márcio Brandelli 


Didú Russo, avaliador, publicitário, consultor e articulista de vinhos, pensa que sim. Segundo ele, a concorrência é muito grande e o desconhecimento do consumidor maior ainda. “Se considerarmos que o consumidor tem à disposição cerca de 22 mil rótulos de vinhos e espumantes, certamente um vinho que ostenta uma premiação lhe passará confiança” atesta. Márcio Brandelli, produtor e sócio da Vinícola Alma Única do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, observa que tudo depende da estratégia de cada vinícola, de como ela quer se posicionar frente a seus clientes, da quantidade produzida, pontos de venda que possui e se essa visibilidade pode fazer a diferença necessária para o negócio.

- O que uma vinícola pode efetivamente ganhar ou perder com essa participação?


“O retorno de uma participação em concurso não pode ser medido objetivamente" comenta o jornalista Irineu Guarnier Filho. E dispara: “quando os vinhos são premiados com medalhas, há ganhos de marketing, pois os produtos recebem um aval de um corpo de degustadores especializados, que pode - ou não - servir de orientação para consumidores iniciantes ou em dúvida sobre o que comprar. Não vejo prejuízo em participar de um concurso. Os valores de inscrição de amostras são, em geral, pequenos em relação ao retorno publicitário gratuito que uma premiação pode proporcionar. E, se não houver prêmios, também não haverá maiores prejuízos, porque os concursos sérios não divulgam os nomes dos vinhos que não obtêm boas notas”. 



“Degustar às cegas - como deve ser em qualquer concurso sério - é uma grande lição de humildade”. Didú Russo


Falando em vinhos com notas ruins, um enólogo que preferiu não se identificar comentou que um ponto negativo da participação em concursos seria voltar com medalha de Bronze que seria pior do que não ganhar nada, pois se não ganhar nada ao menos ninguém ficaria sabendo. Celso Gromowski, gestor comercial da Dunamis Vinhos e Vinhedos, de Dom Pedrito/RS entende que as degustações são realizadas por profissionais sérios e prestigiados, além de serem “às cegas”, ou seja, sem influência de marca. E a avaliação de um grupo de experts no mundo do vinho ajuda a validar os esforços realizados pela vinícola. Uma boa avaliação num concurso pode inclusive servir como trampolim para que os vinhos sejam levados pela divulgação propiciada ao conhecimento de pessoas em diferentes partes do mundo.

- Vinho ganhador de concurso aumenta de preço para o consumidor?

Para alguns produtores concursos ou prêmios não fazem o vinho custar mais caro, pode ajudar a vender, mas não vai conseguir vender se aumentar o preço por causa do reconhecimento. Mas sabemos que há vários e vários exemplos de vinhos tanto nacionais quanto importados que dispararam de preço após terem sido condecorados, não que tal procedimento seja desabonador, pelo contrário, o produtor busca o retorno do seu investimento e busca pela qualidade diferenciada, e, geralmente, assim que a premiação ocorre a procura pelo rótulo aumenta e diminui a oferta, por consequência, o remanescente tem preço revisto. O que – no caso brasileiro – influencia o preço final não é tão somente a margem do produtor, mas a elevada carga de impostos e custos de produção, mas isso é assunto polêmico para outro artigo.



- Por que na maioria das vezes os rótulos de médio preço é que se sagram vencedores?

Jhonatan Marini, enólogo da vinícola Famiglia Valduga, do Vale dos Vinhedos, explica que os produtos Valduga são enviados de acordo com o perfil do concurso e também da disponibilidade dos mesmos no país onde este concurso se realiza. “Os rótulos de médio preço são extremamente competitivos no mercado e é a fatia que compõe a maior parte dos vinhos consumidos no mundo, sendo assim, ter uma medalha nos vinhos e espumantes dessa faixa de preço ajuda a ter uma vantagem competitiva bem percebida pelo consumidor” evidencia.



“Vinhos baratos ou de boa relação custo-benefício existem sempre em maior volume nas vinícolas. Logo, os prêmios surgem como possíveis catalisadores de venda”. Miguel Ângelo Vicente Almeida


Já Gabriela Hermann Pötter, enóloga da premiada Guatambu Estância do Vinho, de Dom Pedrito, acredita que seja porque, em geral, as vinícolas não inscrevem seus vinhos TOP, por considerar a qualidade destes incontestável além do que, geralmente, estes vinhos são feitos de pequenos lotes, de até 2.000 garrafas, não existindo volume significativo para participar de um concurso. Para Márcio Brandelli os degustadores avaliam, às cegas, com maior pontuação, vinhos que estão agradáveis, redondos, aromáticos no momento da prova. “Esses vinhos são menos encorpados e necessitam de um menor tempo de guarda para se tornarem palatáveis”.


- Por que as vinícolas não inscrevem seus vinhos top/premium nos referidos concursos? Seria pelo risco de perderem na avaliação para rótulos mais módicos ou pelo receio destes vinhos serem taxados de muito marketing e pouca qualidade frente aos coirmãos?

Esta pergunta complementa a anterior e é um dos pontos de maior curiosidade por parte do consumidor. Geralmente tais vinhos ícones são encaminhados para avaliações de críticos e não para concursos, pois afinal o crítico irá às cegas ou não avaliar unicamente tal vinho, sem concorrentes, e atribuir-lhe uma nota. Tal publicidade sendo a nota boa é ótima, já se o crítico considerara o vinho apenas mediano, a vinícola inteligentemente omite tal apontamento para não prejudicar a comercialização e o investimento dedicado a sua produção e elaboração.



“A Guatambu teve um de seus vinhos premiados em 2014 e notamos um aumento em vendas deste rótulo em mais de 70%, além da grande mídia espontânea gerada, sobretudo na imprensa de Rio e SP”. Gabriela Hermann Pötter



Miguel Ângelo Vicente Almeida, enólogo da gigante Miolo Wine Group com sede também no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves, reconhecido por seu trabalho visceral e de entrega a cada vindima e zelo por tais “filhos” concebidos por esta percebe que os vinhos superiores icônicos são normalmente vinhos de quantidade escassa que sempre expressam condições naturais muito singulares e motivações de elaboração muito pessoais, “são sempre vinhos intimistas, introspectivos que não gostam de grandes públicos”.      

Tal opinião também é seguida pela análise de Irineu Guarnier que considera interessante este fenômeno, pois os vinhos medianos têm sido muito bem avaliados em concursos internacionais. “Talvez isso ocorra porque a vinícola esteja mais interessada em obter reconhecimento para seus vinhos de público mais amplo, e inscreva um número maior de amostras desta linha. Ou porque pode ser muito mais interessante, do ponto de vista do marketing, ganhar uma medalha de ouro com um vinho médio do que uma medalha de prata com um rótulo de alta gama” diz.



- Todos os concursos realizados no Brasil são sérios e imparciais?

Praticamente todos os concursos divulgados amplamente pela mídia especializada e atestados pelas vinícolas se encaixam nestas premissas.  Segundo enólogos ligados a ABE (Associação Brasileira de Enologia) não somente no Brasil, mas todos os concursos realizados no mundo e confiáveis são os chancelados pela OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho), coisa que no Brasil somente a ABE pode realizar, visto que a OIV somente realiza concurso em parceria com entidades ligada a Enologia pelo mundo. 



“Tem que haver critérios técnicos e idôneos para respaldar os resultados e validando os mesmos. Comparando produto A com A e não produto A com B”. Celso Gromowski


Existem outros no Brasil e dezenas em vários países que são comerciais, ou seja, quanto mais vinho se inscreve no concurso mais chances e medalhas se terá, pois estes organizadores vivem dos concursos. A OIV e ABE não visam lucro. Participante como jurado de diversos concursos Didú Russo sente-se a vontade para responder que não conhece todos. “Mas fica fácil saber se se conhece as regras. Os jurados têm que ter traquejo; as amostras têm que ser desconhecidas dos jurados; as fichas devem seguir padrões internacionais reconhecidos e os organizadores precisam também ter uma história de seriedade”. A Valduga por exemplo, somente participa de concursos que possuem a chancela de órgãos e entidade de credibilidade e reconhecimento internacional, independentemente de serem realizados no Brasil ou não.

- Você é a favor ou contra inscrever vinhos e espumantes para concursos e avaliações?


As opiniões de nossos entrevistados foram quase unânimes neste sentido,não havendo nenhuma resposta contrária. Gabriela Hermann Pötter, Márcio Brandelli, Irineu Guarnier Filho, Celso Gromowski , Jhonatan Marini manifestaram-se a favor. Já Didú Russo pondera dizendo que depende muito do posicionamento do produto. Para ele o mercado brasileiro engatinha e há duas centenas de experts, encastelados e tomadores de grandes marcas. Depois há uns 200 mil consumidores que querem saber, estudam, perguntam, participam de eventos, estão ligados em pontuações e prestígio de marcas. Mas o volume mesmo não vem deles, mas dos cerca de 10 milhões de consumidores de vinho no Brasil que bebem em média 1 ou 2 garrafas por mês da bebida e não é capaz de citar cinco castas de uva. “Acho que se o produto pretende atingir este último público, deveria investir em concursos” atesta. Miguel Ângelo alerta afirmando que um júri competente em todas as mesas valoriza o resultado do concurso. Concursos e avaliações revertidos em premiações são ferramentas publicitárias/comerciais. “Atualmente, revimos toda a nossa participação em concursos e avaliações e reduzimos substancialmente esta. Hoje as nossas premiações revertem mais para o fortalecimento da marca Miolo, do que para o aumento da venda. Pode ser um lugar comum, mas não deixa de ser a nossa verdade: a grande medalha do Grupo Miolo é a satisfação diária, constante e consistente, dos nossos clientes e/ou consumidores”.



“A avaliação de um grupo de experts no mundo do vinho ajuda a validar os esforços realizados pela vinícola”. Jhonatan Marini


Russo enxerga uma oportunidade ímpar como apreciador e avaliador de vinhos que é, o espaço  um superconcurso de vinhos que no seu formato e estruturação comparasse as amostras, que tivesse categorias bem marcadas, que contemplasse vinhos orgânicos e biodinâmicos, que valorizasse as regiões produtivas brasileiras, que possuísse um especial time de avaliadores  mas que também entre estes, pudessem estar um grupo de consumidores comuns (não especialistas), trazendo para a avaliação o gosto comum, amador, em contraponto ao especialista.  



“Concurso é uma referência apenas, não uma sentença definitiva sobre um vinho. Cada consumidor deve beber o que mais gosta, independentemente de pontos ou medalhas”. Irineu Guarnier Filho



É possível observar que os concursos de vinhos são importantes para as vinícolas poderem levar seus produtos ao consumidor com a chancela de especialistas do setor, atribuídas pelas avaliações debruçadas sobre as amostras escritas. E que tais carimbos atestadores de qualidade são impulsionadores aos movimentos de estoque nas gôndolas dos supermercados, distribuidores e demais pontos de venda. Inscreve-se amostras com o fim de ou para a vinícola ter o feedback dos jurados sobre seu rótulo bem mais barato do que uma consultoria, apenas par balizar a qualidade e aparar possíveis arestas produtivas ou para efetivamente buscar um incremento comercial, um canal de comunicação, um impulsionador de marketing a seus produtos, trazendo-lhes – se medalhistas – visibilidade e desta forma agregando valor, desejo e fortalecendo a marca, e claro, o caixa.      


*fotos: Emerson Haas e Divulgação EG

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O palmito grelhado!


Conhecemos o palmito principalmente em conserva, mas ele in natura e grelhado não tem igual!

O palmito é a parte comestível do caule da palmeira, árvore originária das regiões de clima tropical, também chamado de coração da palmeira. Tem cor branca quase marfim, de textura delicada e sensível, às vezes um pouco fibrosa. Entre as várias formas de preparo, a mais conhecida é a conserva, mas a sua utilidade é ampla podendo ser utilizado em estado natural, assado, cozido, salteado ou frito. Dentre as várias espécies, uma das mais consumidas é o palmito pupunha, pois além de muito saboroso e levemente adocicado é ecologicamente correto, pois é de fácil renovação e amplamente cultivado na região sul e sudeste. A pupunheira cresce de maneira acelerada e apresenta brotos que facilitam sua reposição atingindo o estágio ideal para extração de palmito em cerca de 18 a 24 meses e, mesmo após cortes sucessivos, ela brota no mesmo lugar durante anos. A produção brasileira de palmito é uma das maiores do mundo sendo também grande exportador. Quando for preparado cru deve-se ter cuidado para consumi-lo no máximo em três dias, pois se deteriora muito rapidamente. O palmito que preparei encomendei na feira junto a um dos produtores. A seguir uma receita que prima pela simplicidade e sabor: o palmito grelhado!      


Ingredientes:
(para 4 pessoas)

Tora de palmito de cerca de 80 cm in natura e com casca
Papel laminado
Azeite de oliva
Orégano
Pimenta branca moída
Sal

Preparo:

Cortar a tora de palmito em pedaços em torno de 20 cm. Embrulhar cada pedaço de palmito em papel laminado e acomodar em uma grelha. Levar para a brasa na churrasqueira a meia altura, deixando cerca de 30 minutos de cada lado. Após retirar o papel alumínio e deixar assar pelo mesmo período de tempo, virando vez em quando. Retirar do fogo e fazer um corte com faca no sentido do comprimento para abrir a casca. Com um garfo ou com a mão abrir o palmito deixando o miolo comestível à mostra. Misturar o azeite de oliva, o sal, a pimenta e o orégano em uma vasilha e em seguida regar o palmito para dar gosto. Servir quente na própria casca. Ideal para servir como entrada ou acompanhamento de pratos à base de carne assada.  

        


quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Prosit! - Leopoldina Witbier: à moda italiana



Chegando o calor nada melhor que uma boa cerveja para matar a sede. O tradicional estilo belga, Witbier, tem como forte característica sua refrescância, sendo muito consumido no verão. 

Utiliza elementos típicos de cada região, sendo alguns de seus mais famosos o coentro e a casca de laranja. A Cervejaria Leopoldina optou por substituir a casca de laranja pelo limão siciliano, mantendo assim a refrescância do estilo. 

O resultado foi uma cerveja de coloração amarelo pálido, com leve aroma de limão e especiarias. No gosto tem equilíbrio entre seus temperos, não se tornando enjoativa. 

Vai muito bem com massa ao molho pesto, frutos do mar, salada verde e pizza margherita.

Possui 4% de graduação alcoólica.

Prosit!

E lembre-se: se beber, não dirija!


*artigo de Matheus Müller



Você encontra esta e dezenas de rótulos de cervejas especiais além de cortes de carne premium das raças Angus e Hereford, complementos, molhos, geleias e especiarias na Best Beef Boutique, na Rua Marechal Deodoro 05, fone 51.3902-0630, em Santa Cruz do Sul. Confira!

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Concurso Decanter Asia Wine Awards 2016 premia Vinícola Aurora


A Vinícola Aurora foi a única brasileira premiada no Decanter Asia Wine Awards 2016, concurso realizado sob a chancela da maior publicação especializada do mundo, a britânica Decanter. O espumante Aurora Moscatel conquistou medalha de prata ao atingir 90 pontos.

A medalha chega ao mesmo tempo em que a vinícola realiza novo embarque para a Ásia: 100 mil garrafas, entre elas o premiado espumante Aurora Moscatel, para China e Taiwan. Esse embarque e o reconhecimento obtido no concurso de vinhos mais importante do continente, aquecem ainda mais os planos da empresa de aumentar suas vendas para o mercado asiático, responsável por 25% das exportações da vinícola em 2015. 



Com os embarques de outubro, a Aurora totaliza 150 mil garrafas enviadas para a Ásia em 2016. Entre os produtos exportados, além do Aurora Moscatel, estão vinhos tintos e brancos das linhas Aurora Varietal e Aurora Reserva, toda a linha Brazilian Soul (marca de exportação da vinícola), e espumantes e vinhos das marcas Conde de Foucauld, Saint Germain e Clos de Nobles. A Vinícola Aurora está presente em seis países asiáticos: além de China e Taiwan, exporta para Japão, Coreia do Sul, Singapura e Hong Kong.

Cooperativa Vinícola Aurora
Visite o site: www.vinicolaaurora.com.br

SAC: 0800 701 4555

domingo, 6 de novembro de 2016

San Polo Governo IGT 2014 - "Si hay Governo, soy a favor”.

Os vinhos da Toscana são primorosos! Frescos, complexos, equilibrados e saborosos, tal região italiana agrada com seus produtos já no primeiro gole. 

Um dos vinhos por lá produzidos pela vinícola boutique San Polo (do grupo Allegrini) de apenas 16 hectares de vinhedos é o San Polo Governo 2014, com uvas vindas das colinas da zona de Pisa, de terrenos rasos, calcáreos e pedregosos. Este vinho elaborado com as uvas Sangiovese, Canaiolo Nero e Merlot, leva em sua composição uvas desidratadas (da casta Sangiovese) misturadas com uvas frescas trazendo um resultado ousado unindo a maciez e doçura da uva passa com os taninos e acidez da fresca.

Sua coloração exibe um vermelho rubi intenso com nuances violetas. Traz um ataque aromático expressivo, com muita concentração de polpa de fruta vermelha madura em compota, especiarias doces, leve violeta e toque tostado. A boca é volumosa e densa, com muita fruta madura, acidez e álcool integrados, taninos redondos e suaves. Ótimo corpo e final de boca amplo e persistente.

O vinho descansa cerca de 15 meses em barricas de carvalho francês de segundo uso.

Combina com pratos de sabor intenso, como massas e risotos com ingredientes e molhos condimentados, vai muito bem com carnes vermelhas tanto assadas quanto cozidas, carnes de caça, também com molhos com bases adocicadas, queijos azuis roquefort e gorgonzola.

Possui 14% de graduação alcoólica e o ideal é ser servido na temperatura entre 16 a 18°C

Você encontra os vinhos San Polo na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711.3665 e site www.weinhaus.com.br


E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!