quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A berinjela!


 
A berinjela é um ótimo ingrediente para aqueles que não possuem carne em sua dieta!

 
Chamada por muitos de “a carne dos vegetarianos” a berinjela é um dos frutos mais versáteis que conheço, servindo para inúmeros preparos e fins. É originária da região da Índia e adaptou-se facilmente nas regiões de clima tropical. É um alimento rico em vitaminas A, C, B1, B2 e B3 e fonte de betacaroteno (antioxidante inibidor de radicais livres, prevenindo o envelhecimento) além de possuir proteínas e sais minerais como potássio, cálcio, ferro cobre e magnésio. É pouco calórica, sendo que cada 100 gramas possui apenas 20 calorias. Além disso, estudos comprovam que a berinjela auxilia na redução do colesterol.  Possui também propriedades laxantes e digestivas. E é este exuberante ingrediente que dá vida a receita de hoje, a Berinjela assada ao Molho Grego.


 

Ingredientes:
(para 4 pessoas)

2 berinjelas grandes
Um terço de xícara de azeite de oliva
Uma colher de chá de folhas de tomilho fresco e alguns ramos inteiros para decorar
sal e pimenta preta moída à gosto
Uma romã
 

Para o molho:
150g de requeijão
meia xícara de iogurte grego
Duas colheres de sopa de azeite de oliva
Um dente de alho picadinho
Sal à gosto

 
Preparo:

Enquanto o forno é aquecido a 180oC, cortar as berinjelas ao meio no sentido do comprimento. Marcar em forma de diamante as partes internas da berinjela. Dispor as berinjelas com a parte da casca para baixo em uma assadeira forrada com papel manteiga. Regar cuidadosamente as metades com azeite de oliva até a berinjela absorver todo o azeite. Salpicar com as folhas de tomilho e temperar com sal e pimenta. Assar por cerca de 30 minutos até ficar macia. Retirar do forno e deixar esfriar completamente. Cortar a romã e retirar as sementes (com o lado cortado da romã para baixo use as costas de uma colher de pau e bata na casca da romã, as sementes soltarão). Remova as membranas brancas sobrando somente os grãos vermelhos. Para preparar o molho basta misturar bem o requeijão, o iogurte grego, o azeite, o alho picado e o sal. Para montar, servir colheres do molho sobre as metades de berinjela e espalhar as sementes de romã por cima, decorando com os ramos de tomilho e regando com um fio de azeite.

 
Artigo publicado no jornal Gazeta do Sul de hoje.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Guidaí Detí Gran Reserva 2004


O vinho de hoje elegi como o melhor tinto estrangeiro bebido em 2012. O uruguaio Guidaí Detí Gran Reserva 2004 é um corte de Tannat (55%), Cabernet Sauvignon (25%) e Cabernet Franc (20%), potente, equilibrado, complexo, um vinho no melhor estilo da palavra. Possui cor vermelho rubi intenso, brilhante e límpido, com lágrimas densas e lentas. Depois de uma hora no decanter mostrou seu aroma de frutas escuras (cassis, mirtilo, ameixa) e leve defumado. Em boca trouxe taninos maduros e firmes, estrutura e complexidade, repetindo a fruta, chocolate e mel e algo lácteo, madeira presente mas discreta e acidez equilibrada que pede acompanhamento de carnes suculentas. Estagiou 14 meses em barricas americanas e francesas. Ótima persistência e intensidade. Guidaí Detí vem da língua Charrúa e significa "Três Luas".
Possui 13% de graduação alcoólica e o ideal é servi-lo na temperatura de 18oC.  

O produtor:

A bodega Varela Zarranz, envasadora do referido vinho, está localizada próxima a Montevidéu, na região de Canelones, em Suarez. Tive a oportunidade de conhecê-la no ano passado e provar vários de seus rótulos, chamando-me atenção a qualidade de seus vinhos e espumantes. O Cabernet Franc é ótimo assim como o Tannat Teatro Solis, vinho que homenageia o referido teatro de Montevidéu. Também o espumante Maria Zarranz Extra Brut foi o melhor que provei em todo Uruguai.
 
Victoria Varella mostrando a linha de espumantes

Belos tintos

Ótima linha de produtos

Tradicional bodega uruguaia




 
E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Vale dos Vinhedos promove DOVV em Santa Cruz do Sul

 

Santa Cruz do Sul receberá no próximo dia 28 de fevereiro a comitiva da Aprovale para a divulgação de vinhos e espumantes com o selo DOVV. A Confraria do Sagu e a Confraria do Umbú, ambas da cidade, recepcionarão os divulgadores e poderão fazer as suas análises técnicas sobre os vinhos degustados. 
 
 
Aproximar as vinícolas do Vale dos Vinhedos do mercado consumidor é uma tarefa que exige constante atuação. E oferecer na taça, vinhos e espumantes com a Denominação de Origem Vale dos Vinhedos (DOVV) é a melhor tarefa que se pode desempenhar para promover essa distinção. É justamente isso que a Aprovale vai fazer neste primeiro semestre de 2013, através do projeto “Avaliação dos Impactos e de Promoção da Indicação Geográfica Vale dos Vinhedos”, por meio de convênio com o Sebrae, Embrapa Uva e Vinho e Aprovale (Convênio CT 492/1-2010). O projeto, que percorrerá diversos estados brasileiros, é coordenado por Janine Basso Lisboa da Decide Projetos. A ação de divulgação da IG junto ao mercado consumidor inclui levantamento, seleção e realização de atividades de promoção do roteiro e dos produtos certificados da IG junto a confrarias de vinhos.
Foram agendados jantares harmonizados com vinhos e espumantes com DOVV em cidades como Francisco Beltrão (PR), Rio de Janeiro (RJ) e Santa Cruz do Sul (RS), entre outras. O público-alvo são confrarias, por reunirem formadores de opinião que apreciam a bebida, compartilham rótulos e disseminam a cultura de bem beber. Cada encontro reunirá de 24 a 30 confrades que terão a oportunidade de degustar quatro rótulos do Vale certificados com a DOVV, sendo um vinho branco, um tinto mais leve, um tinto mais encorpado e um espumante.
AGENDA
28.03 – Santa Cruz do Sul (RS)
Data a confirmar – Joinville (SC)
Data a confirmar – São Paulo (SP)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O cabrito!


Já dizia o velho ditado: o bom cabrito não berra!
 
Preterida pela carne de cordeiro, a carne de cabrito com seu sabor suave, textura macia e com baixo teor de gordura e colesterol, vêm conquistando cada vez mais o seu espaço e dando margem a uma grande variedade de preparos seja na cozinha doméstica ou nos elaborados pratos da alta gastronomia.
 
 
De composição nutricional diferenciada, contém elevada quantidade de proteína, cálcio e ferro, proporciona ganho substancial sem trazer aquela carne de malefícios disseminada sobre os cortes de carne vermelha. Há muitos anos a carne de cabrito é consumida no nordeste brasileiro- onde está concentrado mais de noventa por cento do rebanho nacional - e nas cidades que tiveram influência da colonização italiana, portuguesa, árabe e judia.
 
E além da carne, os queijos, os iogurtes e o próprio leite de cabra são recomendados e saudáveis. Muito utilizada em assados, esta carne também ilustra receitas de cozidos, ensopados, almôndegas, pastéis, lasanhas, molhos condimentados e ragús.
 
Como não poderia deixar de lado, segue um de meus preparos preferidos, a Paleta de Cabrito Glaceada!

 
Ingredientes:
(para 4 pessoas)

2 paletas de cabrito (cerca de 800g cada)
Uma colher de manteiga derretida
Duas colheres de azeite de oliva
Uma colher de chá de vinagre de maça
Uma colher de sopa de semente de coentro esmagadas
Pimenta preta à gosto
Sal à gosto
Ramos de alecrim
Um dente de alho picadinho
Uma colher de chá de manjericão desidratado e esfarelado


Preparo:

Leve as paletas de cabrito a churrasqueira, sob uma grelha, espetada com os ramos de alecrim somente e sal, em fogo médio. Em separado, misture num recipiente a manteiga, o azeite de oliva e todos os demais ingredientes, misturando bem. Regue esta mistura nas paletas pouco antes de servir, deixe no fogo cerca de 2 minutos de cada lado e leve à mesa, podendo ser acompanhado de batatas cozidas, cuscuz ou salada verde.

Artigo publicado no jornal Gazeta do Sul de hoje.

 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Arboleda Merlot 2003

Produzido pela Vinícola Seña, no Valle do Colchagua, no Chile, lugar onde o calor e a constante brisa do pacífico dão intensidade e estrutura as uvas ali originadas, plantadas em vinhedos repletos de água natural conhecidos como Lãs Vertientes, o Arboleda Merlot é um grande exemplar desta casa de onde são produzidos grandes vinhos pelas mãos de Eduardo Chadwick e sua equipe de enólogos.
 
Entre eles estão os excepcionais Seña e Viñedo Chadwick, ganhadores de variadas medalhas e prêmios e amplamente elogiados pela crítica especializada como representantes do que há de melhor na América do Sul. O Seña degustado as cegas bateu em diversas avaliações pelo mundo afora alguns supertoscanos italianos e outros grandes vinhos franceses, como o Chateau Margaux, por exemplo.
 
Portanto o Arboleda é o projeto de entrada destes grandes vinhateiros e por isso só, já mostra excelência e qualidade. Seu aroma é demonstra notas de frutas vermelhas e negras, como amora, cereja, framboesa e ameixa madura, além de especiarias como tabaco, chocolate, pimenta, madeira e baunilha. Em boca mostra-se virtuoso e muito frutado, de corpo médio, trazendo algo de especiarias como cravo-da-índia, com taninos redondos além de uma leve pegada tostada.
 
O exemplar que bebi era da safra 2003 e foi necessário deixa-lo decantando por mais de uma hora. Seu final é prolongado e persistente. Harmoniza bem com comidas de sabor forte tais como carnes de caça e bovina, desde que não sejam muito gordurosas, além de combinar bem com queijos mais secos e queijos defumados. Possui 14,5 GL/% volume de álcool.
 
E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Gran Legado

 

Lembro que recebi há alguns anos atrás uma garrafa de vinho de uma então vinícola ainda desconhecida, era uma garrafa de Cabernet Sauvignon 2005 Gran Legado, da Vinícola Wine Park, do Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves. Confidenciei a alguns amigos que era um dos melhores rótulos de CS que havia bebido naquele ano!
 
 
De lá para cá esta vinícola se aprimorou, lançou novosprodutos e seus espumantes passaram a ser reconhecidos internacionalmente. A primeira Medalha de Ouro do Brasil no International Wine Challenge 2011 foi conferida ao Gran Legado Brut Champenoise. O prêmio é inédito para o Brasil e para a Wine Park. O concurso, que reuniu mais de 12 mil amostras de 48 países, também rendeu à vinícola o título de Menção Honrosa ao Gran Legado Brut Charmat. A Medalha de Ouro somente é concedida a vinhos e espumantes com pontuação entre 96 e 100 pontos.

A qualidade do espumante já foi comprovada também em outros eventos. No ano passado, por exemplo, o Gran Legado Brut Champenoise foi eleito o Melhor Espumante Brasileiro no Top Ten realizado na ExpoVinis. O produto coleciona ainda quatro Medalhas de Prata e duas Menções Honrosas em prêmios conquistados em concursos internacionais realizados na França, Inglaterra, Alemanha e Itália.

O Gran Legado Brut Champenoise

De acordo com o enólogo Christian Bernardi, o produto iniciou seu processo de “champanhização” em maio de 2009, com degorge ocorrido em fevereiro deste ano. Ao todo, foram 21 meses de maturação, sob perfeitas condições de temperatura. “Este tratamento possibilitou um amplo desenvolvimento de aromas e enriquecimento das propriedades gustativas. O resultado é um espumante de alta qualidade”, destaca.

O produto se apresenta com coloração amarelo-palha com reflexos brilhantes, aroma intenso, notas muito complexas lembrando frutos frescos mesclando com as notas maduras das leveduras, amêndoas e frutos secos. No paladar, preserva a elegância e o frescor característicos do espumante com um volume de boca que o torna intenso e prolongado. No retrogosto relembra as notas aromáticas percebidas inicialmente.

Elaborado a partir das variedades Chardonnay e Pinot Noir é resultado de processo clássico, com prensagem direta da uva. Após etapas de assemblage e estabilização, tomada de espuma em processo champenoise (refermentação na própria garrafa), maturação por meses, degorge e colocação da vedação definitiva.

As uvas foram cultivadas em vinhedos próprios da Vinícola Wine Park, no Vale dos Vinhedos, conduzidos em sistema espaldeira com produtividade controlada.

 
PREMIAÇÕES GRAN LEGADO BRUT CHAMPENOISE

- Medalha de Prata - Vinalies Internationales 2009 - França

- Medalha de Prata - International Wine & Spirit Competition Quality Award 2009 – Londres (Inglaterra)

- Melhor Espumante Brasileiro – Expovinis 2010 – Prêmio Top Ten

- Menção Honrosa - International Wine Challenge 2009 e 2010 – Londres (Inglaterra)

- Medalha de Prata - Concurso Effervescents du Monde 2010 – Dijon (França)

- Medalha de Prata - Mundus Vini 2010 - (Alemanha)

- Grande Menção – Vinitaly 2011 – Verona (Itália)

- Medalha de Ouro - International Wine Challenge 2011 – Londres (Inglaterra)
 
 
 
 

 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Revista Showroom, edição de janeiro

Na edição de janeiro da Revista Showroom, na página assinada por este colunista intitulada Sabor Particular, a dica de um bom restaurante da Serra Gaúcha e ainda uma receita de Peito de Pato fácil e saborosa!
 
 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Vindima na Vinícola Aurora


É época de vindima! E neste ano os comentários e expectativas dos produtores e vinícolas são os melhores possíveis deixando transparecer que 2013 será uma grande safra.

A Vinícola Aurora já está celebrando o resultado parcial da safra 2013 com entusiasmo. As condições climáticas ideais, de muito sol e baixíssima incidência pluviométrica, possibilitaram um perfeito amadurecimento das uvas, precoces e intermediárias, que chegam à vinícola exuberantes, com qualidade excelente e já são comparadas às de 2012, ano de safra excepcional em desempenho qualitativo.

De acordo com o enólogo Flávio Zílio, as uvas precoces – Chardonnay, Riesling e Pinot Noir - já foram colhidas em sua totalidade e chegaram à vinícola com grande complexidade, riqueza aromática e acidez correta. Da mesma forma, as variedades intermediárias que estão sendo entregues na vinícola pelos produtores associados da cooperativa sinalizam grandes vinhos.  “Estamos recebendo Merlot e Tannat excepcionais, com perfeita maturação de taninos, acidez equilibrada, rica concentração de cor e aromas intensos”, revela Zílio. “De tudo o que recebemos até agora, podemos dizer que de nossos espumantes aos vinhos tranqüilos varietais e os reservas, todos terão altíssima qualidade”, comemora o enólogo.

Cooperativa Vinícola Aurora

Visite o site: www.vinicolaaurora.com.br

SAC:  0800 701 4555

Matriz Bento Gonçalves (RS): (54) 3455-2000

Filial São Paulo: (11) 3051-6124

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Cervejomaníacos invadem o litoral gaúcho!


 
A praia de Capão da Canoa receberá um dos maiores eventos dedicados exclusivamente às cervejas especiais do país: o Cervejomaníacos: Mostra Brasileira de Cervejas Especiais e Comidas de Boteco! O evento deve levar cerca de três mil pessoas à sede da Sociedade Amigos de Capão da Canoa (SACC) nos dias 22 e 23 de fevereiro. Em degustação estarão mais de 70 rótulos de cervejeiros artesanais e micro cervejarias brasileiras. Cada participante recebe um copo para degustação de todas as variedades de cervejas expostas - Blond Ale, American Amber Ale, American Pale Ale, India Pale Ale, Black India Pale Ale, Witbier, Weizen , Kölsch Ale, Premium Bitter Ale, Pilsen, entre outras. Para acompanhar haverá a oferta de combos de alimentação com típicas comidas de boteco. Além das cervejas especiais para degustação e comidas de boteco, o evento ainda contará com encontro de cervejeiros e exposição de equipamentos e insumos para fabricação da bebida, com inscrições e informações sobre cursos de elaboração de cervejas, que ocorre em março, na capital gaúcha.

 
Os ingressos e maiores informações você confere no www.cervejomaniacos.blogspot.com.br | www.facebook.com/cervejomaniacos

 

O camarão e seu legado!


Preparar camarões exige antes de tudo bom senso: da compra até a finalização do prato!
 

 
         Seguidamente sou questionado sobre como preparar camarões! Creio que muitos ainda ficam receosos em comprar adequadamente tal crustáceo e, mais temerosos ainda, no momento da cocção dos mesmos pois, convenhamos, qualquer receita com o bichinho quando teima em dar errado acaba com a reputação de qualquer cozinheiro, iniciante ou experiente. Pois bem, alguns passos são importantes, na minha visão, para preparar-se um bom camarão.

- A compra deste é uma delas! Hoje em dia o camarão acabou tendo um sócio chamado gelo, pois é quase impossível dissociá-los, e o segundo tem participado cada vez mais no percentual desta sociedade. A legislação brasileira é falha no tocante a regramento e fiscalização do percentual de “quebra” do peso do fruto do mar adquirido. Quebra é o que se desconto do total de um quilo que é o equivalente ao gelo agregado que às vezes chega a 40% (sim, você compra um quilo de camarão e recebe 600 gramas após descongelado)! Portanto procure adquirir um camarão com o mínimo de gelo necessário, fará bem ao seu prato e ao seu bolso, esta é a primeira dica.
 

- Depois o descongelar do camarão deve ser feito cuidadosamente. Deve-se deixar escorrer toda a água e de modo que a mesma não fique em contato com o crustáceo. Uso um escorredor para isso, dentro da pia, e deixo o camarão descongelar naturalmente, sem forçar, sem adicionar água ou qualquer outra substância.

- Quando houver necessidade de “marinar” (deixar o ingrediente em contato com temperos e sob refrigeração por algumas horas para agregar sabores)  nunca, mas nunca use sal! O sal desidrata o alimento e colocá-lo na mistura da marinada de qualquer tipo de alimento – não só do camarão – leva o cozinheiro a um precipício. Sal só na hora do cozimento!
 

- Aconselho a secar as unidades de camarão em papel toalha. Uma dica é deixar os camarões repousarem sobre as toalinhas, trocando sempre que estiverem encharcadas – umas três trocas é suficiente.

- Ao levar o camarão ao fogo, deve-se observar para que a panela, chapa ou grelha estejam bem quentes, mas bem quentes, sob pena de ao invés do mesmo selar, somente cozinhar, ficando pálido, seco e duro. E preste atenção: se for na frigideira, faça um pouco de camarão de cada vez, se colocar toda a quantidade vai “ensopar” ao invés de grelhar. A superfície quente mantém o camarão suculento, com uma casquinha seladora a sua volta. Este procedimento de “selar” eu uso mesmo que o preparo seja de um caldo ou consommé, que irá cozinhar o camarão, pois ele selado e previamente cozido, deve ser levado ao restante dos ingredientes pouco antes de servir. Nem pensar deixar o camarão mergulhado desde o início, ficará um chiclete bem caro!
 

- Não invente muito modismo e nem vá atrás de receitas de alguns cozinheiros de programas de televisão, seja simples. O camarão por si só é o ingrediente principal de qualquer receita que o possua e isso requer a lembrança do jargão utilizado na moda: “o pouco é muito!”. Seja breve nos temperos e condimentos.

Por fim, preste atenção na receita abaixo, um resumo de como inventar sem perder o controle, o Camarão Salteado.   

 

Ingredientes:
(para 4 pessoas)

1kg de camarão crú já descongelado de tamanho médio para cima
3 dentes de alho picadinhos
5 colheres de sopa de amendoim moído grosso
Duas colheres de sopa de cebolinha verde picada
Uma colher de sopa de salsinha finamente picada
Duas colheres de sopa de azeite de oliva
Uma colher de sopa de manteiga sem sal
Pimenta preta moída e sal à gosto
 

Preparo:

Aqueça a manteiga e o azeite de oliva. Junte os amendoins, o alho e refogue em fogo alto até levantar aroma. Junte os camarões e mexa eventualmente para assarem uniformemente até ficarem rosados. Adicione os demais temperos e sirva acompanhado de arroz branco (thai jasmim de preferência).

 
Artigo publicado no jornal Gazeta do Sul de hoje.

 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Menut Priorat 2006


Entre os meus vinhos preferidos estão alguns da região espanhola do Priorato, mais especificamente de Gratallops, pequena e competente, com um terroir único. Esta região vitivinícola era praticamente desconhecida até o inicio dos anos 90 e, de lá para cá, o Priorato – imersa em alta gastronomia, banhado pelo Rio Siurana e com menos de 10.000 habitantes, tem mais de vinte cidades espalhadas sobre colinas - assumiu a posição entre as mais importantes da Espanha e do mundo, sendo produtora de vinhos elegantes e estruturados, potentes em frutas, minerais e taninos. O solo basicamente é composto de llicorella (piçarra, famoso solo catalão), alternando camadas de xisto e quartzo.
 
As principais castas lá cultivadas é a Grenache, a Cariñena, Carignan, Cabernet Sauvignon, Syrah, Merlot e Tempranillo. Como a região é muito montanhosa e os parreirais plantados em terraços muito antigos, fica inviável o uso de máquinas, tornando a colheita totalmente manual. Mas Martinet é o santuário da família Perez Ovejero, que teve decisiva importância no renascimento desta região vinícola.
 
É desta vinícola que vêm o vinho comentado desta semana, o Menut Priorat 2006. Elaborado por um corte onde o maior percentual é de Grenache, leva ainda Cariñera, Syrah, Cab. Sauvignon e Merlot.  Possui lágrimas densas e lentas, cor rubi fechado, opaco, e tons de violeta. No nariz mostra-se  - frutas vermelhas maduras e silvestres, cereja, azedinha, amora e baunilha vindo da madeira. Em boca, tânico, potente, repete a fruta, chocolate, leve amargor, muito equilibrado e potente, madeira presente. Envellhece 18 meses em barricas de carvalho francês.

Possui 14,5% de graduação alcoólica e o ideal é bebê-lo na temperatura de 16 a 18oC.

Excepcional custo-benefício.

Acompanha bem carnes vermelhas, pratos condimentados e preparados ao forno.

E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Leyda Pinot Noir Reserva 2009

A ótima Viña Leyda localizada num dos mais promissores terroirs do Chile situa-se no Vale de San Antonio há noventa quilômetros de Santiago e a apenas 12 km do Oceano Pacífico. Quase 90% da produção da Leyda é para exportação e o ótimo Pinot Noir Reserva Leyda 2009 de hoje é uma das metas da vinícola para criar um pinot de classe mundial no Chile. Ao olho apresenta cor vermelho rubi brilhante e boa transparência peculiar a esta casta. A avaliação olfativa mostra aromas de frutas vermelhas tais como cereja, morango e groselha. Também percebe-se toques herbáceos, baunilha, amanteigados e algo mineral. O estágio em madeira também é percebido no nariz. O exemplar aberto – um recente 2009 – trazia o álcool aparente. Mistura fruta vermelha com algo mineral. Na boca mostra-se vivo, quente, com taninos suaves, boa persistência gustativa e acidez marcada com a presença de frutas vermelhas e notas picantes. Amargor correto e sem madeira aparente. Ideal para harmonizar com presunto de Parma, pratos à base de filet mignon, carnes vermelhas grelhadas e pouco gordurosas, peixes gordos grelhados - salmão, garoupa, surubi - mesmo com molhos cremosos e aves de caça. Possui 14% de volume alcoólico e ideal ser servido a temperatura de 18ºC.

E lembre-se: se dirigir, NÃO BEBA!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Yes, nós temos bananas!


O uso de frutas junto aos pratos salgados é uma tradição antiga advinda desde a época monárquica e que nunca perdeu o seu lugar à mesa. Harmonizar frutas in natura, cozidas, salteadas ou preparadas na forma de geléias, compotas e pastas com deliciosos cortes de carne, principalmente de frango e suíno, transforma o prato e resulta num belo jantar como na receita de Escalopinhos de Frango com Purê de Banana e Abobrinha Grelhada.


Ingredientes:
(para 4 porções)

Frango:
800g de sobrecoxa de frango desossadas e sem pele
100g de manteiga
Uma cebola picadinha
Um dente de alho picadinho
Cebolinha picada
Suco de um limão
150g de farinha de rosca
100g de queijo parmesão ralado
Azeite de oliva
Sal e pimenta à gosto

Purê de banana:
6 bananas
100ml de creme de leite
100ml de leite
3 colheres de sopa de queijo parmesão ralado
Uma colher de sopa de manteiga  
Sal e pimenta branca à gosto

Abobrinha:
Uma abobrinha média cortada em fatias de 1cm
Azeite de oliva
Sal e pimenta à gosto


Preparo:
Cortar as sobrecoxas de frango em pedaços de mais ou menos um cm de espessura (em escalopinhos) e temperar com sal e pimenta, a cebola, o alho, o suco de limão e a cebolinha, misturando bem. Misturar em uma vasilha o queijo e a farinha de rosca e reservar. Derreter a manteiga em uma frigideira e reservar. Um a um pegar os escalopinhos de frango, mergulhar na manteiga derretida, tirar o excesso e passar na mistura do queijo e farinha de rosca e levar a uma assadeira untada com azeite de oliva colocando no forno pré-aquecido em 200°C por 30 minutos.
Cozinhar as bananas com casca em bastante água por cerca de 30 minutos. Retirar a casca e colocar num liquidificador junto com o creme de leite, o leite, o parmesão ralado, a manteiga sal e pimenta e bater até ficar pastoso. Levar rapidamente a uma frigideira em fogo baixo por cerca de 5 minutos, mexendo sempre. Reservar.
Aquecer numa frigideira um fio de azeite de oliva e quando estiver bem quente dispor as abobrinhas em fogo alto, temperando com sal e pimenta, cerca de um minuto cada lado.
Servir uma rodela de abobrinha, sobre esta o purê de banana e por fim os escalopinhos de frango assados no frango. Decorar à gosto! Bom apetite! 

VOCÊ SABIA?

A banana tem uso global e está espalhada pelos hábitos de todos os povos. Admite-se que seja originária do Oriente, do sul da China ou da Indochina mas há  referências da sua presença na Índia, na Malásia e nas Filipinas, onde tem sido cultivada há mais de 4.000 anos. A palavra “banana” é originária das línguas serra-leonesa e liberiana (costa ocidental da África). As bananeiras existem no Brasil desde antes do seu descobrimento. Apresenta muitas variedades tais como tipo maçã, ouro, prata, nanica, banana-da-terra e banana-do-mato. Pode ser usada de diversos modos, feito farinha, mingaus, natural, cozida, assada, grelhada, em doces, em pratos salgados e muito mais.


Artigo publicado no jornal Gazeta do Sul.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O Mercado Municipal de São Paulo



Sempre que vou a São Paulo um de meus programas obrigatórios é visitar o Mercado Municipal, a meca dos cozinheiros, gourmets e chefs de todo o Brasil. Nos seus quase oitenta anos de existência distribuídos em 12 mil metros quadrados de área, abrigam-se dezenas de bancas que comercializam os mais variados produtos e ingredientes culinários. 


Localizado na zona norte de São Paulo no bairro da Sé, próximo a famosa rua 25 de Março, o Mercado Municipal foi criado numa época em que o trânsito dos automóveis conseguia fluir e era o ponto de referência para as compras das famílias paulistanas e todas as demais que para lá se deslocavam em busca de todo tipo de alimento imaginável. 


O Mercadão como é chamado pelos paulistanos quase trezentos boxes onde trabalham mais de mil e quinhentas pessoas. Hoje em dia com a globalização e a facilidade logística, produtos do mundo todo podem ser encontrados, do vinagre de arroz japonês ao bacalhau da Noruega. Falando em bacalhau, este é um caso a parte, pois dezenas são as bancas que oferecem o produto, de variados tamanhos, variedades e preços, em postas largas e altas tiradas do lombo do tipo “Porto”, a mais cara, ou mesmo desfiado e vendido a granel. 


O Hoccabar, um dos botecos com mais de 50 anos localizado dentro do Mercado Municipal, oferece o original pastel de bacalhau, uma delícia com muito recheio de bacalhau desfiado e queijo, temperado na medida, que é servido com azeite de oliva ao invés dos tradicionais catchup e maionese. Simplesmente maravilhoso! Outro lanche que impressiona é o sanduíche de mortadela, um pão cortado ao meio e que leva- pasmem – meio quilo de mortadela fatiada! A iguaria pode ser provada no bar do Mane, um dos mais populares.

Para os amantes da boa gastronomia e sabedores do tamanho do universo que ela representa, passear pelos corredores do Mercado Municipal é deixar-se levar pela individualidade de cada barraca, pelos diferentes aromas exalados pelo ambiente, uma mistura de salgado, com café tostado, com algo doce e perfumado e pelos sabores servidos pelas mãos dos vendedores que oferecem pequenos “test-drives” de queijos suculentos, salames de todo o mundo, beliscos de bacalhau, pães e enlatados. 


Visualizar as enormes rodas de queijo de variadas formas e sabores, as patas de presunto cru penduradas no alto das barracas, as pirâmides de bacalhau e as enormes compotas recheadas de centenas de tipos de frutas secas, amêndoas, patês e outras iguarias é como ir ao Louvre e ver as mais belas obras de arte da história, só que no Mercadão elas tem cheiro e sabor!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Vale dos Vinhedos abre a Vindima 2013



Juntos, visitantes e comunidade participarão da colheita e pisa das uvas na abertura oficial da vindima no Vale dos Vinhedos que acontece dia 02 de fevereiro


A abertura oficial da vindima no Vale dos Vinhedos deste ano traz uma novidade que torna o evento ainda mais atraente. É que os visitantes e a comunidade serão recepcionados entre os vinhedos do Parreiral Modelo do Hotel Villa Michelon para celebrar a vindima. A programação inclui colheita e pisa das uvas, bênção das frutas e um filó italiano regado a vinhos, espumantes e suco de uva das vinícolas do roteiro. O evento acontece dia 02 de fevereiro a partir das 18h, no Complexo Turístico do Villa Michelon.

O diretor do Hotel Villa Michelon, Moysés Michelon, que aposta na vindima como apelo para incrementar o turismo, comemora o resultado. “A vindima atrai olhares do Brasil todo. Nossa ocupação está excelente e o evento vai celebrar a integração entre quem produz de quem consome”, destaca.


A colheita será compartilhada por autoridades, convidados, comunidade e turistas. As uvas colhidas no local serão automaticamente depositadas na mastela (bacia de madeira) que estará entre os vinhedos, numa grande festa estilo colônia. A pisa (esmagamento das uvas com os pés) reviverá um antigo hábito dos imigrantes italianos. Para acompanhar, a Banda Marialves e o Coral Vale dos Vinhedos estarão embalando o momento que na sequência será marcado pela celebração religiosa no Salão da Comunidade 8 da Graciema.


Já durante o Filó Italiano, a presença de corais típicos da região e da Orquestra de Gaitas de Santa Tereza, além da degustação de vinhos elaborados por vinícolas do Vale dos Vinhedos. Enquanto os participantes saboreiam produtos coloniais como queijo, copa, salame, pão caseiro, entre outros, e muita cantoria, outros jogam a Dama de Vinho com peças representadas por taças de vinho tinto e branco – uma brincadeira que envolve todos que apreciam vinho.


O custo para participar do evento para visitantes é de R$ 30,00 por pessoa. Os hóspedes estão isentos do valor do ingresso.

COMPLEXO TURÍSTICO VILLA MICHELON
RST 444 – Km 18,9 – Vale dos Vinhedos
Bento Gonçalves – RS
Fone: (54) 3459.1800