quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O Barreado de Morretes


 O prato típico do Paraná é servido com rituais pelo Restaurante Serra Verde Express. 
 
Quem nunca saboreou um bom Barreado não pode afirmar que conhece verdadeiramente o Paraná. O prato, genuinamente paranaense, faz parte das mais fiéis tradições do Estado e é um dos grandes orgulhos de quem nasceu na região.

A cidade de Morretes conserva os ares do início do século passado

A cidade de Morretes, no Litoral do Paraná, é um dos lugares mais indicados para apreciar esse prato. No Restaurante Serra Verde Express, além de degustá-lo com todos os seus melhores predicados, o cliente é “mimado” pela equipe de garçons, que servem e ensinam como dispor cada item no prato, fazendo a diferença na hora de saborear a iguaria. O prato é composto por carne guisada e um caldo bastante temperado, servido com farinha de mandioca e banana. Tudo misturado de forma harmoniosa, mexendo os ingredientes num movimento sempre de baixo para cima, quase como uma coreografia. Depois disso, é só se entregar ao prazer do paladar e, certamente, repetir a dose.

Histórias e versões sobre a origem do Barreado

Existem algumas versões para a origem da receita, uma delas conta que o prato seria uma invenção dos portugueses que habitaram o litoral paranaense por volta do no século XVIII. Outros afirmam que a iguaria era servida aos caboclos que iam às vilas levar produtos da lavoura.

Tempos depois, o Barreado foi adotado como prato do período carnavalesco, tanto por suas propriedades energéticas, como pelo fato dele poder ser preparado de antemão e permanecer saboroso durante toda festa. Isso porque, uma das suas características mais marcantes é manter o sabor, mesmo quando requentado, graças ao seu cozimento feito em panela de barro e ao caldo grosso, que mantém o sabor da carne.

A simplicidade na preparação do prato garantiu que a receita fosse mantida com os mesmos ingredientes e características desde seu surgimento.

O bom Barreado não pode cair do prato quando virado
 
Viagem de trem até Morretes é parte essencial do passeio

A viagem até a cidade de Morretes é um dos passeios mais populares por quem visita o Paraná. Além de provar o prato mais tradicional da gastronomia paranaense, no trajeto entre Curitiba e a charmosa cidade, encravada entre morros, o turista pode conhecer parte da história do Estado e se encantar com a beleza da Floresta das Araucárias e da Mata Atlântica. A bordo do trem turístico da Serra Verde Express, o passageiro desfruta de momentos únicos de beleza pela Serra do Mar da região. São túneis, pontes, cânions e trechos de natureza praticamente intocada. Um verdadeiro presente aos sentidos. Acompanhe a receita do Barreado!
 

Ingredientes;
(para 16 pessoas)

5 quilos de carne magra sem osso (peito ou músculo)

500 gramas de toucinho ou bacon fatiado;

1 quilo de cebolas de tamanho médio , sem cascas, cortadas em quatro pedaços;

3 folhas de salsão ou aipo picadas;

3 pés de alho-porro picados;

1 colher de sopa de cominho em pó;

1 colher de sopa de orégano em pó;

3 maços de cheiro verde picados;

5  folhas de louro;

5 colheres de sopa sal;

1 colher de sopa de pimenta-do-reino, mais ou menos;

1 cabeça de alho descascada e moída;

4 colheres de sopa de vinagre de vinho;

3 folhas verdes e pequenas de bananeira para sobrepor ao conteúdo da panela;

2 quilos de farinha de mandioca fina para o lacre e para a mesa;

3 quilos de banana-caturra maduras e frescas;

1 vidro de pimenta malagueta para a mesa.

Preparo:

Comece a preparar o barreado na tarde do dia anterior. Limpe a carne, corte em cubos com 3 centímetros, coloque em uma tigela, tempere com cominho, pimenta do reino, sal, vinagre e reserve. Em outra tigela, junte tomates, cebolas, alho, salsa, cebolinha, louro e misture bem. Em um caldeirão de barro ou uma panela grande com tampa bem fechada, coloque camadas alternadas de carne, tempero, toucinho, tempero, carne, tempero, toucinho, tempero e assim por diante. Acrescente a água, vede a panela com a massa feita com a farinha e água e deixe descansar por 1 a 2 horas. Leve a panela ao fogo brando, cozinhe por cerca de 4 horas (se durante o cozimento escapar vapor por alguma fresta, use mais um pouco da massa para refazer a vedação), tire do fogo e deixe a panela fechada durante a noite. No dia seguinte, remova a massa da tampa com ajuda de uma faca, leve a panela ao fogo somente para aquecer e, enquanto isto, com uma concha, amasse um pouco a carne antes de servir.

Sobre a Serra Verde Express
 
Locomotiva de padrão luxo leva cerca de 3 horas para fazer o percurso entre as duas cidades  

 
Lindo passeio nas montanhas
 
 
A paisagem na ferrovia Morretes - Curitiba é bucólica

 
O teatro a bordo conta a história de um crime passional ocorrido dentro do trem
 
 
A Serra Verde Express foi criada em 1997 para administrar os trens turísticos do Paraná, que operam entre as cidades de Curitiba, Morretes e Paranaguá. Em pouco mais de uma década de trabalho, a empresa incrementou o turismo ferroviário no Paraná e fez do Estado referência no setor nacional e internacional, pois atrai anualmente uma média de pouco mais de 150 mil pessoas, ante uma demanda de apenas 50 mil quando assumiu a ação. Em 2009, a empresa foi convidada pelo Governo do Mato Grosso do Sul a operar o Trem do Pantanal. Em 2010, a Serra Verde Express passou a operar também o Trem das Montanhas Capixabas, no Espírito Santo. Para garantir a satisfação dos visitantes, a empresa, que pertence ao Grupo de Serviços Higi Serv, investe periodicamente em melhorias, treinamentos de funcionários e na preservação do meio ambiente.


Mais informaçõeswww.serraverdeexpress.com.br.

Você encontra cortes nobres bovinos para preparo do Barreado na Best Beef Boutique, na Rua Marechal Deodoro 05, fone 51.3902-0630 em Santa Cruz do Sul.



quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Vinícola Larentis oferece colheita noturna no Vale dos Vinhedos


Capitaneada pelo criativo enólogo André Larentis, a programação propicia ao turista um contato diferente e inusitado na Vindima. 
 
 
Tendo a lua como testemunha e o silêncio da noite como companhia, um grupo de 25 pessoas terá o privilégio de participar da Colheita Noturna na Vinhos Larentis, no Vale dos Vinhedos. Se de dia já é emocionante, imagine de noite. A atração, lançada na vindima de 2013, faz parte das atrações da vinícola, que vem apostando no enoturismo, oportunizando aos visitantes viver experiências únicas e inesquecíveis no cotidiano da Família Larentis. A Colheita Noturna está programada para o dia 15 de fevereiro e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail larentis@larentis.com.br ou pelo telefone (54) 3453.6469.

Os participantes são recepcionados às 18h com uma taça de espumante Larentis. Guiado pelo enólogo da família, André Larentis, o programa inicia com visita à vinícola, seguida por uma degustação de vinhos que inclui o ícone Mérito, um corte de quatro variedades: Merlot, Cabernet Sauvignon, Ancellotta e Marselan. O vinho, que não está mais disponível para comercialização, vem da reserva da família. Depois de receber instruções, todos seguem para a grande experiência de colher uvas ao anoitecer.

E quando a noite chega, todos acionam as lanternas fixadas em suas cabeças, iluminando os cachos que vão originar o vinho da Colheita Noturna de 2014. Cada participante ganhará uma garrafa deste vinho, além de poder adquirir mais unidades, disponibilizadas exclusivamente para quem fez parte deste momento. A noite reserva, ainda, um jantar com tábua de frios e um prato quente italiano, harmonizado com vinhos e espumantes Larentis. O valor por pessoa é de R$ 90. As vagas são limitadas.

Outras atrações enoturísticas:

Além da Colheita Noturna, a vinícola também oferece o Piquenique nos Vinhedos, atração que pode ser vivida em qualquer estação do ano com horário definido pelo próprio visitante. Namorados, grupo de amigos e famílias têm aproveitado a experiência para celebrar a vida. Outro atrativo da Larentis, porém realizado no inverno, é “Um dia de poda na Larentis”.

 
SERVIÇO

O que? Colheita Noturna

Onde? Vinhos Larentis, Vale dos Vinhedos

Quando? 12 de fevereiro de 2014

Horário: a partir das 18h

Valor: R$ 90 por pessoa

 
Programação:

Recepção com taça de espumante Larentis, visita à vinícola, degustação de vinhos, colheita noturna e jantar com tábua de frios e prato quente italiano regado a vinhos e espumantes Larentis.

Inscrições: larentis@larentis.com.br ou (54) 3453.6469.
 
*fotos de Cristiane Moro / Conceitocom Brasil

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Equilíbrio Tannat Merlot 2011


Provei o vinho uruguaio da região de Canelones, Equilíbrio Tannat Merlot 2011, com ar de desconfiança, afinal, 15,9% de álcool não seria um cartão de visitas tão promissor. Logo no ataque inicial as boas surpresas iniciaram a aparecer. Apresentou cor rubi profundo, turvo, quase negro. As lágrimas eram gordas e lentas. Os aromas postaram-se muito frutados (cerejas maduras, framboesas, mirtilo) mas também carregado de um toque mineral, suor, couro e violetas.
 
Em boca o amargor sutil mas presente, frutas negras, chocolate e com final salgado. Taninos macios e agradáveis e final com ampla persistência. Um vinho que justifica o nome, equilibrado e harmonioso. Mesmo com 15,9% álcool sutil e um fato muito interessante : o vinho tornou-se "quente" e alcoólico ao final, com um ataque bem forte ao paladar.
 
Foram elaborados apenas 9.800 garrafas e seu produtor é a Bodega Almacen Los Nadies.
 
Tal vinho foi um presente do amigo e embaixador do vinho uruguaio, o jornalista Daniel Arraspide.
 
Harmonizei com assado de tira e entrecôte grelhado, perfeito!
 
O ideal é servi-lo na temperatura de 18oC.
 
Você encontra vinhos uruguaios na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Rua João Pessoa 895, em Santa Cruz do Sul, fone 51.3711.3665 e site www.weinhaus.com.br 
E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!         
 
  

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Instituto R. Dal Pizzol se prepara para a quarta colheita simbólica no Vinhedo do Mundo


Coleção soma 401 variedades, sendo 295 em campo. Em 2016, quando outras 106 estiverem produzindo o Vinhedo do Mundo passará a ser a segunda maior coleção privada em campo do mundo




Uma coleção, centenas de uvas, um vinho. O Vinhedo do Mundo, no Ecomuseu da Cultura do Vinho, na Rota Cantinas Históricas, em Faria Lemos (Bento Gonçalves/RS), se prepara para sua quarta colheita simbólica, que será realizada dia 8 de fevereiro. Neste dia, um seleto grupo de convidados, entre políticos, autoridades, empresários e jornalistas, viverá essa experiência, restrita aos escolhidos. Já são 401 variedades de 30 países dos cinco continentes, sendo 164 em plena produção, 131 de primeira colheita em 2015 e 106 produzindo em 2016, estas de origem caucásica.

O evento celebra a cultura do vinho e a solidariedade entre as nações, representadas pelas centenas de variedades de uvas do planeta. Primeiro nas Américas, o Vinhedo do Mundo promete se tornar um dos ícones da civilização do vinho no Brasil. O objetivo é cultivar as variedades em pequeno espaço (0,7 hectare), cuja colheita tornou-se, a partir de 2012, um ritual cultural do Instituto R. Dal Pizzol, entidade sem fins lucrativos que se destina a propagar e enaltecer as tradições e o patrimônio da cultura do vinho.
 

Compondo a série de atrativos culturais do Ecomuseu do Vinho, o Vinhedo do Mundo está acessível a aficionados, estudiosos e interessados, de segunda à sexta-feira, das 9h às 11h40min e das 13h30min às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h30min.

O acompanhamento e avaliação das potencialidades enológicas das uvas é feito através de um programa de vinificação desenvolvido junto com a Embrapa Uva e Vinho. O manejo das videiras é executado por engenheiros agrônomos da Dal Pizzol Vinhos Finos. A colheita simbólica integra a programação do 5º Bento em Vindima, da Secretaria de Turismo de Bento Gonçalves.

Vinum Mundi 2013


O momento também será marcado pela apresentação do Vinum Mundi 2013, resultado da vinificação de uma centena de variedades de uvas de 16 países colhidas no ano anterior no Vinhedo do Mundo. Não se trata de um vinho comercial (não vendido), pelo contrário, a intenção é cultural, expressando e simbolizando a solidariedade dos povos e sua cultura.

Cada participante da colheita simbólica receberá uma garrafa do Vinum Mundi 2013, também servido para harmonizar o almoço. Este é o terceiro ano que o vinho é elaborado com as uvas colhidas e produzidas no vinhedo. O primeiro foi o Vinum Mundi 2011, apresentado na segunda colheita simbólica realizada em 11 de fevereiro de 2012. O segundo foi o Vinum Mundi 2012, apresentado na terceira colheita simbólica em 3 de fevereiro de 2013. O terceiro será apresentado no dia 08 de fevereiro de 2014, obtido da uva colhida em 2013.

Na colheita de 2013, três artistas de Bento Gonçalves: Eliane Averbuck, Aido Dal Mas e Sônia Bervian Possamai, acompanharam o evento, inspirando-se ao vivo, no que o vinho desperta na arte de cada pintor. A novidade deste ano é que uma das obras escolhidas será utilizada como rótulo do Vinum Mundi 2013. A cada ano uma nova obra dos outros dois artistas será aproveitada. É a união de duas artes que andam juntas em torno da cultura do vinho.

Além de atrativo turístico e fonte de estudo, o projeto também tem a missão de gerar um vinho para fins beneficentes. “O Vinhedo do Mundo é um símbolo e uma mensagem de solidariedade humana que só a cultura do vinho e suas implicações filosóficas são capazes de expressar. A cultura do vinho não se limita apenas ao que está dentro da taça”, afirma Rinaldo Dal Pizzol, presidente do Instituto e responsável pelo projeto. O enólogo da Dal Pizzol, Dirceu Scottá, eleito Enólogo do Ano 2012, relata que “elaborar o Vinum Mundi é, talvez, um dos projetos mais desafiadores de sua carreira, devido a todas as variáveis impostas neste tipo de vinificação e neste grande assemblage”.


O Vinhedo do Mundo

Referência cultural para a região vitivinícola;

Fonte de observação e avaliações agronômicas e enológicas;

Satisfação de curiosidades;

Objetivo de interesse para aficionados do vinho;

Aprendizado e esclarecimento para apreciadores;

Fonte de estudo para escolas, professores e alunos das áreas pertinentes;

Atrativo turístico;

Ferramenta de Marketing e relacionamento;

Prestígio para o setor e o Município;

Gerar um vinho para fins beneficentes;

Desenvolver o espírito de fraternidade entre os povos e contribuir para o movimento internacional em prol do reconhecimento da Cultura do Vinho como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

 

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Picanha na Panela de Pressão com Carvão


Esta quando me falaram eu duvidei, mas confesso que tive que dar o braço a torcer! Preparar carne assada em panela de pressão utilizando carvão para isso soa um tanto incomum mas traz um resultado surpreendente além da facilidade do preparo.

Acompanhe a receita da Picanha na Panela de Pressão com Carvão:

 
Ingredientes:

1 kg de picanha

700g de carvão

Papel alumínio quanto baste

Sal grosso a gosto

 
Preparo:

Deixar a picanha descansar em temperatura ambiente por cerca de uma hora. Passar sal grosso na picanha e reservar. Abri o papel alumínio e colocar o carvão, embrulhando bem pois o carvão não pode aparecer. Colocar no fundo da panela de pressão o papel alumínio com o carvão. Colocar a picanha em cima do papel alumínio cuidando para evitar contato com a panela. Tampar a panela de pressão e deixar em fogo baixo, quando começar a chiar, marcar 20 minutos e desligar o fogo, deixando a panela fechada até ela perder pressão.


 
Dicas:

- Podem ser usadas ervas frescas para aromatizar a carne, acomodadas junto com o carvão.

- O preparo pode ser feito com outros tipos de carne, como costela, maminha, frango, etc.

- Após fazer um churrasco, resfrie a panela para repetir outro churrasco.
 


 
Você encontra cortes nobres bovinos na Best Beef Boutique, na Rua Marechal Deodoro 05, fone 51.3902-0630 em Santa Cruz do Sul.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Lançamento dos rótulos de 2014 já começou na Guatambu


Vinho da Estância Branco 2013 e Rastros do Pampa Cabernet Sauvignon foram produzidos 100% nas instalações da vinícola, em Dom Pedrito – RS

A Guatambu Estância do Vinho, de Dom Pedrito, RS, lança no mês de janeiro dois novos rótulos: o Vinho da Estância Branco 2013 e o Rastros do Pampa Cabernet Sauvignon 2012. Os dois vinhos foram produzidos 100% nas modernas instalações da vinícola.



A união das castas Chardonnay, Gewürztraminer e Sauvignon Blanc, da safra 2013, resultou em um vinho surpreendente pelo frescor e complexidade aromática. Chamado Vinho da Estância Branco, o produto apresenta a moderna “Screwcap”, conhecida como “tampa-rosca”, que substitui o uso da rolha, uma tendência irreversível sobretudo para vinhos brancos jovens, como é o caso deste rótulo da Guatambu, devido a praticidade, higiene e conservação das qualidades intrínsecas do produto.

As uvas foram colhidas manualmente nos vinhedos da Guatambu e após ficaram 24 horas em câmara fria. Na sequência, foram prensadas inteiras na Prensa Pneumática Inertys. A fermentação teve temperatura controlada para no máximo 16°C. Apresentando excelente equilíbrio entre álcool (12% do volume) e acidez (91,73meq/L), o Vinho da Estância é muito agradável para ser consumido a qualquer momento. É ideal para harmonizar com entradas, como canapés, peixes, massas e risotos.

 
Outra novidade para este ano é o vinho Rastros do Pampa Cabernet Sauvignon safra 2012, destaque na Avaliação Nacional dos Vinhos, sendo classificado entre os 16 melhores vinhos daquele ano, entre tintos, brancos e espumantes. O Rastros do Pampa Cabernet Sauvignon marcou a trajetória da vinícola desde o lançamento da sua primeira safra, a 2008, quando arrebatou vários prêmios, assim como nas consecutivas safras.

Vindo do bioma Pampa Gaúcho, na região da Campanha, município de Dom Pedrito, é marcado por um terroir com mais de 2.300 horas de luminosidade durante o período vegetativo da videira e escassez de chuvas no verão, garantindo a maturação fenólica das uvas. As mudas Cabernet Sauvignon foram importadas da Itália, e são do clone VCR R5. O vinho é assinado pela enóloga Gabriela H. Pötter, uma das proprietárias da Guatambu, juntamente com o enólogo uruguaio Javier Gonzales e a consultoria de Alejandro Cardozo.

Em lote limitado de 6.500 garrafas numeradas, o vinho foi elaborado com maceração pré-fermentativa a frio por oito dias e maceração pós-fermentativa por 15 dias, e envelheceu em barricas de carvalho francês por três meses.

Apresenta coloração rubi intenso, vivo, com reflexos violáceos. Aroma de boa intensidade, com sutis notas de amora, eucalipto/mentol, cassis, pimenta preta, chocolate, cravo da índia, tostado e café. O paladar tem uma acidez pronunciada, marcante, é agradável e de média estrutura. Os taninos são firmes, marcantes, revelando um bom potencial de envelhecimento. O gosto é agradável, com retrogosto persistente. É perfeito para acompanhar carnes vermelhas, frangos grelhados, animais de caça, massas com molhos e queijos fortes.

Os rótulos estão à venda na loja da vinícola e chegam às lojas até o final do mês, pelo valor de aproximadamente R$ 40,00 (Rastros do Pampa Cabernet Sauvignon) e R$ 23,00 (Vinho da Estância Branco).

Sobre a Guatambu

A Guatambu Estância do Vinho é uma vinícola boutique de Dom Pedrito, RS. Seu trabalho é realizado através de administração familiar, em pequena escala, somente com uvas próprias, lotes limitados e garrafas numeradas desde 2003. Mais informações, acesse o site:http://www.guatambuvinhos.com.br/

 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Vindima do Vale dos Vinhedos na Serra Gaúcha espera 70 mil turistas

 

Colheita da uva responde pelo segundo maior fluxo de visitantes do ano. Em 2013, o Vale dos Vinhedos recebeu 283 mil turistas, sendo 60 mil só no primeiro trimestre do ano
 

 
O período da Vindima no Vale dos Vinhedos é a segunda melhor época do ano para o enoturismo. Entre os meses de janeiro a março, quando ocorre a colheita da uva, milhares de turistas de todas as regiões brasileiras, inclusive do exterior, são aguardados pelos empreendedores da uva e do vinho que apostam em atrativos diferenciados para o período. A estimativa é de que mais de 70 mil visitantes passem pelo roteiro até o final da vindima, que abre oficialmente dia 1º de fevereiro com um evento que celebra a colheita e pisa das uvas, bênção dos vinhedos e um autêntico filó italiano com jogos típicos, produtos coloniais e cantoria.

Embalado pelos prazeres e experiências que o mundo do mundo proporciona, o número anual de visitantes no Vale dos Vinhedos não para de crescer. Em 2001, quando a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale) começou a registrar o volume, o fluxo no roteiro era de 45 mil turistas. Em 2013, este número foi de 283.240 turistas, um aumento de 529%. Se comparado a 2012, o incremento foi de 14%, índice que vem crescendo ano a ano. A expectativa para este ano é de um crescimento de 10% a 15%.

Além do inverno, a vindima também tem um forte apelo para atrair os visitantes ao Vale. Apostando na colheita da uva, os empreendimentos lançam atrativos diferenciados que permitem ao turista viver experiências diversas em torno da cultura do vinho. “Quem visita o Vale dos Vinhedos em qualquer época do ano se encanta com a paisagem do lugar, a qualidade de nossos vinhos e espumantes e da gastronomia, a exclusividade de nossos hoteis e pousadas, mas é na vindima que a alegria toma conta”, destaca o presidente da Aprovale, Juarez Valduga.

 
Abertura da Vindima
 

 
A Vindima no Vale dos Vinhedos será aberta oficialmente no dia 1º de fevereiro em um evento que reúne comunidade, soberanas, autoridades e turistas. Juntos, eles participam da colheita e pisa das uvas no Parreiral Modelo, seguindo para a celebração religiosa e o filó italiano com degustação de vinhos e espumantes de vinícolas do Vale. O evento, promovido pelo Hotel Villa Michelon com o apoio da Aprovale, inicia às 18h, no Parreiral Modelo no entorno do hotel. A partir das 19h, no Salão da Comunidade do 8 da Graciema, acontece a bênção seguida pelo filó. O valor do ingresso é R$ 35 e pode ser adquirido no hotel. Informações pelo telefone 54 2102.1800.

A partir daí, a programação é intensa, recheada de atrativos em vinícolas, restaurantes, hotéis, pousadas e cafés. O turista pode optar em participar de um dia de colheita com pisa das uvas, do colazione (típico café da manhã), curso de degustação de vinhos, almoços e jantares harmonizados com cardápios especiais, sabrage, visitas guiadas, piquenique nos vinhedos, chá da tarde.

Confira a programação completa no link abaixo ou no site www.valedosvinhedos.com.br.

 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Livro Os Banquetes do Imperador traz coleção de cardápios de D. Pedro II

 

Livro resgata a formação da gastronomia sofisticada no Brasil por meio de menus personalizados, confeccionados artisticamente no século 19

 

Guardada por mais de um século pela Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, parte da coleção de menus de D. Pedro II será divulgada agora em Os Banquetes de Imperador – Receitas e historiografia da gastronomia no Brasil do século XIX, obra literária de autoria dos chefs Francisco Lellis e André Boccato. Durante três anos, os dois pesquisadores analisaram a Coleção Thereza Christina, composta por mais de mil cardápios coletados pelo último imperador do Brasil. Destes, os autores selecionaram 130 peças, escolhidas devido à beleza gráfica, à importância gastronômica dos pratos ou, ainda, pelo registro de viagens. Como resultado, a publicação resgata a raiz da formação da gastronomia no Brasil, contextualizando o leitor sobre a existência da culinária sofisticada no século 19, tanto na França como em outras partes do mundo. Destaca, ainda, o mérito das artes gráficas e do design na Belle Èpoque no embelezamento dos menus e na divulgação de produtos brasileiros no exterior. O livro foi escolhido como Melhor Livro de História e Gastronomia no Prêmio Gourmand Brasil e concorrerá na mesma categoria no Mundial que acontece esse ano em Pequim.

 No capítulo introdutório, os autores traçam o cenário histórico do Brasil na época de D.Pedro II, no qual descrevem os hábitos do imperador e das pessoas próximas a ele. Comentam também sobre os cardápios impressos que eram usados como propaganda oficial do governo brasileiro na Europa para incentivar o consumo de mate e café.

Na sequência, Boccato e Lellis explicam a origem da palavra cardápio e apresentam diversos menus, classificados por temas distintos: nos navios, no exterior e no Brasil. Escritos em sua grande maioria em francês - língua oficial da gastronomia do século 19 - estes cardápios proporcionam uma visão inédita do nascimento da gastronomia nacional ao mostrarem as primeiras referências históricas de alguns pratos como, por exemplo, o Churrasco do Rio Grande, ou o vatapá, como prato comum da época.

Os autores destacam a realização dos primeiros eventos gastronômicos no Brasil, nos quais se observa uma tendência de abrasileirar as receitas européias. Como exemplo, podem-se citar o Dinde a la brèsilienne, Galantine de jacú, Inhambu à la chasseuse, Badejo bouilli a la orly, Feijuade, Salmis de sabià, entre outras.  Algumas receitas também são apresentadas em sua redação original aplicadas em louças da família real, fotografadas no Museu Mariano Procópio, em Minas Gerais.

A obra reúne ainda alguns ícones históricos, como o cardápio mais antigo do Brasil, datado de 1858, que trazia os peixes bijupirá e a garoupa, o abacaxi, os fios de ovos, o queijo de minas; o Menu Abolicionista, com pratos batizados em homenagem aos principais abolicionistas; e o Menu do Baille da Ilha Fiscal -  o emblemático evento realizado no Rio do Janeiro, que encerrou o Império.

André Boccato é um dos autores
            
Para finalizar, Boccato e Lellis comentam sobre a influência europeia na gastronomia nacional e apresentam uma linha do tempo, que vai de 1450 a 1894, traçando, por meio dos livros de culinária disponíveis no período, a história gastronômica de Portugal e do Brasil.

 
Sobre os autores:

André Boccato: é fotógrafo, jornalista, chef de cozinha experimental e editor especializado em gastronomia.  Foi diretor do Museu de Imagem e do Som (MIS) e curador de gastronomia para Bienal do Livro de São Paulo. É o curador do evento Cozinhando com Palavras, também apresentado recentemente na Feira do Livro de Frankfurt. Também é autor de dezenas de títulos de gastronomia e colecionador de menus da belle époque francesa. 

Francisco Lellis: é mestre pela Universidade de Paris-Norte e pela Universidade de Nanterre. Atuou em vários restaurantes na França, como chef de cozinha, participa de projetos de divulgação da culinária brasileira na Europa e foi bolsista da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Atua hoje como palestrante em associações culturais e ensina culinária na École de la Main d’Or, em Paris.

 

Serviço:

Os Banquetes de Imperador – Receitas e historiografia da gastronomia no Brasil do século XIX

Autores: André Boccato e Francisco Lellis

Editora: Editora Senac São Paulo e Editora Boccato

Preço: R$ 199,90

Número de páginas: 448 (em edição de luxo)

www.editorasenacsp.com.br

domingo, 12 de janeiro de 2014

Deusas Nórdicas


Um amigo comentou-me sobre uma ilha na Bahia que era o point do momento: gente bonita, turistas do mundo todo, baladas até o amanhecer, paisagens paradisíacas. Estávamos em 2004. Lá parti para Morro de São Paulo, ilha há duas horas de catamarã do píer de Salvador, para estada de uma semana. Havia reservado uma pousada bacana, com vista para a praia número 1 e próxima da Rua do Centrinho, ruela que concentrava lojinhas e alguns restaurantes. O primeiro desafio foi recuperar-se do enjôo do barco, afinal o mar revolto não contribui muito para que a travessia fosse plenamente saudável... O alento é que eu não era o único a passar mal, turistas israelenses, espanhóis e ingleses que me faziam companhia na nave também penduravam-se pelos entornos mareados pelo balanço do mar, embalados todos pelo som de um Axé Music de raiz! Como companhia duas integrantes da Seleção de Handebol italiana puxavam papo num portuitalianouol improvisado, fascinadas pelo Brasil e suas diversidades. Na chegada a ilha, outra surpresa, os maleiros carregavam as bagagens em carrinhos de mão, pois os veículos eram proibidos por lá, complementando o ar bucólico do lugar.
 
Instalado na pousada e recuperado da travessia a coisa a se fazer era explorar o lugar, investigar suas possibilidades, sua história e tudo de bom que aquele esplendor poderia oferecer-me durante aqueles prazerosos dias de sunga e sandália. Enquanto aproveitava o fim de tarde na beira da praia estirado entre guarda-sóis que abrigavam uma das maiores concentrações de turistas estrangeiros por metro quadrado do Brasil chamou-me atenção um animado jogo de vôlei, na quadra de areia, que envolvia não uma, mas sim várias garotas deslumbrantes, todas loiras, pelas bronzeadas que comunicavam-se efusivamente numa língua diferente de tudo o que eu havia escutado até então, acompanhadas num jogo misto com garotos de mesma linhagem. Passei observar tudo com um interesse quase jornalístico, até o sol baixar e o jogo findar, com seus players recolhendo-se no entremeio dos casarios da ruela principal.
 
De volta a pousada, uma surpresa: todo o belo contingente que roubou a cena do pôr-do-sol na praia no jogo de vôlei encontrava-se ali, na beira da piscina, aproveitando o momento para refrescar-se do exercício físico interposto na praia! Sim, hospedados na pousada estava o grupo, seis mulheres e três homens, noruegueses, entre 22 e 24 anos, formados em direito que - fugindo do clima ártico de seu país - refugiaram-se no calor brasileiro e trouxeram consigo dois professores orientadores a tiracolo, onde, durante seis meses, elaborariam suas teses de mestrado, intercalando períodos de estudo concentrados na pousada e outros de descontração, curtindo as coisas boas que só a Bahia poderia oferecer!  E foi neste contexto que aleatoriamente eu acabei pousando naqueles dias, no colo daquelas deusas nórdicas loiras esculturais, de olhos verdes, corpos altos e esguios de anatomia perfeita, traços lindos e enrustidas de muito sex appeal. Aquelas herdeiras de Odin com seus lábios carnudos, pele bronzeada, suas cinturas finas e peles sedosas, suas unhas finamente adereçadas e seus olhares hipnotizantes paralisavam-nos pobres mortais mundanos.  

Não tardamos a nos relacionar, iniciado já no dia seguinte no vôlei de praia, afinal, desfalcados de um componente, as duplas masculinas não hesitaram a me incluir nas partidas sempre acompanhadas de pequeno público evidentemente não motivado pelo interesse na técnica dos jogadores mas sim - arrisco-me a dizer - pelas propriedades das charmosas cheerleaders improvisadas a beira da quadra.  
O idioma não foi problema, mesmo não sabendo norueguês – uma língua extremamente complexa e difícil por sinal – todos falavam inglês e alguns arranhavam o espanhol, com exceção de um dos rapazes que já havia feito um intercâmbio no Brasil e razoavelmente entendia português, o qual serviu-me de interlocutor em momentos de aperto junto ao grupo.

Pois bem, jogos de vôlei de praia, banhos de mar e de piscina, bate-papos descontraídos, os dias iam passando abençoados por aquela beleza radiante emanadas das mestrandas do Valhalla, até que algo inusitado chamou minha atenção: não havia notado em nenhum momento a presença de álcool entre o grupo. Nada! Nem sequer uma tradicional caipirinha, cartão de boas vindas a qualquer estrangeiro recém aportado em nosso país tupiniquim. Um espanto, afinal, sabe-se que os países nórdicos são contumazes consumidores de bebidas alcoólicas, por cultura contra o frio e suas mazelas. Ninguém bebia! O ritual era sempre o mesmo: reuníamos para jantar nos restaurantes da ilha, eu entre uma taça de vinho e outra, eles e elas entre um guaraná e outro, e depois de muita conversa e risadas, saíamos todos juntos, eles de volta a pousada e eu a saciar minha curiosidade pela ilha, numa daquelas noites inspirados a conhecer as famosas baladas de MSP, iniciadas sempre muito tarde, já de madrugada. E qual a minha surpresa ao adentrar num dos estabelecimentos e deparar-me com uma inesquecível visão: embaladas pela música eletrônica, sob uma mesa, as minhas amigas norueguesas dançando alucinadamente, acompanhadas de long necks de cervejas e drinks, completamente enlouquecidas pela batida observadas por um séquito de marmanjos incrédulos! O norueguês, meu interlocutor, confidenciou-me que todas as noites elas protagonizavam o “show”, bebiam até serem carregadas de volta a pousada.

Não demorei a entender, não devia ser nada fácil olhar-se no espelho diariamente e visualizar tanta perfeição, pois e afinal de contas, ser uma Deusa Nórdica!    
  
 

                                     


 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Dicas de espumantes para o final e início de ano

Não é somente nas festas de final de ano ou mesmo no início do próximo,  que o espumante pode ser bebido, ele é uma alternativa para TODAS AS OCASIÕES!
 
Confira as dicas dadas ao especial do Portal GAZ em dezembro no vídeo que segue! 




quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O Restaurante Tandory em Montevidéu


Em minhas andanças pelo Uruguai conheci este restaurante de comida saborosíssima, alto astral e com um chef que é uma simpatia  
 


Estabelecido há 10 anos em Montevidéu, o Tandory mistura velho mundo com novo mundo, oriente com ocidente, numa composição saborosíssima elaborada pelas mãos do chef Gabriel Coquel. Acomodado num tranquilo bairro da capital uruguaia, o restaurante acomoda 50 comensais e conta ainda com um espaço reservado na cave localizada no subsolo do prédio. Gabriel é engenheiro químico de formação e estudou na Cordon Bleu francesa, já auxiliou Claude Troisgros e outros chefs estrelados.
 
Restaurante acomoda 50 pessoas e é rico em decoração de várias partes do mundo
 
A inspiração francesa é percebida nos detalhes 
 
 
Utiliza a base francesa na cozinha - tem a Provence como inspiração - mas com toques das cozinhas árabe, espanhola, indiana e italiana. O menu do Tandory é fusion mas com o resgate da autenticidade de cada país, trazendo à mesa pratos picantes, saborosos e marcantes, tal como a personalidade do seu chef. Para ele, alta gastronomia pode levar o consumidor a entender que seja uma “gastronomia cara”, Gabriel chama de boa gastronomia, bem feita, acredita que a cozinha seja boa ou ruim, e não alta ou baixa. “No es comida de palácio, es comida de bistrot”, afirma o chef.


Vieiras com Tempero Tandory

As dicas são as Vieiras com Tempero Tandory e o Atum com Coentro ao Molho Teryaki e Purê de Abóbora.

 
Atum com Coentro ao Molho Teryaki e Purê de Abóbora

 
Carne Cozida em Baixa Temperatura com Tomilho e Cebolas Confitadas em Cravo e Vinho Tinto
 
Musse de Maracujá; Chocolate e amêndoas com creme com café expresso e Tarte tatin de pêra
 

“No es comida de palácio, es comida de bistrot” Gabriel Coquel

 

 

Restaurante Tandory

Calle Libertad 2851, esq. Massini

Chef. Gabriel Coquel

Tel.: 0945 967 35